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Informativo eletrônico - Edição 1868 Quarta-Feira, 24 de fevereiro de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Déficit em Transações Correntes segue diminuindo
  • FUNCEX: Termos de troca segue em queda

    Economia Internacional

  • EUA: Confiança do Consumidor registra queda em fevereiro

    Dados da Economia Brasileira

  • Déficit em Transações Correntes segue diminuindo

    Na tarde de ontem (23/02), o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou a Nota do Setor Externo com os resultados de janeiro para o Balanço de Pagamentos. De acordo com a publicação, as Transações Correntes apresentaram déficit de US$ 4,8 bilhões no mês de janeiro, totalizando um resultado negativo de US$ 52,1 bilhões nos últimos doze meses, o que representa 2,9% do PIB, forte queda em relação a dezembro (quando o déficit atingia 3,3% do PIB). Cabe pontuar que o déficit do primeiro mês deste ano é muito inferior ao visto em igual período do ano passado, a conta quando apresentou déficit de US$ 12,2 bilhões, denotando o forte processo de ajuste das contas externas.

    A forte redução do déficit é fundamentalmente explicada pela Balança Comercial, cujo saldo saltou de um déficit de US$ 5,6 bilhões no acumulado em doze meses até janeiro de 2015 para um superávit de US$ 21,2 bilhões agora no acumulado até janeiro de 2016, refletindo a forte queda nas importações (redução de US$ 60,9 bilhões em igual período). A compra de produtos estrangeiros despencou diante da recessão da demanda doméstica e da elevação da taxa de câmbio

    Além disto, a conta de serviços ficou menos deficitária (de US$ 48,5 bilhões no acumulado até janeiro de 2015 para US$ 34,7 bilhões em 2016), refletindo o menor volume de aluguel de equipamentos e despesas com viagens internacionais, também sofrendo pelos mesmos sintomas das importações.

    Por sua vez, a balança de rendas (sobretudo a primária) também apresentou forte ajuste, com seu déficit reduzindo de US$ 49,1 bilhões em janeiro de 2015 para US$ 38,0 bilhões em janeiro de 2016. Apesar das despesas com juros ficarem praticamente estáveis, a forte recessão doméstica reduziu significativamente a remessa de lucros e dividendos enviadas ao exterior. Quanto aos Investimentos Diretos no País (o IDP, antigo IDE), verificou-se redução (de US$ 93,6 bilhões em janeiro de 2015 para US$ 74,8 bilhões este ano), embora tenha saltado de 3,96% do PIB para 4,26% do PIB, sendo suficiente para cobrir sozinho o déficit na conta corrente.

    Em suma, o ano de 2016 segue apresentando o ajuste nas contas externas, explicada pela forte deterioração da demanda interna e a forte valorização do dólar, impactando tanto o saldo comercial de bens como da conta de serviços.

    FUNCEX: Termos de troca segue em queda

    A Fundação Centro de Comércio Exterior (FUNCEX) divulgou ontem (23/02) os resultados do comércio exterior referentes ao mês de janeiro. Conforme a publicação, o volume em quantum exportado aumentou 2,5% entre dezembro e janeiro, ao passo que as importações cresceram 6,4%.

    A instituição também divulgou os preços das importações e exportações brasileira, sendo que, através de tais preços, é possível calcular os termos de troca da economia. No mês de janeiro, o preço das exportações brasileiras (majoritariamente commodities) recuou 2,1%, após ajustes sazonais, enquanto o preço das importações caiu 1,3% em igual período.

    Assim, o índice atual é o menor desde novembro de 2005, além de representar uma queda de mais de 27,6% em relação ao seu pico (em setembro de 2011), ressaltando o fato de que a recente melhora no saldo da balança comercial é puxado pela queda das importações, dado que os preços de nossas exportações seguem recuando.

    EUA: Confiança do Consumidor registra queda em fevereiro

    A Conference Board divulgou na tarde de ontem (23/02), o Índice de Confiança do Consumidor dos Estados Unidos referente ao mês de Fevereiro. De acordo com a publicação, fevereiro registrou queda na comparação com o mês anterior, passando de 97,8 para 92,2 pontos. A piora se deu tanto no Índice de Situação Atual, (de 116,6 para 112,1 pontos), quanto no Índice de Expectativas (de 85,3 para 78,9 pontos).

    A avaliação dos consumidores em relação as condições do Mercado de Trabalho, os resultados de fevereiro também foram menos positivos. Os que afirmaram que os trabalhos são "abundantes" apontaram queda, passando de 23,0% para 22,1%, enquanto os que afirmam que os postos de trabalhos se encontrar em condições "difíceis de obter" exibiram alta atingindo 24,2%, ante 23,6% registrada em janeiro. Já proporção de consumidores que esperam que seus rendimentos aumentem diminuiu de 18,6% para 17,2%, e a proporção que esperam uma redução na renda registrou alta, passando de 10,7% para 12,5% em fevereiro.

    Portanto, o arrefecimento da confiança do consumidor neste início de ano, após o mercado de trabalho apresentar bons resultados ao longo de 2015, denota a preocupação do americano quanto a situação econômica de seu país, podendo impactando no consumo das famílias no primeiro trimestre e também na decisão do FED (Banco Central Americano) quanto a continuidade do processo de normalização da política monetária americana.

     
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