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Informativo eletrônico - Edição 1863 Quarta-Feira, 17 de fevereiro de 2016
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • PMS: Setor de Serviços recua 3,6% em 2015
  • IGP-10 segue em trajetória altista

    Economia Internacional

  • EUA: Indústria americana continua com baixo desempenho em fevereiro

    Dados da Economia Brasileira

  • PMS: Setor de Serviços recua 3,6% em 2015

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (17/02) sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Vale ressaltar que a PMS apresenta os resultados de volume de serviços, que resulta da deflação dos valores nominais por índices de preços específicos a cada grupo de atividade, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA.

    De acordo com a publicação, após queda de 6,4% em novembro, o volume de serviços voltou a recuar em dezembro (-5,0%) em relação ao mesmo período do ano de 2014. Em todo o ano de 2015, apenas no mês de março o volume de serviços apresentou variação positiva (2,3%).

    Com o resultado de dezembro, o ano de 2015 acumulou queda de 3,6% no volume de serviços. No último trimestre do ano, a queda foi de 5,7%, superior as quedas registradas no primeiro (-1,5%), segundo (-2,7%) e terceiro (-4,2%) trimestres.

    Em 2015, apenas o segmento de Serviços de informação e comunicação manteve-se estável, já os demais segmentos pesquisados apresentaram variação negativa: Serviços prestados às famílias (-5,3%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (-4,3%); Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-6,1%, com fortíssima queda do transporte terrestre, intimamente ligado ao transporte de produtos industriais, outro setor em crise); Outros serviços (-9,0%) e Atividades turísticas (-2,1%, dado que a recessão doméstica anula os benefícios de um dólar mais desvalorizado).

    Dentre as Unidades da Federação, acumulou a maior variação negativa em 2015, Amapá (11,8%), enquanto Rondônia apresentou a única variação positiva (5,3%). Já São Paulo, acumulou queda em seu volume de serviço de 3,0%.

    Por fim, o resultado anual do setor de serviços, reflete a deterioração da atividade econômica em 2015, sendo fortemente impactado pela piora do mercado de trabalho e pela deterioração do poder de compra do consumidor brasileiro.

    IGP-10 segue em trajetória altista

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (17/02) o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) relativo ao mês de fevereiro. Segundo a publicação, a inflação chegou a 1,55%, superior tanto em relação ao mês precedente (0,69%), quanto em relação ao mesmo período de 2015 (0,43%). No acumulado do ano, o nível de preços variou 2,24%, enquanto que em doze meses a alta chega a 12,05%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), aumentou 1,69% em fevereiro, ante 0,63% no mês anterior. No acumulado de doze meses, o índice variou 13,46%. Na abertura por estágios de processamentos, a maior variação foi constatada no grupo Matérias-Primas Brutas (de 0,36% para 1,96%), seguido por Bens Finais (de 1,27% para 1,83%) e Bens Intermediários (de 0,21% para 1,34%).

    Na abertura do IPA por origem de processamento, houve forte avanço nos preços dos Produtos Agropecuários (de 1,97% para 2,72%), mas os produtos Industriais também apresentaram significativa variação (de 0,10% para 1,27%). Tais setores já acumulam alta de 19,11% e 11,27% em dose meses, respectivamente.

    Com relação ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o nível de preços aumentou 1,64% em fevereiro, superior a alta registrada em janeiro (1,05%). Já no acumulado de doze meses a alta é de 10,52%. Todas as oito classes de despesas que compõem o índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para grupo Transportes (-0,77% para 2,26%), seguido por: Educação, Leitura e Recreação, (de 1,98% para 3,60%); Habitação (de 0,53% para 1,05%); Alimentação (de 1,99% para 2,06%); Comunicação (de 0,32% para 0,65%); Despesas Diversas (de 0,81% para 1,55%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,58% para 0,72%) e Vestuário (0,41% para 0,43%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), passou de 0,37% em janeiro para 0,22% em fevereiro, acumulado em doze meses, variação de 6,80%. O resultado atual ocorre como reflexo da variação de 0,47% no preço de Materiais, Equipamentos e Serviços, ante 0,39% no mês passado e de 0,28% em Mão de Obra, após variação de 0,06% em janeiro.

    EUA: Indústria americana continua com baixo desempenho em fevereiro

    Na última terça-feira (16/02), o Federal Reserve Bank of New York (FED de Nova Iorque) divulgou os resultados de sua Sondagem Industrial (Empire Manufacturing) referente ao mês de fevereiro. De acordo com a publicação, o índice continua apresentando resultados negativos no início do ano. O indicador de difusão das condições gerais de negócios registrou -16,6 pontos no mês, após ter apresentado -19,37 no mês de janeiro.

    No que se refere aos indicadores de novas encomendas, embora também se mantenha em níveis negativos, houve melhora na comparação com o mês anterior, passando de -23,54 para -11,63 pontos. Quanto ao indicador de entregas, o índice passou de -14,39 para -11,56 pontos, continuando a registrar um cenário de retração.

    Com relação ao indicador de preços pagos referentes ao mês de fevereiro, o índice se manteve positivo, embora em queda, passando de 16,00 para 2,97 pontos. Já no que tange aos componentes de estoques, após registrar queda de -6,00 pontos em janeiro, se manteve estável no mês atual.

    Por fim, o índice de expectativas para os próximos seis meses melhorou, passando de 9,51 pontos em janeiro para 14,48 em fevereiro. Portanto, em linha com a desaceleração do setor no último trimestre do ano passado, o setor industrial deve continuar arrefecido neste primeiro trimestre de 2016. Assim, deve-se observar a trajetória do dólar, que pode vir a perder força frente as outras moedas dada a possibilidade de estancamento da normalização da política monetária por parte do Fed (Banco Central Americano), trazendo algum vento favorável ao desempenho do setor que certamente está sofrendo forte impacto com a alta volatilidade dos mercados.

     
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