|
Focus: Mercado espera retração de 3,4% do PIB em 2016
Na manhã de hoje (22/02), o Banco Central divulgou o Boletim Focus, relatório semanal que levanta a mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. Segundo a publicação, a queda estimada para o PIB este ano passou de 3,33% para 3,40% (quinta queda consecutiva). Para 2017, a projeção passou de 0,59% para 0,50%.
Quanto a inflação, as expectativas para o IPCA de 2016 apresentaram leve alta (de 7,61% para 7,62%), para 2017 manteve-se estável (6,00%). Com relação aos preços administrados, a projeção passou de 7,70% para 7,50% em 2016, enquanto para o próximo ano o índice registrou estabilidade na comparação com o registo da semana passada, mantendo-se em 5,50%.
A projeção da taxa SELIC para 2016 permanece em 14,25%, mas deve cair em 2017. A previsão na semana anterior era que a taxa de juros encerraria 2017 em 12,75%, neste relatório ela passou para 12,63%. Por sua vez, a previsão da taxa de câmbio para 2016 passou do patamar de R$/US$ 4,36, ante R$/US$ 4,38. Para 2017, a projeção manteve-se em R$/US$ 4,40.
Com relação ao setor externo, o superávit da balança comercial aumentou tanto para este ano (de US$ 36,10 bilhões para US$ 37,05 bilhões), quanto para 2017 (de US$ 39,30 bilhões para US$ 39,65 bilhões. Desta forma, o déficit em conta corrente apresentou queda, passando de US$ 32,10 bilhões para US$ 31,15 bilhões neste ano e para 2017 passou de um déficit de US$ 26,75 bilhões para US$ 25,88 bilhões.
Por fim, no que tange a produção industrial, a revisão do mercado segue a sexta queda consecutiva para 2016 (de -4,20% para -4,40%). Para 2017, o mercado estimou um crescimento menor neste relatório (de 1,50% para 1,00%).
EUA: nível de preços permanece estável em janeiro
Na última sexta-feira (19/02), a Bureau of Labor Statistics (BLS), divulgou o Índice de Preços do Consumidor (CPI) referente ao mês de janeiro. De acordo com o relatório, os preços mantiveram-se estáveis no primeiro mês do ano, enquanto no acumulado dos últimos doze meses findos em janeiro o nível de preços aumentou 1,4%.
O índice de energia apresentou queda de 6,5% em doze meses, com todos os principais componentes em declínio. Os preços do óleo combustível e da gasolina continuam caindo de forma acentuada, refletindo a queda dos preços internacionais do petróleo. Por sua vez, as maiores variações positivas de preços foram registradas em Assistência Médica (3,3%), Serviços (3,0%), Moradia (3,2%) e Serviços de Transportes (2,7%).
Por fim, quando consideramos o núcleo da inflação, que exclui os itens alimentos e energia (altamente voláteis), a inflação foi de 0,3% em janeiro e 2,2% no acumulado de doze meses.
Zona do Euro: Confiança do Consumidor registra elevada queda em fevereiro
Na manhã da última sexta-feira (19/02) a Comissão Europeia (EC) divulgou o resultado prévio do Índice de Confiança do Consumidor (ESI) da região, referente ao mês de fevereiro de 2016. De acordo com a publicação, livre de efeitos sazonais, o índice registrou queda acentuada de 2,5 pontos na Área do Euro atingindo o patamar de -8,8 pontos na comparação com o mês anterior. A União Europeia, por sua vez, também sinalizou acentuado recuo de 2,4 pontos, registrando atualmente -6,6 pontos, comparado com janeiro de 2016.
O ESI mede o nível de confiança que os consumidores têm sobre a economia na Área do Euro e na União Europeia. O indicador possui uma escala de -100 a 100, onde -100 corresponde a uma extrema falta de confiança, 0 é a neutralidade e 100 é a extrema confiança.
Zona do Euro: Atividade econômica registra nova queda em fevereiro
Na manhã de hoje (22/02) a Markit publicou o Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto – Indicador que é formado através dos índices referentes ao setor de serviços e da indústria - da Zona do Euro. Segundo a publicação, a atividade econômica na região atingiu 52,3 pontos em fevereiro, ante 53,6 registrado no relatório do mês anterior. Apesar do ritmo de queda, a atividade da região segue em expansão, visto que o índice situa-se acima de 50,0 pontos.
Na abertura dos sub índices, o setor de serviços da Zona do Euro também mostrou desaceleração, com seu PMI passando de 53,6 para 53,0 pontos no segundo do ano. Por sua vez, o PMI do setor industrial apresentou recuou registrando 51,0 pontos ante 52,3 de janeiro, também desacelerando sua expansão.
Dentre os principais países-membros do bloco, a França exibiu ligeira contração na margem, com quedas no setor de industrial, nos serviços e em suas encomendas. Já a Alemanha viu sua produção crescer relativamente bem, embora com um ritmo de expansão baixo e a com o índice de criação de trabalho desacelerando pelo décimo mês consecutivo.
De acordo com o relatório, o resultado de fevereiro foi decepcionante, podendo impactar no resultado do primeiro trimestre de 2016 atingindo crescimento abaixo de 0,3%. Tal quadro só será revertido se o mês de março apresentar súbita elevação, com base nos componentes do PMI o crescimento parece pouco provável.
|
