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Informativo eletrônico - Edição 1889 Quinta-Feira, 24 de março de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • PNAD: Taxa de desocupação aumenta novamente
  • Déficit em Transações Correntes segue diminuindo

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Confiança do Consumidor recua em março

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • PNAD: Taxa de desocupação aumenta novamente

    Na manhã de hoje (24/03), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da PNAD Contínua. De acordo com o relatório, a taxa de desocupação do Brasil no trimestre findo em janeiro chegou a 9,5%, superando tanto o trimestre imediatamente anterior (9,0%) quanto a taxa verificada no mesmo trimestre do ano anterior (6,8%). Esse resultado representa o maior índice da série iniciada em 2012. Na série dessazonalizada pelo Depecon/FIESP a taxa subiu de 9,7% para 10,0%.

    Entre novembro e janeiro, a população desocupada (9,6 milhões de pessoas) aumentou 6,0% em relação ao trimestre findo em outubro, quando comparado ao mesmo período do ano passado o aumento foi de 42,3%.

    Por fim, o rendimento médio real manteve-se estável em comparação com o trimestre precedente, mas frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve retração de 2,4%. Dentre as atividades pesquisadas, apenas o segmento de Serviços Domésticos registrou alta (1,8%) no rendimento médio na passagem trimestral.

    Déficit em Transações Correntes segue diminuindo

    Na tarde de ontem (24/03), o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou a Nota do Setor Externo com os resultados de fevereiro para o Balanço de Pagamentos. De acordo com a publicação, as Transações Correntes apresentaram déficit de US$ 1,9 bilhão no mês de fevereiro, totalizando um resultado negativo de US$ 46,3 bilhões nos últimos doze meses, o que representa 2,67% do PIB, evidenciando queda em relação a janeiro (quando o déficit atingia 2,94% do PIB). Cabe pontuar que o déficit do segundo mês deste ano é muito inferior ao visto em igual período do ano passado, a conta quando apresentou déficit de US$ 12,2 bilhões, denotando o forte processo de ajuste das contas externas.

    A forte redução do déficit é fundamentalmente explicada pela Balança Comercial, cujo saldo saltou de um déficit de US$ 6,4 bilhões no acumulado em doze meses até fevereiro de 2015 para um superávit de US$ 27,1 bilhões agora no acumulado até fevereiro de 2016, refletindo a forte queda nas importações. A compra de produtos estrangeiros despencou diante da recessão da demanda doméstica e da elevação da taxa de câmbio.

    Além disto, a conta de serviços ficou menos deficitária (de US$ 47,9 bilhões no acumulado até fevereiro de 2015 para US$ 33,8 bilhões em 2016), refletindo o menor volume de aluguel de equipamentos e despesas com viagens internacionais, também sofrendo pelos mesmos sintomas das importações.

    Por sua vez, a balança de rendas (sobretudo a primária) também apresentou forte ajuste, com seu déficit reduzindo de US$ 48,6 bilhões em fevereiro de 2015 para US$ 39,6 bilhões em fevereiro de 2016. Apesar das despesas com juros ficarem praticamente estáveis, a forte recessão doméstica reduziu significativamente a remessa de lucros e dividendos enviadas ao exterior. Ainda assim, vale destacar que as remessas surpreenderam em fevereiro deste ano, atingindo US$ 2,5 bilhões, ante o déficit de apenas US$ 377 milhões em igual período de 2015.

    Quanto aos Investimentos Diretos no País (o IDP, antigo IDE), verificou-se redução (de US$ 91,3 bilhões em fevereiro de 2015 para US$ 77,6 bilhões este ano), embora tenha saltado de 3,95% do PIB para 4,48% do PIB, sendo suficiente para cobrir sozinho o déficit na conta corrente.

    Em suma, o ano de 2016 segue apresentando o ajuste nas contas externas, explicada pela forte deterioração da demanda interna e a forte valorização do dólar, impactando tanto o saldo comercial de bens como da conta de serviços.

    Zona do Euro: Confiança do Consumidor recua em março

    Na última segunda-feira (21/03) a Comissão Europeia (EC) divulgou a prévia da Confiança do Consumidor (Consumer Confidence Indicator, em inglês) da região para o mês de março. Segundo o relatório, o índice recuou tanto na Zona do Euro (-0,9 pontos) como na União Europeia (-0,7 pontos), registrando respectivamente -9,7 e -7,3.

    Assim, mesmo com a adoção de novos estímulos à economia dos países membros, os consumidores seguem receosos com os indicadores econômicos da região, como o desemprego e a deflação.

     
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