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Informativo eletrônico - Edição 1849 Sexta-Feira, 22 de janeiro de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FIESP/CIESP: Indústria paulista perde 235 mil vagas
  • FVG: Atividade econômica segue recessiva
  • CAGED: Fechamento de 1,5 milhão de empregos em 2015
  • FGV: Prévia do ICI de janeiro registra alta de 3,7 pontos
  • IBGE: inflação desacelera em janeiro

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • FIESP/CIESP: Indústria paulista perde 235 mil vagas

    Nesta quinta-feira (21/01) a FIESP/CIESP divulgaram os dados da Pesquisa de Nível de Emprego. Em dezembro foram registrados o fechamento 53,5 mil vagas, encerrando o ano de 2015 com perda de 235 mil empregos, superando as perdas registradas em 2014 (-129,5 mil empregos).

    A variação acumulada do ano, que despencou 9,26%, é a pior da série histórica. O resultado do ano passado é pior ainda que o registrado em 2009, auge da crise, quando o emprego acumulou perdas de 4,59%.

    Entre os setores que mais demitiram, destaque para a indústria automotiva, que fechou 33.217 vagas em 2015, seguido pelo segmento de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com 33.057 postos de trabalho a menos. O setor de máquinas e equipamentos demitiu 28.496 trabalhadores ano passado, enquanto a indústria de confecção de artigos do vestuário e acessórios fechou 21.130 vagas. Somente esses quatro setores correspondem a praticamente metade das vagas encerradas no ano.

    FVG: Atividade econômica segue recessiva

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou ontem (21/01) o monitor do PIB-FGV, que estima mensalmente o PIB brasileiro. De acordo com a publicação, no acumulado em doze meses até novembro, o PIB diminuiu 3,2%, intensidade próxima ao divulgado pelo PIB do Serasa (3,3%, macro visão 1847). Em comparação com novembro de 2014, a variação chega a -5,3%.

    Em se tratando dos componentes da Oferta, o setor de Agropecuária acumulou em doze meses expansão de 2,0%, ao passo que os Serviços caíram 1,5% e a Industria -6,4% no mesmo período.

    Na abertura pelos componentes da demanda, destaque para a queda de 13,0% no acumulado em doze meses na Formação Bruta de Capital Fixo. Consumo das famílias, por sua vez, retraiu 2,9%, Consumo do Governo recuou 0,5%, enquanto Importações declinou 11,7% no período. Já as exportações apresentaram crescimento de 4,5%.

    Dentre os doze subsetores que compõem o PIB, sete acumulam em doze meses até novembro, taxas negativas. Sendo as variações mais significativas, apresentadas pela Indústria de Transformação (-9,1%); Construção (-8,2%) e Serviços de Comércio (-7,5%). Já a indústria Extrativa foi a que apresentou maior variação positiva (7,4%).

    No mais, a ausência de recuperação da confiança e a constante deterioração do mercado de trabalho dificultam a reversão do cenário recessivo brasileiro.

    CAGED: Fechamento de 1,5 milhão de empregos em 2015

    Ontem (21/01) o Ministério do Trabalho (MTE) divulgou os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) referente ao mês de dezembro. Segundo a publicação, no mês em questão verificou-se o fechamento de 596.208 vagas. No ano de 2015, foram fechadas 1.542.371 vagas no país em todos os setores. Na série com ajuste (que incorpora as informações entregues fora do prazo), tal resultado representa uma variação de -3,74% no nível de emprego, o único resultado negativo da série.

    No ano de 2015, houve o fechamento de 608.878 vagas na Indústria de Transformação, pior resultado desde o início da série em 2002. Os setores que mais influenciaram o desempenho do ano foram: têxtil e vestuário (-9,80%); material de transporte (-14,05%); metalúrgica (-10,31%) e mecânica (-11,16%). Todos os setores apresentaram resultado negativo no acumulado em 2015.

    Com relação ao Estado de São Paulo, a indústria de transformação paulista apresentou fechamento de 67.881 vagas no mês de dezembro. Todos os setores apresentaram resultado negativo no mês, com destaque para: alimentos, bebidas e álcool (-3,81%); produtos químicos e farmacêuticos (-2,16%); têxtil e vestuário (-2,95%) e calçados (-15,02%).

    Por fim, vale ressaltar que no ano de 2015, a variação da indústria de transformação paulista foi negativa em 8,25%. No acumulado no ano, foram fechadas 226.027 vagas no setor, pior resultado desde o início da série em 2002. Todos os setores apresentaram resultado negativo em 2015, com destaque para: mecânica (-11,77%); metalúrgica (-12,61%); material de transporte (-11,39%) e têxtil e vestuário (-11,07%).

    FGV: Prévia do ICI de janeiro registra alta de 3,7 pontos

    Na manhã desta sexta-feira (22/01), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou a prévia do Índice de Confiança da Indústria (ICI) referente ao mês de janeiro. De acordo com a publicação, o ICI de janeiro sinaliza uma alta de 3,7 pontos comparado ao número final do mês de dezembro de 2015, passando de 75,4 para 79,1 pontos. Caso se concretize, o ICI registrará o maior nível desde março de 2015, embora permaneça em um patamar muito abaixo em termos históricos.

    O alto resultado da prévia de janeiro foi determinado tanto pela melhora da situação atual quanto pelas expectativas em relação aos meses seguintes: o Índice da Situação Atual (ISA) aumentaria 4,7 pontos, atingindo 79,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) aumentaria 2,5 pontos, atingindo 7,8 pontos.

    Concluindo, o resultado preliminar do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) sinaliza queda de 0,8 ponto percentual (p.p) entre dezembro e janeiro, ao passar de 75,0% para 74,2%, sendo este o menor nível da séria histórica.

    IBGE: inflação desacelera em janeiro

    Na manhã de hoje (22/01) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). Segundo a leitura referente ao mês de janeiro, o índice exibiu variação de 0,92%, desacelerando ante o resultado registrado no mês de dezembro (1,18%). Na comparação os meses de janeiro dos anos anteriores, esse é o resultado mais expressivo desde 2003 (1,98%), superando inclusive 2015. Dessa forma, o IPCA-15 acumula em doze meses alta de 10,74%.

    Na abertura por atividades, apenas dois dentre os nove segmentos abrangidos pela pesquisa exibiram aceleração do nível de inflação na passagem mensal, sendo eles: Despesas Pessoais (de 0,56% para 1,00%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,61% para 0,66%). Por outro lado, apresentaram desaceleração: Alimentação e Bebidas (de 2,02% para 1,67%); Artigos de Residência (de 0,60% para 0,48%); Habitação (de 0,69% para 0,57%); Vestuário (de 0,73% para 0,49%); Transportes (de 1,76% para 0,87%); Educação (de 0,32% para 0,28%) e Comunicação (de 0,87% para 0,11%).

    Em se tratando dos preços livres e administrados, enquanto os livres desaceleraram (de 1,27% para 0,92%), os administrados mantiveram-se inalterados na passagem de dezembro para janeiro (0,91%). Entretanto, no acumulado em doze meses, os preços administrados totalizaram crescimento de 18,05% e os livres de 8,57%.

    Por fim, em se tratando da abertura por regiões administrativas, as principais variações positivas do índice foram verificadas em Fortaleza (1,20%), Rio de Janeiro (1,14%%) e Porto Alegre (1,02%). Já as contribuições menos expressivas foram registradas em Curitiba (0,53%) e Brasília (0,68%). São Paulo exibiu elevação de preços de 0,95%, ante 0,99% em dezembro, acumulando em doze meses inflação de 11,05%.

     
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