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Informativo eletrônico - Edição 1917 Sexta-Feira, 06 de maio de 2016
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: inflação de abril fica acima das projeções do mercado
  • Anfavea: Produção de veículos registra queda em abril
  • FGV: IGP-DI continua desacelerando em abril

    Economia Internacional

  • EUA: Criação de emprego abaixo do esperado para abril

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • IBGE: inflação de abril fica acima das projeções do mercado

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (06/05) o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com a publicação, a inflação registrou variação de 0,61% em abril, superior à registrada no mês precedente (0,43%) e inferior à registrada no mesmo período de 2015 (0,71%). No acumulado de doze meses, os preços registraram variação de 9,28%. Os resultados do mês de abril frustram as projeções feitas pelo mercado, que esperavam uma variação média mensal de 0,52% e de 9,18% no acumulado em 12 meses.

    Na abertura por atividades, destaque para os grupos Alimentação e bebidas que registram alta de 1,09% e Saúde e cuidados pessoais, com variação de 2,33% no mês. Os dois setores juntos foram responsáveis por 89% do resultado mensal, contribuindo em 0,534 p.p. Entre os demais grupos, temos Vestuário (0,40%), Educação (0,20%) e Despesas pessoais (0,23%). Por sua vez, Habitação registrou deflação de 0,38% na comparação com março, impactado pelo pelas tarifas de energia elétrica (-3,11%), sendo este item o que exercer o maior impacto negativo na formação do IPCA, contribuindo em -0,12 p.p.

    Cabe pontuar que, ao avaliar o núcleo da inflação (que exclui preços mais voláteis como o de alimentação, altamente atingidos por fatores climáticos), o IPCA acumulado em 12 meses já atinge 7,84% em abril.

    Em se tratando dos preços livres e administrados, enquanto os livres apresentaram variação de 0,59% em abril, ante 0,68% em março, os preços administrados registraram alta, passando de -0,36% para 0,69%.

    Por fim, na abertura por regiões, as principais altas foram verificadas em Fortaleza (1,02%), Porto Alegre (0,94%) e Belém (0,90%). São Paulo exibiu elevação de preços de 0,36%, ante 0,57% em março, acumulando em doze meses inflação de 9,15%.

    Anfavea: Produção de veículos registra queda em abril

    Na manhã de ontem (05/05) a ANFAVEA divulgou os resultados da produção de veículos no mês de abril. De acordo com relatório, a produção nacional total de autoveículos registraram queda de 0,6% na comparação com março deste ano, quando havia registrado uma retração de 1,7%, já considerando os ajustes sazonais.

    No que diz respeito as produções de automóveis e veículos comerciais leves, os automóveis apresentaram queda de 1,7% na comparação mensal, já a produção de veículos leves registrou alta de 1,9% em abril na comparação com março. Quanto a produção de ônibus, o setor sofreu forte queda em abril, registrando uma variação de -36,4%, enquanto a produção de caminhões cresceu 2,0% na comparação mensal.

    Com relação as vendas de autoveículos, houve uma contração de 5,2% em abril na comparação com março, com a queda concentrada em automóveis. Vale ressaltar que a piora nas vendas registradas no mês contribuiu para o aumento do estoque no varejo observado em abril.

    Por fim, o patamar deprimido de confiança do consumidor e do empresário ainda dificulta o cenário de retomada do setor automotivo no curto prazo.

    FGV: IGP-DI continua desacelerando em abril

    Nesta manhã (06/05) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). Segundo a publicação, os preços subiram 0,36% em abril, desacelerando ante a variação de março (0,43%) e a variação do mesmo período do ano anterior (0,92%). A taxa acumulada no ano de 2016, chega a 3,15%, enquanto que em 12 meses, o IGP-DI registrou alta de 10,46%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) passou de uma alta de 0,37% em março para 0,29% em abril. Na abertura por estágios de processamento, apenas o grupo Matérias-Primas Brutas apresentou inflação no período (de 0,63% para 1,77%). Já os Bens Finais variaram -0,04% em abril, frente a alta de 1,34% em março. Por sua vez, os preços dos Bens Intermediários recuaram 0,60% no quarto mês do ano, após queda de 0,83% em março.

    Na abertura por origem de processamento, os produtos agrícolas variaram 1,14% em abril. Em março essa taxa havia ficado em 1,28%. Já os produtos industriais passaram da estabilidade (-0,01%), para uma leve retração de 0,07%.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), registrou taxa de 0,49% na leitura atual, contra variação de 0,50% no mês passado. Sendo a maior contribuição para este resultado proveniente do grupo Alimentação (de 1,15% para 0,69%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma taxa de variação de 0,55%, abaixo do resultado do mês de março (0,64%). Quanto ao índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços, a variação apontada foi de 0,35%, ante taxa de variação de 0,26% registrado no mês anterior. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de 0,97%, para 0,72%.

    EUA: Criação de emprego abaixo do esperado para abril

    Segundo dados divulgados hoje (06/05) pelo Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS) dos Estados Unidos, a taxa do desemprego do país se manteve estável em 5,0% no mês de abril, já descontados os efeitos sazonais.

    O resultado vem após a criação de 160 mil postos de trabalho em abril, abaixo do registrado no mês anterior (215 mil) e frustrando as expectativas do mercado, que esperavam criação em torno de 195 mil. Houve aumento nos profissionais no setor de serviços, áreas de saúde e atividades financeiras. Já no setor de mineração, o número de vagas continua a declinar.

    Para fins de comparação, os dados de emprego no setor privado apresentados pelo Instituto ADP dos Estados Unidos mostraram a criação de 156 mil vagas em abril, sendo grande parte destas em empresas de pequeno porte. Por sua vez, a BLS apontou criação de 171 mil vagas, tendo o setor público contribuído negativamente com o fechamento de 11 mil vagas.

    A desaceleração da economia americana já estava sendo apontada por alguns indicadores antecedentes, mas a frustração do resultado do mercado de trabalho neste início de segundo trimestre deve aumentar a cautela por parte do Fed (Banco Central Americana, em sua reunião conhecida como FOMC) nas novas elevações da taxa de juros. A instituição já havia alertado em sua última ata que a preocupação da política monetária americana está mais centrada nos problemas doméstico do que os externos (após as turbulências do início do ano nos mercados globais).

     
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