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Informativo eletrônico - Edição 1852 Quinta-Feira, 28 de janeiro de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IGP-M acelera em janeiro
  • FGV: Confiança do Comércio avança em janeiro
  • Forte elevação do desemprego em 2015

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Índice de Sentimento Econômico recua em janeiro

    Dados da Economia Brasileira

  • IGP-M acelera em janeiro

    Hoje (28/01) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). De acordo com a publicação, no mês de janeiro o índice registrou alta de 1,14%, acelerando frente o registrado no mês precedente (0,49%) e em igual mês do ano anterior (0,76%). No acumulado de doze meses, a elevação foi de 10,95%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que corresponde a 60% do IGP-M – variou 1,14% no mês em questão, ante inflação de 0,39% verificada no mês anterior. Na abertura por estágios de processamento, a categoria de Bens Finais exibiu variação de 1,84%, acelerando frente ao resultado do mês de dezembro (1,39%). Com relação aos Bens Intermediários, a variação passou de -0,02% para 0,69%. Já o grupo de Matérias-Primas Brutas exibiu forte aceleração, passando de -0,31% para 0,85% entre os meses de dezembro e janeiro.

    Na abertura do IPA por origem de processamento, verificou-se aceleração tanto nos bens agropecuários (de 1,49% para 2,17%), quanto industriais (de -0,04% para 0,73%). No acumulado em 12 meses, os produtos agropecuários variaram 16,37% e os produtos industriais 10,10%.

    Em se tratando do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que corresponde a 30% do IGP-M – a inflação passou de 0,92% para 1,48% em janeiro. Dentre as oito classes de despesa abrangidas pela pesquisa, seis apresentaram aceleração frente ao mês anterior, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (de 1,05% para 3,67%). Além deste, também apresentaram acréscimos em suas taxas de variação: Alimentação (de 1,70% para 2,36%); Transportes (de 0,98% para 1,48%); Habitação (de 0,51% para 0,78%); Despesas Diversas (de 0,32% para 1,20%) e Comunicação (0,14% para 0,52%). Apenas os grupos Vestuário (de 0,53% para 0,34%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,62% para 0,59%) desaceleraram no primeiro mês do ano.

    Por fim, o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) – que corresponde a 10% do IGP-M – registrou inflação de 0,32%, ficando acima do resultado apresentado em dezembro (0,12%). A aceleração foi puxada tanto pelos custos com Matérias, Equipamentos e Serviços (de 0,23% para 0,52%), quanto pelo custo da Mão de Obra (de 0,02% para 0,15%).

    FGV: Confiança do Comércio avança em janeiro

    Na manhã desta quinta-feira (28/01), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice de Confiança do Comércio (ICOM). O relatório apontou que no mês de janeiro o índice avançou 6,4 pontos atingindo 67,2 pontos, após ajustes sazonais. Tal patamar é o maior nível desde agosto passado (67,3 pontos).

    Com relação ao Índice da Situação Atual (ISA-COM), responsável por retratar a percepção dos empresários em relação ao momento atual, houve uma alta de 9,9 pontos em relação ao mês de dezembro, após ter recuado 2,5 pontos no mesmo mês e 31,0 pontos ao longo de 2015. A alta mais acentuada entre os componentes do ISA-COM ocorreu no quesito que mede o grau de satisfação com o volume atual de demanda, que apresentou um avanço de 11,1 pontos em relação ao mês anterior, alcançando 64,3 pontos.

    Por fim, o Índice de Expectativas (EI-COM) subiu 2,7 pontos no mês, atingindo os 71,4 pontos, após atingir o menor valor da série em dezembro passado (68,7 pontos), tendo como quesito que mais impactou para alta do IE-COM o que capta o grau de otimismo com a situação dos negócios para os próximos seis meses, que apresentou alta de 5,4 pontos, atingindo 75,2 pontos.

    Forte elevação do desemprego em 2015

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (28/01) sua Pesquisa Mensal do Emprego (PME). De acordo com a publicação, a taxa de desemprego atingiu 6,9% em dezembro, recuando perante a novembro (7,5%), mas ficando muito acima do visto em dezembro de 2014 (4,3%).

    Cabe pontuar que essa queda da taxa entre novembro e dezembro é explicado por fatores sazonais. Considerando a série com ajuste sazonal, efetuada pelo Depecon/FIESP, a taxa de desemprego teria encerrado 2015 em 8,2% - muito acima dos 5,1% de 2014.

    Por sua vez, a média anual da taxa de desemprego em 2015 atingiu 6,8%, cerca de 2 p.p. acima da média verificada em 2014. Esse é o pior patamar desde a crise de 2009, quando a taxa subiu para 8,1%.

    Por sua vez, a Massa Salarial Real recuou 5,2% em 2015, a única queda verificada na série da PME iniciada em 2002. Em 2014 a massa salarial havia subido 2,6%, já mostrando forte desaceleração em relação aos anos anteriores. Em dezembro de 2015, frente igual ano do ano anterior, a massa recuou 8,3%.

    Na abertura por regiões, a taxa de desemprego, na comparação com novembro registrou queda nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (de 5,9% para 5,1%) e em Porto Alegre (de 6,7 para 5,9%) e ficou estável nas demais regiões. Já a comparação com dezembro de 2014, houve um crescimento da taxa em todas as regiões: em Recife, de 5,5% para 10,0% (4,5 p.p.); em Salvador, a taxa passou de 8,1% para 11,9% (3,8 p.p.); em Belo Horizonte, de 2,9% para 5,9% (3,0 p.p.); no Rio de Janeiro, de 3,5% para 5,1% (1,6 p.p.); em São Paulo de 4,4% para 7,0% (2,6 p.p.) e em Porto Alegre, de 3,6% para 5,9% (2,3 p.p.).

    Em suma, a deterioração da economia brasileira se refletiu de forma expressiva no mercado de trabalho, com forte elevação no desemprego e recuo do poder de compra. A confiança do consumidor, em patamares historicamente deprimidos, não deve mostrar recuperação significante este ano, dificultando a reversão de tendência recessiva em 2016.

    Zona do Euro: Índice de Sentimento Econômico recua em janeiro

    A Comissão Europeia (EC) divulgou hoje (28/01) o Índice de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator – ESI) da Zona do Euro. De acordo com a publicação, o índice recuou 1,7 ponto no mês de janeiro, alcançando o nível de 105,0 pontos. Já o índice relativo à União Europeia caiu 1,8 ponto na passagem mensal, chegando ao patamar de 106,7 pontos.

    Dentre os cinco componentes do índice, destaque para a queda de 1,5 ponto na Confiança da Construção, em decorrência da piora nas expectativas acerca dos níveis de emprego do setor. Além deste, a Confiança da indústria recuou 1,2 ponto, a mesma queda apresentada pela Confiança de Serviços. Consequência da avaliação negativa com relação as expectativas de produção e do nível de estoques na Industria e na piora na avaliação da situação de negócios passados, demanda passada e expectativas de demanda nos Serviços. Já a Confiança do Consumidor recuou 0,6 ponto, enquanto a Confiança do Varejo manteve-se inalterada.

    Dentre os principais países da Zona do Euro, as variações mais significativas foram apresentadas pela Espanha (-4,1 pontos), Alemanha (-2,1 pontos) e Itália (-1,7 ponto).

    Também foi divulgado hoje (28/01) pela Comissão Europeia (EC) o Indicador de Clima de Negócios (Business Climate Indicator – BCI) da Zona do Euro. Segundo a leitura, o índice chegou ao nível de 0,29 ponto em janeiro, ante 0,39 em dezembro, sendo tal queda reflexo principalmente das deteriorações da avaliação acerca dos níveis atuais de estoque de produtos finais e dos níveis de pedidos totais e para exportação.

     
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