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Informativo eletrônico - Edição 1893 Quinta-Feira, 31 de março de 2016
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FGV: Confiança da Indústria diminui no primeiro trimestre de 2016
  • Déficit primário chega a 2,11% do PIB em fevereiro
  • FGV: Confiança de serviços fica praticamente estável em março
  • IBGE: Preços ao Produtor Industrial segue em trajetória declinante

    Dados da Economia Brasileira

  • FGV: Confiança da Indústria diminui no primeiro trimestre de 2016

    Hoje (31/03), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice de Confiança da Indústria (ICI). De acordo com a publicação, já descontados os efeitos sazonais, após queda de 2,0% em fevereiro, o ICI avançou 0,5% em março, passando de 74,7 para 75,1 pontos. A despeito desta alta, a média do primeiro trimestre de 2016 (75,3 pontos) segue abaixo do último trimestre de 2015 (75,5 pontos).

    A alta de março é resíduo dos resultados opostos da avaliação da situação corrente e das expectativas. De fato, o Índice de Expectativas (IE), que atingiu 72,0 pontos (pior patamar da série), recuou 0,8% frente ao mês anterior. Entretanto o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,9% e atingiu 78,6 pontos – o mais alto patamar desde abril de 2015.

    O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) subiu 0,1 ponto percentual (p.p) entre fevereiro e março, ao chegar em 73,7%.

    Segundo os economistas responsáveis pela pesquisa, a alta em março não anula o patamar deprimido da confiança do empresário industrial, refletindo uma melhora nas condições atuais principalmente por causa do movimento de ajuste dos estoques. Assim, o ambiente de elevada incerteza econômica e política continuou impactando as expectativas do setor neste primeiro trimestre do ano.

    Déficit primário chega a 2,11% do PIB em fevereiro

    Nesta quarta-feira (30/03) o Banco Central divulgou os resultados da política fiscal do Governo Central para o mês de fevereiro. Conforme o relatório, o setor público consolidado (Governo Central, empresas estatais e governos regionais) registrou déficit primário de R$ 23,0 bilhões no segundo mês do ano, o pior resultado para o mês de fevereiro desde o início da série (em 2001). Com isso, o déficit primário atingiu R$ 125,1 bilhões em doze meses (ou 2,11% do PIB), acelerando frente ao resultado negativo de janeiro (R$ 104,4 bilhões, ou 1,76% do PIB).

    Por sua vez, o déficit nominal (que inclui o resultado primário e os juros nominais) atingiu R$ 52,8 bilhões em fevereiro. Assim, em doze meses, o resultado nominal deficitário chegou a R$ 638,6 bilhões (10,75% do PIB), cerca de 0,13 p.p. do PIB inferior ao registrado em janeiro (10,88%). Essa redução reflete o menor número de dias úteis e o resultado favorável de R$ 11,7 bilhões das operações de swap cambial no mês.

    Já dívida líquida do setor público (DLSP), na passagem de janeiro para fevereiro, chegou a R$ 2.186,8 bilhões (36,8% do PIB), ao passo que a dívida bruta do setor público alcançou R$ 4.017,3 bilhões em fevereiro (67,6% do PIB) e caminhando vertiginosamente para o patamar de 70% do PIB.

    Assim, a continua atrofia da receita, o aumento das despesas obrigatórias e a falta de novas reduções nas despesas discricionárias dificultam o cenário fiscal, ainda mantendo o cenário de elevados riscos e incertezas.

    FGV: Confiança de serviços fica praticamente estável em março

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (31/03), o seu Índice de Confiança de Serviços (ICS) referente ao mês de março. De acordo com o relatório, na passagem de fevereiro para março, na série já livre de influências sazonais, o índice registrou variação de 0,1 % - passando de 68,8 para 68,9 pontos. Já as médias móveis trimestrais apresentaram alta de 0,3 ponto em seu índice, ficando entre os menores patamares já registrados na comparação com as médias históricas observadas anteriormente.

    Na abertura por atividades, das 13 estudadas pela pesquisa, cinco registraram alta, uma delas se manteve estável e sete caíram. Estatisticamente, a alta de 0,1% e de 0,1 p.p não é significativa e pode ser interpretada como uma virtual estabilidade do índice no mês atual.

    Com relação ao Índice de Situação Atual (ISA-S), houve alta de 1,6% na comparação com o mês anterior. Essa alta ante fevereiro está relacionada diretamente à evolução do indicador de Volume de Demanda Atual, que variou 2,8 pontos, enquanto o indicador de Situação Atual de Negócios caiu 0,6 ponto.

    Por fim, no que se refere ao Índice de Expectativas (IE-S), o mês atual apontou um recuo de 1,3% ante ao mês de fevereiro, sendo motivada principalmente pela retração de 2,4 pontos do indicador que mede a evolução da Situação de Negócios nos seis meses seguintes.

    A confiança deste setor está intimamente ligada a expectativa dos consumidores, e estes seguem com patamares de deprimida confiança mediante ao cenário de continuo aumento de emprego, elevada inflação e juros.

    Preços ao Produtor Industrial segue em trajetória declinante

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã do dia de hoje (31/03), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) referente ao mês de fevereiro. Segundo o relatório, no mês o IPP apresentou deflação de 0,58% no segundo mês do ano, um resultado que ficou abaixo do registrado em janeiro (0,68%) e de igual mês de 2015 (0,26%). No acumulado em doze meses, o índice mostrou descompressão de 9,99% para 8,57%.

    A tendência declinante do IPP continua reflexo da forte deflação do setor extrativo (que acumulou queda de 24,15% nos últimos doze meses), ao passo que a indústria de transformação enfrenta desaceleração e não deflação (de 10,62% para 9,70%).

    Na abertura por atividades, das 24 relacionadas as indústrias extrativas e de transformação, 10 registraram variações positivas de preços, com destaque para variações apresentadas em quatro atividades: refino de petróleo e produtos de álcool (-3,06%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,05%), bebidas (-2,02%) e outros produtos químicos (-1,85%). Vale ressaltar que no mês anterior as variações positivas haviam ficado em 18 atividades, oitos a mais do que na leitura atual.

    Por fim, na abertura de categorias econômicas, os bens intermediários acumularam inflação de 11,99% nos últimos doze meses, seguido pela categoria de bens de capital (8,57%) e bens de consumo (7,86%).

     
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