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Informativo eletrônico - Edição 1834 Quarta-Feira, 16 de dezembro de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Comércio varejista cresce após oito quedas consecutivas
  • FGV: IGP-10 encerra 2015 com alta de 10,54%

    Economia Internacional

  • EUA: Inflação em doze meses acelera em novembro

    Dados da Economia Brasileira

  • Comércio varejista cresce após oito quedas consecutivas

    Hoje (16/12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). De acordo com a publicação, livre de efeitos sazonais, o volume de Vendas no Varejo, em seu Conceito Restrito, aumentou 0,6% em outubro (após oito meses em queda), ante -0,3% em setembro. O resultado mensal, surpreendeu positivamente tanto as expectativas do mercado (-1,1%) quanto do Depecon/FIESP (-1,3%). Em relação a outubro de 2014, houve queda de 5,6%. No acumulado do ano, a atividade recuou 3,6%.

    Já as Vendas no Varejo em seu Conceito Ampliado (que leva em consideração, além dos oito segmentos abrangidos pelo conceito restrito, Vendas de veículos e Material de construção) exibiram retração de 0,1% na passagem mensal, já expurgados os efeitos sazonais. Na comparação interanual, o decréscimo chega a 11,8%, ao passo que no ano, o setor acumula queda de 7,9%.

    Dentre as atividades abrangidas pela pesquisa, 5 exibiram resultados positivos na passagem mensal. Destaque para os artigos de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,0%); Tecidos, vestuário e calçados (1,9%) e Farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria (1,5%). As quedas mais acentuadas foram registradas por: Equipamentos e Materiais para escritório, informática e comunicação (-9,2%), Material para construção (-2,9%) e Combustíveis e lubrificantes (-2,6%).

    No acumulado do ano, vale ressaltar a queda no comércio de Veículos e motos, partes e peças (-16,9%); Móveis e eletrodomésticos (-13,3%); Tecidos, vestuário e calçados (-7,5%) e Material de construção (-7,4%).

    Por fim, na abertura regional, livre de efeitos sazonais, 21 dentre as 27 Unidades da Federação apresentaram expansão do volume de vendas no varejo na passagem mensal. As maiores variações positivas foram verificadas no Ceará (3,5%) e Rio Grande do Norte (2,1%). Enquanto Tocantins (-0,8%) e Espírito Santo (-0,8%) foram os que apresentaram as maiores contrações em suas vendas. São Paulo e Rio de Janeiro, duas regiões de grande importância na pesquisa, exibiram variações de 1,34% e 1,96%, respectivamente.

    Em suma, avaliamos que a surpresa positiva do resultado do varejo em outubro não sinaliza uma reversão de tendência, dado os constantes avanços da inflação, da piora do mercado de trabalho e da queda da confiança do consumidor. Em função desses fatores, acreditamos na continuidade da fraqueza do comércio varejista nos próximos meses.

    FGV: IGP-10 encerra 2015 com alta de 10,54%

    Foi divulgado na manhã desta quarta-feira (16/12) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) referentes ao mês de dezembro. De acordo com a publicação, a variação do mês atual foi de 0,81%, mostrando desaceleração frente ao resultado registrado no mês de novembro (1,64%). No mesmo período de dezembro de 2014 a variação registrada havia sido de 0,98%.

    No ano de 2015, o IGP-10 registrou alta de 10,54%, forte aceleração diante do resultado de 2014 (3,88%). O índice é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), variou 0,80% no mês de dezembro ante 2,15% no mês anterior. Na abertura por estágios de processamento, verificou-se desaceleração nos Bens Finais (de 2,59% para 2,08%), Intermediários (de 1,91% para 0,43%) e deflação nas Matérias-Primas Brutas (de 1,92% para -0,28%). No ano, os subíndices de preços fecharam em 12,46%; 10,20% e 10,71%; respectivamente.

    Na abertura do IPA por origem de processamento, verificou-se desaceleração tanto nos preços dos produtos agropecuários (de 2,72% para 1,64%), que fecharam o ano com alta de 14,64%, quanto industriais (de 1,93% para 0,47%), com avanço de 9,80% em 2015.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), por sua vez, acelerou em dezembro (de 0,76% para 1,07%) e fechou o ano com alta de 10,25%. Quatro das oitos classes de despesa que compõem o índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, destacando o grupo Alimentos que passou de 0,77% para 1,92% no mês. Em 2015, com exceção da classe Educação, Leitura e Recreação (de 8,72% para 8,23%), todas as demais classes de despesa apresentaram aceleração da inflação: Alimentação (de 7,955 para 11,29%), Habitação (de 6,86% para 12,95%), Vestuário (de 3,41% para 3,46%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 7,10% para 8,65%), Transportes (de 5,48% para 10,87%), Despesas Diversas (de 7,76% para 12,25%) e Comunicação (de 1,77% para 2,59%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou na última leitura do ano (de 0,37% para 0,30%) e fechou 2015 com variação de 7,40%). Os custos com Materiais, Equipamentos e Serviços encerraram o ano com avanço de 6,71%, ao passo que aqueles com Mão de Obra atingiram 8,02%.

    EUA: Inflação em doze meses acelera em novembro

    Ontem (15/12) o Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) dos Estados Unidos divulgou o Índice de Preços do Consumidor (CPI) referente ao mês de novembro. Segundo a leitura, a inflação manteve-se estável na passagem mensal, após elevar-se 0,2% em outubro, já descontados os efeitos sazonais. No acumulado dos últimos doze meses, findos em novembro, verificou-se elevação de 0,5% no nível de preços.

    Dentre as classes de despesa, destaque para a deflação do grupo Energia na passagem de outubro para novembro (de 0,3% para -1,3%), de maneira que, no acumulado em doze meses, a classe registra queda de 14,7% no nível de preços, ainda refletindo o menor patamar dos preços do petróleo.

    As demais classes que apresentaram variação positiva no período foram: Serviços de Transporte (de 0,2% para 0,6%); Assistência Médica (de 0,8% para 0,4%); Mercadorias para Assistência Médica (de 0,2% para 0,3%); Veículos Novos (de -0,2% para 0,1%). Por outro lado, apresentaram deflação: Alimentos (de 0,1% para -0,1%); Carros Usados e Caminhões (de -0,3% para -0,1%); Vestuário (de -0,8% para -0,3%).

    Quanto ao núcleo de inflação, que desconsidera as variações nos preços de energia e alimentos devido sua alta volatilidade, o índice apresentou variação de 0,2% em novembro e 2,0% no acumulado de doze meses. O resultado está em linha com o desejado pelo FED, que deve subir os juros ainda hoje (16/12) após 7 anos próximo a zero, reflexo da melhora verificada no mercado de trabalho e, por sua vez, no consumo das famílias.

     
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