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Informativo eletrônico - Edição 1902 Quarta-Feira, 13 de abril de 2016
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • PMS: Setor de serviços continua trajetória declinante em fevereiro

    Economia Internacional

  • FMI projeta queda de 3,8% da economia brasileira em 2016
  • EUA: Vendas no varejo exibem fraco resultado no primeiro trimestre
  • Zona do Euro: Produção industrial registra queda em fevereiro

    Dados da Economia Brasileira

  • PMS: Setor de serviços continua trajetória declinante em fevereiro

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (13/04), sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) responsável em apresentar os resultados de volume de serviços. De acordo com a publicação, que é referente ao mês de fevereiro, o volume do setor recuou 4,0%, quando comparado ao mesmo mês de 2015, contra variação de -5,0% em janeiro, seguindo o mesmo critério de comparação.

    Com relação a taxa de variação no acumulado do ano, fevereiro registrou variação de -4,5%, já a taxa acumulada em 12 meses ficou em -3,7%.

    Na abertura por seguimentos, a publicação atual registrou variações negativas em todos os seguimentos: os Serviços prestados às famílias (-1,4%), os Serviços de informação e comunicação (-5,3%), os Serviços profissionais, administrativos e complementares (-4,3%), Transporte, serviços auxiliares dos transportes e correio (-2,0%) e os Outros serviços (-6,1%).

    No que tangue os resultados regionais, na comparação com o mesmo período do ano anterior, destacaram-se positivamente as regiões de: Rondônia (16,5%), Roraima (9,8%), Distrito Federal e Mato Grosso (ambas com 8,2%). Já as maiores variações negativas ficaram por conta dos estados de Amapá (-18,3%), Amazonas (-18,1%) e Sergipe (-9,7%). Por sua vez, São Paulo apresentou queda de 5,1% no volume de serviços em fevereiro.

    A continuidade da deterioração do mercado de trabalho e o ainda elevado patamar inflacionário seguem impactando negativamente a confiança do consumidor, dificultando a recuperação do setor de serviços (mais intimamente ligado a renda do consumidor) no curto prazo.

    FMI projeta queda de 3,8% da economia brasileira em 2016

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem (12/04) suas novas projeções para o crescimento mundial através do seu World Economic Outlook. De acordo com o relatório, a perspectiva de crescimento mundial para 2016, anteriormente estimada em 3,4% foram reduzidas para 3,2%. Também foi revisada a projeção para 2017, a qual recuou 0,1 p.p chegando a 3,5%.

    As economias desenvolvidas devem crescer 1,9% este ano, inferior a projeção realizada em janeiro (2,1%). Dentre as principais economias deste bloco, podemos destacar a revisão no crescimento dos Estados Unidos (de 2,6% para 2,4%) e da Zona do Euro como um todo (de 1,7% para 1,5%), tendo a Alemanha - principal economia do bloco - um crescimento moderado de 1,7%.

    Dentre as economias em desenvolvimento - cujo crescimento estimado passou de 4,3% para 4,1% - podemos citar o maior crescimento esperado para a China (de 6,3% para 6,5%) e fortes retrações na Rússia (de -1,0% para -1,8%) e Brasil (de -3,5% para -3,8%). Ainda sobre o Brasil, a entidade acredita num crescimento nulo (0,0%) no próximo ano.

    Em relação ao volume de comércio mundial, o FMI também revisou negativamente suas projeções, estimando um crescimento de 3,4% nas importações das economias desenvolvidas e de 2,5% nas exportações. Já para as economias emergentes, prospecta-se expansão de 3,0% e 3,8%, respectivamente.

    No mais, o FMI enfatiza o crescimento lento e fragilizado das diversas economias em um cenário de incerteza crescente e instabilidades econômicas e políticas. A alta volatilidade do início do ano produziu resultados menores do que o esperado na maioria das economias, reduzindo as expectativas de crescimento destas em 2016.

    EUA: Vendas no varejo exibem fraco resultado no primeiro trimestre

    Segundo estimativas publicadas hoje (13/04) pela Census Bureau, as vendas no varejo nos Estados Unidos recuaram 0,3% em março em relação a fevereiro (0,0%), já descontadas as influências sazonais. A despeito do resultado negativo na margem, quando se comparado com o mesmo mês do ano anterior, o setor apresentou alta de 1,7%.

    Com o resultado, as vendas do varejo americano recuaram 0,1% no primeiro trimestre deste ano, frente ao trimestre anterior (na série com ajuste sazonal). O fraco resultado vem após uma alta de 1,1% e 0,3% nos últimos dois trimestres de 2015.

    Desta forma, mesmo com o baixo nível de desemprego nos últimos meses e o forte crescimento real da renda, a volatilidade do início do ano, tanto nos Estados Unidos como no restante das grandes economias, impactaram na confiança do consumidor, que se mostraram mais cautelosos no primeiro trimestre e resultando neste fraco resultado. O resultado certamente suavizará o crescimento esperado para o PIB deste período para a economia americana.

    Zona do Euro: Produção industrial registra queda em fevereiro

    O Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou na manhã de hoje (13/04), seu relatório da Produção Industrial da Zona do Euro referente ao mês de fevereiro de 2016. De acordo com a publicação, na passagem de janeiro para fevereiro foi registrado queda de 0,8% na produção industrial da região, já considerando os ajustes sazonais. Na comparação com o mesmo período de 2015 a variação foi positiva em 0,8%.

    Na passagem do primeiro para o segundo mês do ano a produção de bens de consumo não-duráveis exibiu queda de 1,8%, os bens de consumo duráveis caíram decresceram 0,4%, os bens de capitais registraram diminuição de 0,3%, a energia caiu 1,2% e a produção de bens intermediários permaneceu estável.

    Por fim, na abertura por países, em fevereiro a produção do setor na Alemanha diminuiu 0,7%, ao passo que na França recuou 1,0%, seguidos por Itália (-0,6%), Espanha (-0,2%) e a Grécia apresentou queda de 4,4% evidenciando novamente a sua posição como um dos países com maior dificuldade economia da região.

    Ainda assim, a queda em fevereiro não anula os ganhos do primeiro mês do ano, mas sugerem um abrandamento do crescimento verificado no primeiro trimestre. Espera-se que o aumento dos estímulos monetários em março por parte do Banco Central Europeu, além de atuarem no cenário deflacionista, deem maior animo a atividade econômica da região do euro.

     
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