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Informativo eletrônico - Edição 1809 Terça-Feira, 10 de novembro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial recua de forma disseminada em setembro
  • Markit: Perspectivas de Negócios do Brasil melhoram em outubro

    Economia Internacional

  • China: Inflação ao consumidor desacelera em outubro
  • OCDE: atividade econômica desacelera em setembro

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção industrial recua de forma disseminada em setembro

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (10/11) os resultados regionais de sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) referente ao mês de setembro. De acordo com a leitura, já descontadas as influências sazonais, a queda de 1,3% no resultado do Brasil foi disseminada entre as regiões, dado que dentre as 14 regiões abrangidas pela pesquisa, 10 registraram menor produção no setor no nono mês do ano.

    Na passagem mensal, livre de influências sazonais, verificou-se queda da produção industrial nas seguintes regiões: Bahia (-7,6%); Rio de Janeiro (-6,6%); Nordeste (-3,3%); Ceará (-2,7%); Minas Gerais (-2,3%); Rio Grande do Sul (-1,0%); Santa Catarina (-0,7%); Goiás (-0,6%); Pernambuco (-0,4%); São Paulo (-0,2%). Por outro lado, as regiões que apresentaram alta na passagem mensal foram: Pará (12,6%); Paraná (5,1%); Espírito Santo (1,3%); Amazonas (0,1%).

    Na comparação do terceiro trimestre do ano em relação ao trimestre imediatamente anterior, livre de influências sazonais, houve retração apresentada em 9 regiões dentre as 14 abrangidas pela pesquisa. Os recuos mais significativos foram constatados no Paraná (-5,7%); Rio de Janeiro (-3,6%) e São Paulo (-3,4%). Enquanto as principais variações positivas foram constatadas na Bahia (3,6%); Pará (1,8%) e Pernambuco (1,2%).

    No acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano precedente, dentre as 15 regiões (aqui se considera Mato Grosso), 12 apresentaram declínio. Dentre as contribuições negativas, destaque para o Amazonas (-14,5%); Rio Grande do Sul (-11,1%); São Paulo (-10,2%) e Ceará (-9,5%). Além de Paraná (-7,8%); Santa Catarina (-7,4%); Minas Gerais (-7,2%); Bahia (-6,1%); Rio de Janeiro (-5,7%); Nordeste (-4,3%); Pernambuco (-3,3%) e Goiás (-1,0%). Já Espírito Santo (11,3); Pará (6,2%) e Mato Grosso (3,2%) apresentaram expansão de sua atividade produtiva.

    Por fim, no que diz respeito aos resultados de São Paulo, a queda de 10,2% na produção industrial acumulada no ano se deve, em última análise, à retração todas as dezoito atividades apontadas pela pesquisa. Dentre tais setores, os principais destaques negativos advêm de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-20,5%) devido à expressiva queda constatada em sua produção. Também apresentaram recuos relevantes: Equipamentos de Informática (-24,3%); Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (-15,8%) e Máquinas e Equipamentos (-13,2%).

    Em suma, a crise industrial, como já vinha sendo apresentado ao longo do ano, é disseminada em todas as regiões – salvo aquelas mais ligadas ao setor extrativo. A continua queda da confiança do consumidor e do empresário, somado as políticas fiscais e monetárias contracionistas, tendem a alongar o período de contração do setor industrial brasileiro de forma geral.

    Markit: Perspectivas de Negócios do Brasil melhoram em outubro

    No dia de ontem (09/11) a Markit divulgou o relatório de Perspectivas de Negócios do Brasil (Brazil Business Outlook) referentes ao mês de outubro. Segundo os registros apresentados, houve recuperação na confiança em empresas privadas brasileiras. O saldo da atividade empresarial composta de outubro atingiu 25% ante 6% da pesquisa feita em junho deste ano.

    De acordo com a publicação, o Brasil apresenta-se como o mais forte entre os quatro países membros do BRIC, coincidindo com a média global. A retomada da confiança é reflexo de um crescimento mais forte nas perspectivas entre os prestadores de serviços. Além disso, as esperanças de uma recuperação econômica, a diversificação de produtos, as novas parcerias, as Olimpíadas de 2016 e as expectativas de maior demanda estrangeira, são vistas como oportunidade de crescimento para o próximo ano.

    Quanto as receitas de negócios e os lucros das empresas de serviços no Brasil, a previsão é de que ocorra um aumento nos próximos 12 meses, com saldo líquidos passando respectivamente de +1% e -2% no período de junho para 31% e 33%.

    Embora as projeções e o cenário apresentem otimismo, as empresas veem a incerteza política, a falta de investimento público, a alta das taxas de juro e as dificuldades de fluxo de caixa como possíveis ameaças às Perspectivas de Negócios do Brasil. Pontuamos que a continuidade da perda do poder de compra dos consumidores pode frustrar essa melhora nas perspectivas, sobretudo no setor de serviços.

    China: Inflação ao consumidor desacelera em outubro

    Ontem (09/11), o Departamento Nacional de Estatística da China (NBS) divulgou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do país. No mês de outubro, de acordo com a publicação, a inflação chinesa acumulou alta de 1,3% em doze meses, desacelerando frente ao resultado de setembro (1,6%). O resultado vem após uma deflação mensal de 0,3% no decimo mês do ano.

    Na passagem mensal, o preço dos alimentos diminuiu 1,0% e os preços dos não-alimentos subiram 0,1 %. Quanto aos preços dos bens de consumo, houve queda de 0,4% e os preços dos serviços diminuiu 0,1%.

    O cenário atual China deixa o mundo em alerta quanto as políticas econômicas adotadas pelo seu governo, para amenizar a desaceleração da economia e o aumento dos riscos das condições financeiras das empresas, sinalizando novas possibilidades de medidas de estimulo monetária, como novos cortes de juros e possíveis reduções do compulsório.

    OCDE: atividade econômica desacelera em setembro

    Ontem (09/11) a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou o seu Indicador Antecedente de Atividade Econômica (Composite Leading Indicator – CLI). De acordo com a publicação, o indicador agregado dos países-membros da OCDE exibiu leve queda, passando de 99,9 para 99,8 pontos em setembro – sinalizando desaceleração da atividade econômica do grupo. Vale salientar que índices abaixo de 100,0 pontos sinalizam uma tendência negativa da atividade econômica.

    Na abertura por país, o índice referente aos Estados Unidos e Reino Unido mostraram queda na dinâmica de crescimento. No caso dos Estados Unidos, o índice passou de 99,3 pontos em agosto para 99,1 pontos em setembro, já no Reino Unido o índice passou de 99,6 para 99,4 pontos. O Japão também apresentou leve retração (de 99,9 para 99,8 pontos).

    No que tange à Zona do Euro, o CLI permanece indicando uma tendência positiva de atividade econômica (100,6 pontos). Dentre os principais países da região, destaque para a tendência declinante da Alemanha (99,8 pontos). Já a Itália e França continuaram apresentando resultados positivos, 101,0 pontos e 100,9 pontos, respectivamente, sinalizando expansão de suas atividades.

    Apesar dos BRICS não fazerem parte da OCDE, a organização calcula o CLI relativo a tais países. No que tange ao Brasil, destaque para a elevação do índice, que, em setembro, alcançou o patamar de 99,1. O índice da Rússia apresentou queda na passagem mensal (de 99,4 pontos para 99,3 pontos), assim como a China, que passou de 98,0 para 97,9 pontos, enquanto o índice da Índia aumentou, passando do nível de estabilidade (100,0 pontos) em agosto para uma pequena expansão de sua atividade econômica (100,1 pontos). Por fim, a África do Sul apresentou queda, totalizando 99,4 pontos.

     
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