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Informativo eletrônico - Edição 1898 Quinta-Feira, 07 de abril de 2016
 

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Economia Brasileira

  • IBGE: Produção industrial registra queda em 11 dos 14 locais pesquisados
  • FGV: IGP-DI desacelera em março

    Economia Internacional

  • EUA: Ata do FOMC sinaliza apreensão quanto novos aumentos dos juros
  • Markit: Atividade economica global apresenta ligeira melhora em março

    Dados da Economia Brasileira

  • IBGE: Produção industrial registra queda em 11 dos 14 locais pesquisados

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (07/04), os resultados regionais de sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) referente ao mês de fevereiro de 2016. Segundo o relatório, já descontadas as influências sazonais, foi registrado queda na produção industrial nacional em 11 dos 14 locais pesquisados na passagem de janeiro para fevereiro.

    Como destaque da pesquisa atual, estão os estados da Bahia (-7,9%) e Amazonas (-4,7%), que registraram os maiores recuos. Além destes estados, também apresentaram recuos acima da média nacional (-2,5%), a Região Nordeste (-3,6%), Santa Catarina (-3,3%) e Ceará (-2,8%). O estado de São Paulo registrou um recuo de (-2,1%), já o Rio de janeiro apresentou contração de (-1,9%). Já os estados do Pará (6,2%), Espírito Santo (5,3%) e Goiás (4,1%) foram as localidades que exibiram resultados positivos em fevereiro.

    Com relação a São Paulo, no mês de fevereiro de 2016 a produção industrial registrou retração de 2,1% na comparação com janeiro, após também apresentar queda em dezembro de 2015 (-2,7%), considerando os ajustes sazonais. Com esses resultados, a média móvel trimestral do estado recuou 1,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2016, ante o patamar alcançado no mês anterior, dando continuidade a trajetória iniciada em março do ano passado.

    Por fim, na comparação com o mesmo período de 2015, a produção industrial do estado de São Paulo apresentou queda de 12,3% no índice mensal em fevereiro de 2016, sendo esta a vigésima quarta taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto. Já o índice acumulado nos dois meses do ano caiu 14,2%, comparadas com o mesmo período do ano anterior. Quanto a taxa anualizada, o indicador acumulado nos últimos doze meses, ao apresentar um recuo equivalente a 12,0% em fevereiro de 2016, mantendo trajetória descendente que se iniciou em fevereiro de 2014.

    FGV: IGP-DI desacelera em março

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã (07/04) o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). De acordo com a leitura, o índice variou 0,43% em março, inferior ao registrado tanto no mês de fevereiro (0,79%), quanto no mesmo período de 2015 (1,21%). No ano o índice acumula alta de 2,78%, enquanto que em doze meses a variação chega a 11,07%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que representa 60% do IGP-DI – registrou variação de 0,37%, frente a alta de 0,84% em fevereiro. Na abertura por estágios de processamento, os Bens Finais apresentaram elevação de 1,34%, após variação de 1,46% no mês passado. Já os preços dos Bens Intermediários recuaram 0,83%, após deflação de 0,20% no mês precedente. Em relação ao subgrupo Matérias-primas brutas, a taxa de variação passou de 1,35% para 0,63% no terceiro mês do ano.

    Na abertura por origem de processamento, após variação de 2,02% em fevereiro, os produtos agrícolas aumentaram 1,28% em março, ao passo que os produtos industriais recuaram 0,01%, ante alta de 0,36% em fevereiro.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – responsável por 30% do IGP-DI – subiu 0,50% no mês em questão, menor do que a verificada no mês passado (0,76%). Dentre as oito classes de despesas que compõem este índice, seis apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, tendo o grupo Habitação a maior delas (de 0,39% para -0,15%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apontou elevação de 0,64%, ante 0,54% em fevereiro. Quanto ao índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços, a variação registrada passou de 0,51% para 0,26%. Já o custo da Mão de Obra registrou inflação de 0,97%, superior ao verificado no mês passado (0,56%).

    EUA: Ata do FOMC sinaliza apreensão quanto novos aumentos dos juros

    O Federal Reserve (Banco Central Americano – FED) divulgou ontem (06/04) a ata da última reunião do Federal Open Market Committee (FOMC) ocorrida em março, onde os integrantes do comitê demonstraram, entre outros fatores, a preocupação com o cenário internacional. Como já havia sido divulgado, a taxa de juros (federal funds rate) permaneceu no intervalo entre 0,25% e 0,50%, porém há divergência quanto a sua manutenção. A perspectiva sinalizada na reunião de dezembro, de alta de 1,0 p.p na taxa de juros em 2016 passou para uma alta de 0,5 p.p neste ano.

    As condições econômicas globais, em especial a volatilidade e deterioração das condições financeiras de alguns países, juntamente com a perspectiva de menor crescimento econômico internacional levam o Fed a ter cautela na normalização da política monetária norte americana.

    Com relação a inflação, as projeções para este e o próximo ano, continuam baixas, não devendo atingir a meta (2,0%), apesar de ganhar força nos próximos meses. Para a taxa de desemprego, os dados apontaram leve alta comparados as projeções anteriores passando de 4,6% para 4,7% em 2016.

    A mediana do crescimento esperado para o PIB americano em 2016 chegou a 2,2%, já as expectativas para o próximo ano apresentam ligeira queda (2,1%).

    Quanto as demais economias, enquanto países da Zona do Euro e Reino Unido aparecem como economias que apresentaram crescimento modesto em 2015 e países asiáticos crescimento robusto, o Brasil contrapõe-se, e é citado na ata estando entre as economias mundiais que se encontram em forte recessão econômica.

    Markit: Atividade economica global apresenta ligeira melhora em março

    Na última terça-feira (05/04) o Instituto Markit e o banco J.P. Morgan divulgaram o Índice de Gerência de Compras (PMI) Global Composto do mês de março. De acordo com o relatório, a atividade econômica mundial registrou ligeira melhora em sua taxa de expansão pela primeira vez em quatro meses, dado que o índice subiu de 50,8 pontos em fevereiro para 51,3 em março. Ainda assim, o índice médio do primeiro trimestre de 2016 é inferior ao do último trimestre de 2015, em linha com a turbulência internacional verificada neste início de ano.

    Houve, em março, expansão tanto no setor de serviços quanto na produção industrial, mas com uma desaceleração de novos pedidos (no ritmo mais baixo desde dezembro de 2012), podendo comprometer o resultado de produção nos próximos meses.

    Na abertura por países, o PMI apontou que os melhores desempenhos foram assinalados nos Estados Unidos, China, Zona do Euro, no Reino Unido. Em contrapartida, o Brasil permanece no cenário de recessão. Já o Japão continua no cenário de estagnação, mostrando ineficiência em suas medidas de estímulos monetário evidenciada nos períodos mais recentes. A Rússia tem se destacado, junto com o Brasil, pela piora nos índices de novos empregos.

    Em suma, a melhora verificada em março foi puxada pelas grandes economias, que haviam mostrado fragilidade nos outros dois primeiros meses do ano. Ainda assim, importantes economias emergentes, como Brasil e Rússia tem segurado um melhor desempenho do PMI Global.

     
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