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Informativo eletrônico - Edição 1805 Quarta-Feira, 04 de novembro de 2015
 

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Economia Brasileira

  • Balança comercial continua superavitária
  • Produção Industrial recua 3,2% no terceiro trimestre

    Dados da Economia Brasileira

  • Balança comercial continua superavitária

    Nesta quarta-feira (04/11) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os resultados iniciais da Balança Comercial brasileira para o mês de outubro. Segundo a publicação, a balança foi superavitária em US$ 1,966 bilhão, abaixo do constatado no mês de setembro (US$ 2,944 bilhões), mas superando o déficit registrado no mesmo mês do ano anterior (US$ 1,179 bilhão). No ano, o superávit da balança comercial do país chegou a US$ 12,236 bilhões, ante déficit de US$ 1,860 bilhão de janeiro a outubro de 2014.

    O resultado é reflexo da queda de 12,4% das exportações em outubro em relação ao mesmo período de 2014, totalizando US$ 16,049 bilhões, sendo superada pela retração de 28,0% das importações, que chegaram a US$ 14,053 bilhões. A corrente de comércio caiu 12,9% na comparação anual, somando US$ 30,102 bilhões.

    Na abertura por categorias de produtos, ainda na comparação com o mesmo mês do ano anterior, destaque para a queda nas exportações de produtos básicos (-10,2%), manufaturados (-11,9%) e semimanufaturados (-16,1%). Dentre as importações, houve quedas nas categorias de bens de capital (-34,8%), bens de consumo (-32,3%), matérias-primas e intermediários (-27,1%) e combustíveis e lubrificantes (-14,0%).

    No acumulado do ano as exportações caíram 16,4%, (totalizando US$ 160,543 bilhões) e as importações 23,5% (totalizando US$ 148,307 bilhões) em relação aos valores registrados no mesmo período do ano passado.

    Portanto, apesar da forte queda nos preços das commodities, principal item da nossa pauta exportadora, e da venda de manufaturados, a forte queda na renda doméstica e na alta do dólar gerou um efeito maior (e negativo) nas importações, produzindo um forte superávit comercial com queda na corrente de comércio.

    Produção Industrial recua 3,2% no terceiro trimestre

    A produção industrial brasileira apresentou queda de 1,3% em setembro, livre de influências sazonais, sendo este o quarto resultado negativo seguido, acumulando no período perde de 4,8%. Tais informações foram divulgadas hoje (04/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF). O resultado surpreendeu positivamente as projeções feitas pelo mercado (-1,4%) e pelo Depecon/Fiesp (-2,0%). Na comparação com setembro de 2014, a indústria registra perdas de 10,9%, ao passo que no resultado acumulado no ano até o nono mês, a queda é de 7,4%.

    Assim, a produção industrial brasileira totalizou recuou de 3,3% no terceiro trimestre do ano, frente ao trimestre anterior, chegando a oitava queda trimestral nas ultimas nove leituras.

    Na abertura por subsetores, a retração de setembro foi puxada pela menor produção da indústria de transformação (-1,5%), ao passo que a extrativa mostrou aumento (1,0%). Na passagem trimestral, verificou-se queda em ambas, -3,2% e -1,3%, respectivamente, sendo que o primeiro subsetor completo nove leituras seguidas de queda e o segundo interrompe cinco trimestres seguidos de alta.

    Entre os 24 ramos de atividades analisados 15 tiveram queda de produção, predominando assim resultado negativos em setembro, com destaque para a influência de veículos automotores (-6,7%), máquinas e equipamentos (-4,5%) e metalurgia (-3,1%). Por outro lado, o desempenho de maior relevância positiva foi assinalado por coque, produtos derivados do petróleo e combustíveis (3,5%).

    Na abertura por categorias de uso, na comparação com o mês de agosto livre de influências sazonais, destaque para o aumento produção de bens de capital (1,0%), embora esta tenha recuado 9,8% no trimestre e sinalizando forte retração dos investimentos no período. Por sua vez, a produção de bens de consumo duráveis (-5,3%) e intermediários (-1,3%) recuaram nesta nona leitura, amenizados pela alta de 0,5% na produção de bens semiduráveis e não duráveis.

    Em suma, a nova queda trimestral da indústria sinaliza o fraco desempenho esperado para o PIB do setor no período, bem como para a economia brasileira como um todo. A continua queda nos índices de confiança, tanto do empresário, quanto do consumidor, sugerem fortemente que devemos assistir a redução da atividade econômica até, pelo menos, o final do ano.

     
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