

IBC-Br continua exibindo queda
Na manhã de hoje (18/11) o Banco Central do Brasil divulgou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador equivalente a uma proxy mensal do PIB. No mês de setembro, já descontados os efeitos sazonais, o índice apresentou queda de 0,50%, após retração de 0,76% no mês de agosto. O resultado vem em linha com o projetado pelo mercado (-0,50%) e surpreendeu positivamente as projeções do Depecon/FIESP (-0,79%).
O resultado atual reflete a contração apresentada no mês em questão tanto pelo setor de serviços (-4,8%, Macro Visão 1814), quanto da produção industrial (-1,3%, Macro Visão 1809) e do comércio varejista (-0,5%, Macro Visão 1811). No acumulado do ano o índice acumula queda de 3,37% no ano, além da perda de 2,73% em 12 meses, denotando a recessão vivenciada pela economia brasileira.
Com a leitura, o IBC-Br termina o terceiro trimestre com queda de 1,4%, frente ao trimestre anterior na série com ajuste sazonal. Assim, a economia brasileira chega ao quarto trimestre seguido de recessão, pontuando que a queda do segundo trimestre foi revisada de -1,9% para -2,1%.
Por fim, este resultado confirma as expectativas de queda de 1,5% do PIB no terceiro trimestre do ano, em linha com a forte deterioração dos indicadores de atividade - indústria, comércio e demais serviços -, bem como a continua queda dos índices de confiança (tanto do empresário como do consumidor).

FIESP: Industria de São Paulo fecha 20,5 mil vagas em outubro
A FIESP/CIESP divulgaram na tarde de ontem (17/11), os resultados da Pesquisa de Nível de Emprego Industrial do mês de outubro. De acordo com a publicação, a indústria de São Paulo registrou um saldo negativo de 20,5 mil vagas na passagem de setembro para outubro. O resultado do mês passado representa uma queda de 0,83% do indicador, na leitura com ajuste sazonal.

Com relação ao período que corresponde de janeiro a outubro deste ano, a indústria paulista já demitiu 159 mil empregados e o saldo de empregos no setor ficou negativo em 237,5 mil vagas na comparação entre outubro deste ano com o de 2014.

Das 20,5 mil vagas fechadas no mês, 769 correspondem ao setor de açúcar e álcool, enquanto a indústria de transformação foi responsável por 19.731 demissões. O acumulado do ano da indústria paulista já é pior que o quadro verificado durante o mesmo período em 2009, auge da crise financeira mundial.
Dentre os 22 setores apurados pela FIESP/CIESP, 16 informaram demissões em outubro, enquanto 4 se mantiveram estáveis e 2 registraram contratações. Segundo a pesquisa, a indústria que teve o maior índice de demissões foi a de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com baixa de 3.762 vagas em outubro. Em contrapartida, a indústria de celulose e papel criou 233 postos de trabalho.
Na abertura por regiões, das 36 regiões do Estado de São Paulo analisadas pelo Depecon, 29 informaram demissões, 4 contrataram e 3 ficaram estáveis. Os destaques positivos ficaram por conta da região de Franca com alta de 0,39%, de Marília que registrou aumento de 0,33% no emprego e na região de Cotia com avançou 0,31. Quanto aos destaques negativos, a região de Diadema registrou queda de 4,26% no emprego em outubro, seguida pela indústria de Santo André com forte queda de 3,86% e pela de Taubaté com queda de 3,25% no mês passado.


EUA: produção industrial cai 0,2% em outubro
Ontem (17/11) o Federal Reserve (FED – Banco Central americano) apresentou os resultados da produção industrial dos Estados Unidos. Na leitura referente ao mês de outubro, já descontados os efeitos sazonais, o setor exibiu contração de 0,2% em sua produção, a mesma queda verificada no mês anterior. Já na comparação interanual, estima-se alta de 0,3%.
Na abertura por setores, a produção da indústria de transformação registrou elevação de 0,4% na passagem mensal, ao passo que a indústria extrativa recuou 1,5%, na mesma base comparativa. O setor de utilidades (SIUP), também apresentou queda (-2,5%).
No que tange as categorias de uso, destaque para a queda de 0,1% na produção de Bens de Consumo, ante expansão de 0,2% em setembro, refletindo a retração da produção de Bens Não-Duráveis (-0,3%). Os Bens Duráveis, por sua vez, avançaram 0,5% no mês em questão.
Com relação ao Nível de Utilização da Capacidade Instalada, verificou-se recuo no resultado geral da indústria do país (de 77,7% para 77,5%), cerca de 2,6 p.p. abaixo de sua média histórica.
Portanto, os fracos resultados da indústria, refletindo dentre vários fatores o dólar valorizado, são dados que vão no sentido contrário a normalização da política monetária, que deve acontecer ainda em dezembro.

EUA: Inflação acelera em outubro
O Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) dos Estados Unidos divulgou ontem (18/11) os resultados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) referentes ao mês de outubro. Com a inflação mensal de 0,2% no decimo mês, o CPI do país acumulou alta de 0,2% em doze meses, mostrando aceleração frente ao resultado de setembro (0,0%).

Nesta leitura, o índice de preços dos alimentos aumentou 0,1%, menor patamar desde maio. No que tange a variação no índice de preços de energia, após apresentar diminuição de 4,7% em setembro, registrou um aumento de 0,3% em outubro. Vale ressaltar que todos os principais índices de componentes de energia continuam exibindo queda nos últimos doze meses.
Por fim, quando excluso os preços de energia e alimentos do CPI (por serem mais voláteis), a inflação americana atinge 1,9%, reforçando as apostas de normalização da política americana (com alta de juros) em dezembro.



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