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Informativo eletrônico - Edição 1807 Sexta-Feira, 06 de novembro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: inflação alta de 9,93% nos últimos 12 meses
  • PMI: Atividade brasileira segue fraca no início do último trimestre do ano
  • FGV: IGP-DI de outubro avança 1,76%

    Economia Internacional

  • EUA: produtividade do trabalho aumenta no terceiro trimestre

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • IBGE: inflação alta de 9,93% nos últimos 12 meses

    Segundo os dados divulgados na manhã de hoje (06/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,82% no mês de outubro, superior ao registrado no mês precedente (0,54%) e de igual mês do ano anterior (0,42%). No acumulado em doze meses, o índice aumentou 9,93% ao passo que no acumulado do ano de janeiro a outubro, a variação foi de 8,52%.

    Na abertura por classe de despesas, seis dentre as nove abrangidas pela pesquisa apresentaram aceleração positiva, Transportes (de 0,71% para 1,72%), Alimentação e Bebidas (de 0,24% para 0,77%), Vestuário (de 0,50% para 0,67%), Despesas Pessoais (de 0,33% para 0,57%) e Comunicação (de 0,01% para 0,39%). Por outro lado mostraram crescimento em menor intensidade Habitação (1,30% para 0,75%), Educação (de 0,25% para 0,10%) e Saúde e Cuidados Pessoais apresentou crescimento estável (0,55%).

    Na abertura dos preços livres e administrados, ambos exibiram aceleração no mês. Em se tratando dos preços livres (de 0,42% para 0,64%), nota-se importante impacto dos preços dos alimentos e de produtos industriais, ao passo que os administrados (de 0,92% para 1,39%) sofreram com a elevação dos combustíveis (0,30p.p. de impacto no índice geral), dado o reajuste da gasolina no último dia de setembro. Assim, no acumulado em doze meses, os preços livres avançaram de 7,47% para 7,69% ao passo que os administrados saltaram fortemente de 16,34% para 17,51%

    Dentre os livres, cada vez mais os preços dos itens comercializáveis (sobretudo industriais) chegam próximo aqueles não comercializáveis (em sua maioria de serviços). A primeira categoria viu sua inflação atingir 7,04% em outubro, ao passo que a segunda chegou a 8,26%, totalizando uma diferença entre elas de 1,22p.p. – vale lembrar que no início do ano, a diferença chegava a 2,69 p.p., mostrando que a pressão inflacionaria se mostra de forma disseminada e não apenas concentrada no setor de serviços que conseguia repassar os custos mais facilmente diante da baixa concorrência externa.

    Por fim, dentre as treze Regiões administrativas abrangidas pela pesquisa, as variações mais intensas foram verificadas em Brasília (1,24%), Campo Grande (1,18%) e Goiânia (1,18%). Por sua vez, a inflação da região de São Paulo passou de 0,71% para 0,99%, exibindo alta de 10,45% no acumulado em doze meses.

    PMI: Atividade brasileira segue fraca no início do último trimestre do ano

    Ontem (05/11), o Instituto Markit divulgou o Índice de Gerência de Compra (PMI) composto do Brasil. De acordo com a publicação, já livre de influências sazonais, o índice permaneceu estável em outubro (a 42,7 pontos), embora sinaliza continuidade da recessão.

    O índice se manteve abaixo da marca de 50,0 pelo oitavo mês consecutivo, tal situação representa a mais longa sequência de declínio contínuo da produção do setor privado brasileiro desde a crise financeira global.

    Com relação ao Índice de Atividade de Negócios do setor de serviços, o mês de outubro registrou alta ante setembro, passando de 41,7 para 43,0, sazonalmente ajustado. O resultado indicou uma queda mensal mais fraca.

    O volume de novos pedidos segue diminuindo para os provedores brasileiros de serviços, chegando ao menor nível em setenta e nove meses. Quanto aos pedidos do setor industrial, a queda registrada também acelerou, sendo a maior desde março de 2009.

    No que tange os custos de insumos, o setor de serviços registrou acréscimo em outubro, em meio a relatos de impostos mais elevados, contas crescentes nos serviços de infraestrutura e taxa de inflação alcançando novo recorde para as pesquisas.

    Finalizando, as empresas brasileiras de serviços permaneceram com uma visão positiva em relação à perspectiva de atividade para aqui a doze meses. O otimismo foi atribuído à esperança de que as Olimpíadas em 2016 levem a um crescimento da produção no próximo ano. Vale pontuar que a atividade econômica brasileira começa, assim, o último trimestre do ano com fraca atividade e sem sinais de recuperação.

    FGV: IGP-DI de outubro avança 1,76%

    Na manhã de hoje (06/11) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). O mês de outubro registrou uma variação de 1,76%, superando o resultado de setembro (1,42%) e de igual mês do ano anterior (0,59%). A taxa acumulada até outubro de 2015 é de 8,91%, já no acumulado de 12 meses, o índice teve variação de 10,58%. O destaque segue sendo a rápida escalada inflacionária exibida pelos preços ao produtor, superando inclusive os fortes impactos do aumento dos preços ao consumidor.

    No que tange o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o registro de outubro teve variação de 2,38%. No mês anterior, a taxa foi de 2,02%. Na abertura por estágio de processamento, a inflação relativa a Bens Finais acelerou (de 0,87% para 2,06%), mesmo movimento visto para os Bens Intermediários (de 1,72% para 2,20%), ao passo que as Matérias-Primas Brutas desaceleraram, embora ainda assim com a maior taxa de variação (de 3,84% para 2,99%).

    Na abertura por origem de processamento, a aceleração do IPA foi puxada pelos produtos industriais (de 1,49% para 2,23%), a passo que os produtos agropecuários (de 3,40% para 2,75%) desaceleraram.

    Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o mês de outubro variou de 0,76% para 0,42% no mês anterior. Cinco das oito classes de despesas componentes do Índice demonstraram acréscimo em suas taxas de variação. A contribuição de maior magnitude para o avanço da taxa do IPC partiu do grupo Transportes que passou de 0,32% para 1,92%.

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou no mês uma taxa de variação de 0,36%, superando o resultado de setembro 0,22%. Quanto ao índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços, a variação foi de 0,77% ante 0,47% no mês anterior, já o índice que representa o custo de Mão de Obra não apresentou variação, pelo segundo mês consecutivo.

    EUA: produtividade do trabalho aumenta no terceiro trimestre

    Hoje (06/11) o Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS) dos Estados Unidos divulgou a produtividade do trabalho do país no terceiro trimestre do ano. De acordo com a leitura, houve elevação de 1,6% no índice de produtividade, dado o aumento de 1,2% na produção e queda de 0,5% nas horas trabalhadas. O declínio das horas trabalhadas foi o primeiro desde o terceiro trimestre de 2009.

    As quedas nas horas trabalhadas no setor de negócios refletem o declínio de 0,9% na média de horas semanais, o que foi parcialmente compensado por um aumento de 0,5% no emprego. No acumulado dos últimos quatro trimestres as horas trabalhadas aumentaram 1,9%, enquanto a média de horas semanais trabalhadas diminuíram 0,4%. Já o emprego aumentou 2,2%.

    Com relação ao setor da indústria de transformação, o aumento da produtividade foi mais expressivo, 4,9% no terceiro trimestre do ano, como consequência da elevação de 2,7% na produção e queda de 2,1% nas horas trabalhadas. A produtividade aumentou 7,3% na indústria de bens duráveis e 1,3% na indústria de bens não duráveis. No acumulado dos últimos quatro trimestres a produtividade da indústria de transformação cresceu 1,5%, com elevação da produção de 1,8% e de 0,4% nas horas trabalhadas, impactando no aumento de 0,9 % no custo unitário do trabalho no terceiro trimestre do ano e 0,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

     
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