

DESTAQUE FIESP: Coeficiente de exportação da indústria avança no primeiro trimestre
Na última quarta-feira (10/06) o DEPECON/DEREX da FIESP divulgaram os Coeficientes de Exportação e de Importação da Indústria de Transformação. Os Coeficientes de Exportação e de Importação tem como objetivo analisar de forma integrada a produção industrial e o comércio exterior. O Coeficiente de Exportação (CE) mede a proporção da produção que é exportada, enquanto o Coeficiente de Importação (CI) mede a proporção dos produtos consumidos internamente que é importada.
O Coeficiente de Exportação da Indústria de Transformação alcançou 21,0% no 1º trimestre de 2016. Em relação com o 4º trimestre do ano anterior, quando o CE registrava 19,6%, houve uma variação positiva de 1,4 p.p. O coeficiente de exportação apresenta forte crescimento desde o final de 2014.

Na análise setorial da Indústria de Transformação, 14 setores apresentaram crescimento do Coeficiente de Exportação no 1º trimestre de 2016. Os destaques positivos ocorreram no setor têxteis (+4,4 p.p.), metalurgia (+4,3 p.p.) e máquinas e equipamentos (+3,9 p.p.).

Por sua vez, o Coeficiente de Importação da Indústria de Transformação atingiu 19,2% no 1º trimestre de 2016 ante 18,9% no último trimestre de 2015, resultando em um aumento de 0,3 p.p.

Dentre os 21 setores analisados, 8 deles apresentaram crescimento no Coeficiente de Importação no trimestre terminado em março ante o trimestre imediatamente anterior, 2 registraram estabilidade e 11 caíram. As maiores quedas ocorreram no setor de vestuário (-2,5 p.p.) e no setor de indústrias diversas (-1,2 p.p.).

IBGE estima safra 6,5% menor que em 2016
Segundo dados divulgados ontem (09/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao mês de maio, estima-se que a safra de grãos brasileira neste ano seja 6,5% inferior à obtida em 2015, totalizando 195,9 milhões de toneladas em uma área de 57,7 milhões de hectares (0,2% maior do que em 2015).

A perspectiva para a produção dos três principais itens da safra de grãos brasileira – soja, arroz e milho – (que juntos equivalem a 92,5% do que é produzindo no país), é de retrações de 0,4%, 11,6% e 14,1%, respectivamente.

Com relação as regiões produtoras, as maiores participações na produção total provem do Centro-Oeste (41,7%), seguido das regiões Sul (38,4%); Sudeste (10,0%), Nordeste (6,4%) e Norte (3,5%). Ademais, o maior produtor nacional de grãos é o estado de Mato Grosso, responsável por 24,4% do total produzido.

FGV: Intenção de Investimentos da Industria sobe pela primeira vez desde 2013
A Fundação Getúlio Varga (FGV) divulgou na manhã de hoje (10/06), o Indicador de Intenção de Investimentos da Industria referente ao segundo trimestre de 2016. No relatório consta que no período a Intenção de Investimentos apresentou uma variação de 0,6 pontos na comparação com o trimestre imediatamente anterior, passando a atingir 82,5 pontos, após atingir o menor nível da série histórica (81,9 pontos) no trimestre anterior. Vale ressaltar que é a primeira alta desde o terceiro trimestre de 2013.
Deve-se lembrar que o indicador é responsável em medir a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas industriais, colaborando assim, para antecipar tendências econômicas. Quando o Indicador de Intenção de Investimentos fica abaixo dos 100 pontos é porque existem mais empresas prevendo diminuir do que aumentar investimento nos 12 meses seguintes, sendo esta a situação atual.
No segundo trimestre do ano, 16,2% das empresas estão prevendo investir mais nos 12 meses que estão por vir, já 33,7% prevendo investir menos. Quanto ao trimestre anterior, esses percentuais haviam ficado em 16,7% e 34,8% respectivamente.
Finalizando, no que diz respeito ao Grau de Certeza dos planos de investimentos, o relatório mostrou que há hoje no setor industrial mais empresas incertas (39,1%) que certas (31,8%) em relação à execução de seus programas de investimentos nos próximos 12 meses, um saldo de -7,3 pontos. Vale ressaltar que esse resultado foi o menor percentual de empresas certas sobre a execução dos investimentos e o maior de empresas incestas desde início do quesito, no quarto trimestre do ano de 2014.
Em suma, o economista responsável pela pesquisa ressalta que, assim como vem sendo apresentando pelos indicadores de confiança, o resultado da pesquisa atual começa a sugerir o fato de que intensas quedas do investimento já passaram por seu pior momento.


Alemanha: Economia sai da deflação em maio
O Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgou na manhã de hoje (10/06), o resultado final do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) referentes ao mês de maio. De acordo com o relatório publicado, a inflação no país registrou alta de 0,3% na passagem de abril para maio. Com o avanço do mês, a inflação alemã acumulada em 12 meses saiu do campo deflacionista de abril (-0.1%) para o terreno positivo (0,1%).

Ainda na série acumulada em doze meses, os preços da energia continuam negativos (-5,7%), embora em menor intensidade do que antes. Desta forma, o CPI alemã excluso os preços de energia atingiu 1,2% no mês de maio. Por sua vez, os preços dos alimentos ficaram estáveis (0,0%) nos últimos 12 meses, ao passo que os preços dos bens recuaram (0,9%) e dos serviços seguem em alta (1,2%).
Em suma, após a manutenção da política monetária expansionista por parte do BCE (Banco Central Europeu) em sua última reunião, a maior economia da Zona do Euro conseguiu sair do cenário deflacionista no quinto mês do ano, embora seu nível de preços esteja aquém da meta desejada pela instituição.






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