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Informativo eletrônico - Edição 1901 Terça-Feira, 12 de abril de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Comércio varejista surpreende positivamente
  • Indicadores antecedentes da indústria voltam a exibir resultados distintos

    Economia Internacional

  • Reino Unido: Inflação segue acelerando
  • Alemanha: Inflação apresenta ligeira alta em março

    Dados da Economia Brasileira

  • Comércio varejista surpreende positivamente

    Hoje (12/04) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Segundo a publicação, livre de efeitos sazonais, o volume de Vendas no Varejo, em seu Conceito Restrito, aumentou 1,2% em fevereiro (a maior alta desde julho de 2013), ante -1,5% em janeiro. O resultado mensal, surpreendeu positivamente tanto as expectativas do mercado, quanto as do Depecon/FIESP. Apesar da alta registrada fevereiro, na comparação com igual período do ano passado, as vendas no varejo recuaram 4,2% (décima primeira taxa negativa consecutiva). No acumulado do ano, a atividade apresenta retração de 7,6%, enquanto que em doze meses chega a 5,3%.

    O Volume de Vendas no Varejo em seu conceito ampliado – inclusas as vendas de veículos e materiais para construção – após contração de 1,9% no primeiro mês do ano, apresentou alta de 1,8% em fevereiro, livre de influências sazonais. Em relação ao mesmo período de 2015, verificou-se queda de 5,6%. Já no acumulado de doze meses o decréscimo foi de 9,1%.

    Dentre as atividades abrangidas pela pesquisa, apenas 4 exibiram resultados negativos na passagem mensal, sendo a maior contração verificada nos itens Tecidos, Vestuário e Calçados (-2,8%). Já as variações positivas mais significativas foram registradas em: Móveis e Eletrodomésticos (5,0%) e Veículos e Motos, Partes e Peças (3,8%).

    Na abertura regional, livre de efeitos sazonais, o volume de comércio varejista aumentou em 17 dentre as 27 Unidades da Federação. Com destaque para as elevações apresentadas em Tocantins (3,3%) e Paraná (3,2%) e para as baixas de Sergipe (-3,7%) e Mato Grosso (-1,8%). Já, São Paulo exibiu alta de 1,4% em fevereiro. Entretanto no comércio varejista ampliado, 25 Unidades da Federação apresentaram queda no volume de vendas.

    Por fim, a alta no volume de comércio em fevereiro não implica na recuperação das contrações apresentadas nos meses anteriores e não muda a tendência declinante da atividade, tendo em vista a permanência das pioras dos índices relativos ao mercado de trabalho e a baixa confiança do consumidor.

    Indicadores antecedentes da indústria voltam a exibir resultados distintos

    Nessa última segunda-feira (11/04) a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) divulgou o fluxo de veículos pesados nas estradas pedagiadas referentes ao mês de março. De acordo com a publicação, livre de influências sazonais, o fluxo de veículos pesados - importante indicador coincidente de atividade industrial - registrou queda de 1,4% na comparação com fevereiro. Quando comparação com o mesmo período de 2015, a queda computada é de 7,3% e no acumulado dos últimos doze meses -5,8%.

    Por sua vez, Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), também divulgou no dia de ontem (11/04), a previa do resultado do indicador de expedição de papel ondulado (papelão), que de acordo com o relatório, já livre de influências sazonais, apresentou ligeira alta de 0,9% na comparação com março, um resultado positivo após dois meses consecutivos de queda. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda de 5,1%.

    Diante de tais resultados, pode-se concluir que, embora a ABPO tenha registrado ligeira alta no mês março, a continua queda da confiança do empresário industrial, somado a outros resultados fracos de indicadores antecedentes (como produção de autoveículos pela ANFAVEA, sugerem outro resultado muito fraco da indústria no terceiro mês do ano.

    Reino Unido: Inflação segue acelerando

    O Departamento de Estatísticas Nacionais (ONS) do Reino Unido divulgou hoje (12/04) o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do país. De acordo com o relatório, a inflação britânica acumulada em doze meses findos em março, chegou a 0,5%, ante 0,3% em fevereiro, na taxa acumulada em doze meses. A taxa vem aumentando gradualmente desde outubro de 2015, embora ainda seja historicamente baixa.

    Quando exclusos os preços de energia e alimentos (altamente voláteis), a inflação do período chega a 1,5%, ainda inferior a meta estipulada para o país (2,0%).

    A alta nas tarifas aéreas e em vestuário exerceram a maior pressão inflacionista na passagem de fevereiro para março. Já na comparação acumulada em doze meses, os itens que tiveram maior relevância, foram restaurantes e educação, contrapondo-se a queda nos preços dos alimentos, transportes e lazer.

    Tal resultado aponta para o início da recuperação dos preços, após meses com inflação próxima a zero, reflexo da política monetária próxima a zero e diversos estímulos monetários.

    Alemanha: Inflação apresenta ligeira alta em março

    O Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgou no dia de hoje (12/04 o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) referentes ao mês de março de 2016. De acordo com a publicação, a inflação no país registrou alta de 0,8% na passagem de fevereiro para março. Na série acumulada em doze meses, a inflação alemã subiu para 0,3%, se afastando um pouco mais do patamar deflacionário verificado no final do ano passado.

    Na abertura por setores, os preços dos vestuários variaram positivamente em 5,6% e os calçados registraram alta de 7,0% na passagem de fevereiro para março, em virtude principalmente pela transição de coleções de roupas. Quanto aos preços da energia (total), houve variação de até 1,0% na passagem entre os meses, em especial com relação aos óleos de aquecimento (10,1%). O preço dos alimentos apresentou ligeiro aumento na comparação com fevereiro, crescendo 0,4% em março.

    Assim, o patamar inflacionário ainda permanece em baixo patamar, a despeito da melhora em março. O Banco Central Europeu (BCE) espera que a ampliação dos estímulos monetários em março impacte o desempenho do consumo e da inflação o mais breve possível. A valorização recente do euro tem exercido uma pressão menos inflacionista nestes meses.

     
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