

Superávit da balança comercial aumentou em fevereiro
Ontem (01/03) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou o resultado da balança comercial brasileira referente ao mês de fevereiro. De acordo com a publicação, a balança foi superavitária em US$ 3 bilhões no segundo mês do ano, o melhor resultado da série histórica para meses de fevereiro. No acumulado do ano de 2016, o superávit já chega a US$ 3,965 bilhões, contrapondo-se ao déficit de US$ 6,010 bilhões registrado no mesmo período de 2015.
O resultado mensal é decorrente da alta de 4,6% no valor total das exportações em relação a fevereiro de 2015, totalizando US$ 13,348 bilhões, sendo relevante a alta na comercialização de bens industriais (9,6%). Por outro lado as exportações de bens básicos caíram 0,5% no mesmo período. Apesar da queda nos preços dos produtos (-19%), o volume de exportações aumentou 30,7% no período.
Com relação as importações, houve queda de 34,6% em fevereiro em relação ao mesmo período de 2015. Sendo a maior queda registrada nas importações de combustíveis e lubrificantes (-54,6%), além de bens de capital (-33,3%), bens intermediários (-32,5%) e bens de consumo (-20,5%).

IPP: Índice de Preços ao Produtor aumenta 0,56% em janeiro
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 0,56% em janeiro, superior as variações de dezembro (-0,35%) e janeiro de 2015 (-0,40%), segundo dados divulgado hoje (02/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado em doze meses, a inflação chega a 9,86%. Vale salientar que o IPP mensura a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos ou fretes.
Os preços da indústria extrativa, recuaram 14,42% em comparação a dezembro de 2015, após deflação de 6,07% no mês anterior, em doze meses o nível de preços caiu 11,08%. Já os preços para a Industria de Transformação passaram de uma queda de 0,18% para uma alta de 0,99% em janeiro, acumulado crescimento de 10,49% em doze meses.

Das 24 atividades das indústrias extrativa e de transformação, 17 apresentaram variações positivas de preços em janeiro, contra 13 avaliações positivas apresentadas no mês anterior. Entre elas estão: fumo (4,77%), outros equipamentos de transporte (3,74%) e produtos de metal (3,35%).
Por fim, na abertura por categorias econômicas, bens de capital variaram 2,36% na passagem mensal, por sua vez bens intermediários e bens de consumo variaram 0,11% e 0,86% respectivamente.
PMI: Atividade industrial brasileira registra nova queda em fevereiro
Na manhã de ontem (01/03), o HSBC/Markit divulgou o Índice de Gerente de Compras (PMI) da indústria do Brasil. De acordo com a leitura, o cenário de recessão se estendeu para o mês de fevereiro de 2016, passando de 47,4 para 44,5 pontos, sazonalmente ajustado. Tal resultado representa a décima terceira deterioração mensal consecutiva nas condições operacionais.

Em se tratando do nível de novos negócios recebidos pelos fabricantes brasileiros, o mês de fevereiro apresentou queda, em meio a evidências de uma economia cada vez mais frágil e uma subsequente queda na demanda. Já o ritmo de contração, que tinha acelerado e atingido o seu ponto mais rápido desde novembro de 2015, também se acentuou ainda mais no mês atual.
Desta forma, nesta próxima sexta-feira será conhecido o resultado da produção física (PIM-PF) de janeiro, sendo que a primeira leitura já conhecida de fevereiro (por este PMI) é de uma continuidade da fraqueza da atividade industrial brasileira.


EUA: Expectativas para indústria americana em fevereiro são controversas
Na manhã de ontem (01/03), o Institute for Supply management (ISM) dos Estados Unidos divulgou o seu PMI industrial referente ao mês fevereiro de 2016. Conforme a publicação do relatório, o PMI do mês registrou um aumento de 1,3 pontos percentuais (p.p) na comparação com o mês anterior, passando de 48,2% para 49,5%, sendo que por estar abaixo dos 50,0% indica contração.
O PMI industrial dos Estados Unidos também foi divulgado ontem (01/03) pelo Instituto MARKIT. Na leitura do instituto, o mês de fevereiro registrou queda em relação a janeiro de 2016, passando de 52,3 para 51,3 pontos. Por estar acima dos 50,0 pontos, sinaliza expansão da atividade industrial.

Em síntese, embora ambos os institutos abordem o mesmo tema (e são amplamente respeitados), podemos perceber que há uma grande discrepância em relação aos resultados divulgados. Enquanto o ISM aponta que em fevereiro houve uma expansão no PMI industrial, o divulgado pela Markit registra uma queda que é a segunda pior desde outubro de 2012.



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