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Informativo eletrônico - Edição 1894 Sexta-Feira, 01 de abril de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção Industrial apresenta pior mês de fevereiro da série

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Deflação persiste em março
  • China: Melhora na atividade industrial em março
  • Zona do Euro: PMI apresenta alta em março

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção Industrial apresenta pior mês de fevereiro da série

    Após alta de 0,4% em janeiro, a produção industrial brasileira caiu 2,5% em fevereiro, na série livre de influências sazonais, segundo publicado hoje (01/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF). Esta foi a maior queda desde o início da série em 2002 para um mês de fevereiro. O resultado veio um pouco melhor que as projeções do Depecon/FIESP mas pior do que o esperado pelo mercado. Na comparação com igual período do ano passado a queda foi de 9,8% (24° queda consecutiva), enquanto que no acumulado de 2016, a retração já chega a 11,8%.

    A retração de 2,8% na indústria de transformação é responsável pelo resultado negativo da PIM na passagem de janeiro para fevereiro, já que a indústria extrativa apresentou alta de 0,6%.

    Na passagem mensal, dentre as grandes categorias econômicas, Bens de Consumo apresentou retração de 3,2%, como resultado das quedas tanto de Bens de Consumo Duráveis (-5,3%) quanto de Bens de Consumo Não duráveis (-0,6%). Enquanto Bens Intermediários retraiu -2,0% e Bens de Capital apresentou variação positiva de 0,3%. No acumulado dos últimos doze meses e na comparação interanual todas as categorias apresentam taxas decrescentes de produção.

    Entre os 24 ramos de atividades analisados 13 tiveram queda de produção, com destaque para a influência de veículos automotores que apresentou forte retração de 9,7% (queda intensa já antecipada pela ANFAVEA), ante alta de 1,0% no mês anterior. Além deste, outras variações negativas significativas foram apresentadas em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,2%) e máquinas e equipamentos (-6,7%). Por outro lado, influenciaram positivamente: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,4%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,3%) e produtos têxteis (3,4%).

    Por fim, o resultado deste mês mais que compensa o fraco resultado altista de janeiro, sendo impactada pela continua queda nos índices de confiança, tanto do empresário, quanto do consumidor, não indicando uma reversão do quadro de declínio da atividade industrial e um fraco resultado neste primeiro trimestre.

    Zona do Euro: Deflação persiste em março

    Ontem (31/03) o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da Zona do Euro. De acordo com a leitura, no acumulado de doze meses findos em março houve deflação de 0,1% na região. Este resultado sucede uma variação de -0,2% ocorrida fevereiro.

    Se considerarmos o núcleo da inflação (que exclui os preços de energia), a taxa de inflação estimada no acumulado em doze meses chegou a 0,9%. O preço de Bens Industriais Não Energéticos variou 0,5%. Por sua vez, enquanto a atividade de Serviços registrou inflação de 1,3%, o grupo Alimentos, Álcool e Fumo apresentou alta de 0,7%. Já o grupo Energia registrou forte deflação de 8,7%, na mesma base comparativa.

    Vale ressaltar que novos estímulos monetários para a economia da Zona do Euro foram adotados a poucas semanas por parte do Banco Central Europeu (BCE), visando combater a forte deflação e o baixo nível de atividade pela qual passam alguns países do bloco.

    China: Melhora na atividade industrial em março

    Nesta última quinta-feira (31/03), o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS) divulgou o Índice de Gerência de Compras (PMI) industrial da China. Segundo a publicação, o Índice do país passou de 49,0% em fevereiro e foi para 50,2% em março, um aumento de 1,2 p.p.

    Na abertura pelos cinco sub índices que compõem o PMI, os índices de produção, índice de novas encomendas e o índice de tempo de entregas do fornecedor apresentaram crescimento.

    Com relação ao Índice de Produção, houve uma variação de 2,1 p.p na comparação com o mês anterior, passando de 50,1% para 52,3%, indicando uma aceleração do crescimento da produção industrial. O Índice de Novas Encomendas passou de 48,6% para 51,4%, voltando a registrar expansão e evidenciando que a demanda aumentou. Por sua vez, o Índice de Tempo de Entrega do Fornecedor passou de 49,8% para 51,3% e também explicita uma aceleração da demanda (dado a maior demora para entrega).

    Por fim, estes resultados começam a refletir as medidas do governo chinês na área fiscal, monetária e creditícia para garantir o crescimento econômico desde novembro do ano passado e intensificados este ano.

    Zona do Euro: PMI apresenta alta em março

    Na manhã de hoje (01/04) o Instituto Markit divulgou o Índice de Gerencia de Compras (PMI) Industrial da Zona do Euro referente ao mês de março. De acordo com a publicação, a atividade industrial no mês de março apresentou ligeira alta (51,6 pontos) em comparação com o mês de fevereiro (51,2), após devidos ajustes sazonais, resultado acima do esperado pela estimativa anterior (51,4). O resultado, por estar acima dos 50,0 pontos, indica mais um mês de expansão da atividade do setor.

    O resultado foi puxado por uma expansão da produção e dos novos negócios, ao passo que os novos pedidos de exportação mostraram trajetória de descompressão.

    Na abertura por países, destaque para acelerações robustas na Itália (53,5), Países Baixos (53,6) e Áustria (52,8). Já as duas maiores economias da região, Alemanha e França desapontaram as expectativas em março. Ambas decepcionaram: Alemanha ficando com 50,7 pontos no mês em questão e França fechando março com 49,6 pontos.

    Em suma, as medidas de estimulo do Banco Central Europeu dão resultados em parte da atividade industrial da Zona do Euro, mas ainda não tem sido suficiente para levar a inflação para os níveis desejados.

     
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