

Produção Industrial cai 8,3% em 2015
Na manhã de hoje (02/02), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados de sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF). De acordo com a publicação, já excluídas as influências sazonais, a produção industrial em 2015 caiu 8,3%, o pior resultado da série, iniciada em 2003. Apesar da expansão da indústria extrativa (3,9%), a indústria de transformação recuou 9,9% no ano.

No último mês de 2015 a indústria apresentou queda de 0,7%, com ajuste sazonal, superior às expectativas do mercado (-0,2%) e do Depecon/Fiesp (-0,5%). Na aberta de subsetores, enquanto a indústria extrativa apresentou produção estável (0,0%) em dezembro, a indústria de transformação teve redução de sua produção em 0,8%.

Com relação ao resultado trimestral, a produção industrial apresentou retração de 3,9% no quarto trimestre, frente ao trimestre anterior, livre de influências sazonais. Com destaque para a queda de 8,5% na produção de bens de capital e de 9,6% em bens de consumo duráveis.

Voltando ao resultado acumulado para 2015, 25 ramos da indústria de transformação que são abrangidos pela pesquisa, apresentaram taxa de variação negativa. Destaque para o setor de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias, com queda de 25,9% - reflexo da contração de praticamente 97% dos produtos abrangidos pela pesquisa e produzidos por esta atividade. Também vale destacar a forte contração de produtos de informática, eletrônicos e ópticos (-30,0%), além de máquinas e equipamentos (-14,6%); produtos têxteis (-14,6%); produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,2%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,2%); produtos de metal (-11,4%); vestuário e acessórios (-10,8%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%), metalurgia (-8,9%); produtos de minerais não-metálicos (-7,8%); outros produtos químicos (-4,9%) e produtos alimentícios (-2,3%).
Em se tratando das categorias de uso avaliadas pela PIM-PF, a produção de bens de capital apresentou expressiva queda de 25,5% em 2015, enquanto a produção de bens de consumo declinou 9,4%, resultado da queda tanto de bens duráveis (-18,7%), quanto semiduráveis e não duráveis (-6,7%). Já a produção de bens intermediários caiu 5,2%.

Em suma, a produção industrial mostrou forte queda no ano de 2015, refletindo a recessão enfrentada pela economia brasileira. Destaque para a disseminação da contração, com todas as categorias econômicas apontando redução da produção. A indústria foi fortemente impactada pela queda nos investimentos, decorrente da forte deterioração da confiança do empresariado industrial. Ademais, o aperto das condições de crédito e o arrefecimento do mercado de trabalho, refletida na elevação da taxa de desemprego e queda na renda, afetaram negativamente os segmentos de bens de consumo. Acreditamos que em 2016 o quadro continuará bastante desafiador para a indústria, devido à expressiva piora dos fundamentos econômicos e à elevada incerteza que cerca o cenário político e econômico.


Zona do Euro: Taxa de desemprego fecha 2015 em 10,4%
Na manhã de hoje (02/02), o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou o resultado de sua taxa de desemprego referente ao mês de dezembro de 2015. Segundo a publicação, livre de influências sazonais, a taxa de desemprego da região chegou a 10,4% no último mês do ano. O mês anterior havia registrado uma taxa de 10,5%, já em dezembro de 2014 o resultado havia ficado em 11,4%.

Com relação a União Europeia (EU28), a taxa de desemprego ficou em 9,0% em dezembro de 2015, o índice se mostrou estável em relação a novembro do mesmo ano, já no mesmo período de 2014 o índice havia sido de 9,9%. Vale ressaltar que o resultado de dezembro é a menor taxa registrada na EU28 desde junho de 2009.
Dentre os países-membros da Zona do Euro, a menor taxa de desemprego foi apresentada na Alemanha. Quanto os maiores índices registrados, destacaram-se a Grécia (que registrou 24,5% em outubro) e Espanha (20,8%).




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