

IBGE: Taxa de desemprego atinge o maior nível da série
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã (31/05), os resultados da PNAD Contínua do trimestre encerrado em abril. Segundo a publicação, a taxa de desemprego no Brasil atingiu 11,2%, ante 10,9% em março. Esta é a maior taxa da série histórica iniciada em janeiro de 2012. Na série dessazonalizada pelo Depecon/FIESP a taxa subiu de 10,4% para 10,7%.
Entre fevereiro e abril, a população desocupada chegou a 11,4 milhões de pessoas, sendo este resultado, 18,6% (1,8 milhões de pessoas) maior do que o registrado no trimestre anterior e 42,1% (3,4 milhões de pessoas) superior ao aferido em igual período do ano de 2015.
O rendimento médio real manteve-se estável no trimestre encerrado em abril deste ano, mas recuou 3,3% em relação ao mesmo trimestre do ano precedente.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2015, os seguimentos que apresentaram as maiores quedas em suas taxas de ocupação foram: Indústria geral (11,8% ou 1,6 milhão de pessoas) e Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (7,8% ou 820 mil pessoas).
Ademais, o fraco desempenho da atividade econômica continua a impactar o mercado de trabalho, cujos índices seguem piorando, sem perspectivas de melhora no curto prazo.

FGV: Melhora nas expectativas impacta positivamente confiança do setor de serviços
Segundos dados divulgados nesta manhã (31/05) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança de Serviços (ICS) variou 1,7% em maio, chegando a 70,5 pontos, ante 69,3 pontos registrados no mês de abril (na série livre de influências sazonais). Este foi o maior resultado desde julho do ano passado e possibilitou a reversão da trajetória descendente da média móvel trimestral que avançou 0,6 ponto em maio.

Tal melhora é decorrente do Índice de Expectativas (IE-S) que avançou 4,2% na passagem mensal, totalizando 75,0 pontos, uma vez que o Índice de Situação atual (ISA-S) apresentou retração de 1,0% no mesmo período, chegando ao patamar de 66,5 pontos - o menor nível da série histórica. A queda do ISA-S reflete a piora do indicador de nível de Volume de Demanda Atual.
O consultor da instituição afirma ser positiva as três altas consecutivas do indicador, porém ressalta que este movimento está ligado às expectativas e não a situação atual das empresas. A continua deterioração do mercado de trabalho é uma barreira a retomada vigorosa do setor.

FGV: Confiança na industrial avança pelo terceiro mês seguido
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã (31/05) o resultado final do Índice de Confiança da Indústria (ICI) referente ao mês de maio. Segundo a publicação, livre de efeitos sazonais, houve avanço de 2,2% no índice no mês atual, passando de 77,5 para 79,2 pontos, após alta de 3,2% no mês anterior.

Na abertura do ICI, o Índice de expectativa (IE) apresentou alta de 3,4% em maio atingindo 78,2 pontos, enquanto o Índice da Situação atual (ISA) avançou 0,9% no mesmo período, alcançando a 80,5 pontos. Ambos os indicadores registraram o maior patamar desde março de 2015.
A alta do IE teve sua maior contribuição oriunda do indicador de perspectivas para a produção nos próximos três meses. Após atingir o mínimo histórico em março, o indicador sobre pelo segundo mês consecutivo, alcançando 87,7 pontos. Já a melhora das situações dos negócios foi o que mais impactou na alta do ISA no mês de maio. Com a segunda alta consecutiva, o indicador passou a registrar 76,8 pontos.
Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentou variação negativa de -0,7%, após registrar duas altas nos meses anteriores, atingindo 73,8%. A queda no mês em questão põe o NUCI apenas 0,2 p.p acima da mínima histórica registrada em fevereiro desse ano, quando o indicador atingiu o patamar de 73,6%.



Zona do Euro: Região continua apresentando deflação
O Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou na manhã de hoje (31/05) as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da Zona do Euro para o mês de maio e Taxa de Desemprego da região para o mês de abril. De acordo com a leitura, a região acumulou uma deflação de 0,1% nos últimos doze meses, superando o resultado de abril (-0,2%), mas ainda permanecendo em campo negativo.
O resultado esperado pode ser melhor analisado observando os principais componentes da inflação da região. O setor de serviços apresentou a maior taxa entre os componentes no quinto mês do ano, ao exibir alta de 1,0%, seguido por alimentos, álcool e tabaco (0,8%), bens industriais não energéticos (0,5%).
O item que continua exercendo pressão deflacionista é a energia (-8,1%). Quando excluímos tão componente, a inflação acumulada em doze meses até maio atinge 0,8%.

Quanto a taxa de desemprego, o mercado de trabalho da região segue apresentando taxa de 10,2%, ficando estável na comparação com março, já considerando os ajustes sazonais. No mesmo período do ano de 2015 a taxa apresentada era de 11,0%. Os resultados apresentados são os mais baixos desde agosto de 2011.
Na abertura por países que compõem o Big-four (maiores economias da região), a Alemanha registrou uma taxa de 4,2%, a França apresentou uma taxa de 9,9%, a Itália apontou 11,7% de desemprego e a Espanha registrou 20,1%, a segunda maior de todo o bloco, ficando atrás apenas da Grécia que apresentou uma taxa de desemprego de 24,2%.
Desta forma, a estabilidade da taxa de desemprego e a inflação insistentemente no terreno negativo deve impactar a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) nessa próxima quinta-feira, aumentando a expectativa da manutenção dos estímulos monetários adotados e ampliados em março.




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