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Informativo eletrônico - Edição 1886 Segunda-Feira, 21 de março de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Inflação esperada para 2016 já chega a 7,43%
  • CNI: Nova queda da produção industrial em fevereiro
  • Arrecadação do governo volta a recuar em fevereiro

    Projeções do Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • Focus: Inflação esperada para 2016 já chega a 7,43%

    Na manhã de hoje (21/03), o Banco Central divulgou o seu Boletim Focus, relatório semanal que levanta a mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. Segundo o boletim, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) mantêm suas tendências de queda. Para 2016, as estimativas passaram de -3,54% para -3,60%, ao passo que para 2017 as projeções que se mantinham em 0,50% durante quatro semanas passaram para 0,44% na atual.

    Em relação a inflação para este ano, a leitura atual registrou ligeira queda atingindo 7,43%, ante 7,46% na semana precedente e permaneceu em 6,00% para 2017. Quantos aos preços administrados, as projeções para 2016 passaram de 7,40% para 7,20% e 5,50%, enquanto em 2017 as expectativas passaram de 5,50% para 5,58%.

    No que se refere a Selic, deve continuar em 14,25% até o fim do ano e atingir 12,50% no próximo ano. Já a taxa de câmbio esperada para 2016 passou de R$/US$ 4,25 para R$/US$ 4,20. Para 2017 as projeções passaram de R$/US$ 4,34 para R$/US$ 4,30.

    Com relação ao setor externo, o superávit da balança comercial deste ano apresentou alta, variando de US$ 41,20 bilhões para US$ 42,40 bilhões e para 2017 chegou a US$ 46,90 bilhões. Enquanto isto, o déficit em conta corrente segue em queda, passando de US$ 24,10 bilhões para US$ 21,21 bilhões neste ano e para 2017 passou de um déficit de US$ 19,41 bilhões para US$ 19,00 bilhões.

    Por fim, estima-se que a produção industrial recue 4,50% em 2016, ante (-4,45%) apostado na semana anterior e para 2017 as projeções são de um crescimento de 0,57%.

    CNI: Nova queda da produção industrial em fevereiro

    A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou na última quinta (17/03) o resultado da Sondagem Industrial Nacional. Segundo a leitura, a produção industrial atingiu 42,2 pontos em fevereiro, ante 39,7 em janeiro. Apesar da melhora registrada na passagem mensal, o resultado permanece abaixo de 50,0 ponto, indicando queda na produção industrial, ainda que mais moderada.

    Por sua vez, a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria manteve-se em 62% pelo terceiro mês consecutivo. Já o índice de evolução dos estoques passou de 50,3 pontos para 49,7 pontos em fevereiro. Vale ressaltar que o valor intermediário (50 pontos) significa que o estoque observado é igual ao planejado, valores abaixo indicam falta de estoque e acima excesso. Com relação a evolução do número de empregados, houve elevação de 41,4 pontos para 42,8 pontos, ou seja, apesar de baixo, o número de empregados no setor está caindo de forma menos intensa.

    Em se tratando das expectativas para os próximos meses, houve melhora nos indicadores relacionados a expectativas de demanda (de 46,5 para 46,9 pontos), compras de matérias primas (de 43,6 para 45,2 pontos) e número de empregados (de 42,1 para 43,0 pontos). Por outro lado, os empresários estimam para os meses subsequentes menor quantidade de exportação (de 53,5 para 52,6 pontos) e de investimento (de 39,8 para 39,4 pontos).

    Assim, a sondagem sinaliza que a produção industrial deve apresentar outro fraco resultado em fevereiro, expectativa já confirmada por alguns indicadores antecedentes, dentre eles a continua queda da confiança dos empresários dado o cenário elevado de incertezas.

    Arrecadação do governo volta a recuar em fevereiro

    Na última sexta-feira (18/03), a Secretaria da Receita Federal (SFR) divulgou os dados da arrecadação do governo referentes a fevereiro de 2016. Segundo o que foi apresentada, as arrecadações totais das receitas federais atingiram o montante de R$87,851 milhões, com uma redução real de 11,53% na comparação com o mesmo período de 2015.

    Dentre alguns impostos, destaque para o Impostos Sobre Produtos Industrializados (IPI), o valor apresentado ficou em R$3,225 milhões, com uma queda real de 16,21%, destacando o IPI de Bebidas (-31,26%) e Automóveis (-67,31%), ao passo que o IPI de Fumo apresentou alta de real (de 132,10%).

    Vale destacar também que as alterações tributárias que produziram acréscimo na arrecadação, como a redução na desoneração da folha de salários, o retorno parcial da tributação da CIDE Combustíveis e a elevação das alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis.

    Por fim, cabe enfatizar que o desempenho da arrecadação reflete o fraco desempenho da economia, ilustrado pelos resultados dos principais indicadores macroeconômicos (queda da produção industrial, das vendas no varejo, da arrecadação de serviços, entre outros).

     
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