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Informativo eletrônico - Edição 1951 Segunda-Feira, 27 de junho de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Mercado sobe projeção para Selic em 2016
  • FGV: Índice de Confiança do Consumidor avança 5,0% em junho
  • FGV: Confiança da Construção registra queda em junho
  • Banco Central: Forte ajuste das contas externas continua em maio

    Projeções do Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • Focus: Mercado sobe projeção para Selic em 2016

    As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 e 2017 permaneceram estáveis esta semana (-3,44% e 1,00%, respectivamente), segundo dados divulgados nesta manhã (27/06) pelo Banco Central do Brasil (BCB) em seu Boletim Focus - relatório semanal que levanta a mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país.

    O mercado estimou alta no IPCA de 2016 (de 7,25% para 7,29%), ao passou que para 2017 as projeções permaneceram em 5,50%, pela sexta vez consecutiva, sinalizando a dificuldade das expectativas convergirem para a meta. Com relação aos preços administrados, o boletim apontou alta de 0,1 p.p. para 2016, chegando a 7,00%, mas manteve em 5,50% a projeção para 2017.

    Nesta semana, as expectativas em relação a Selic subiram para 2016 (de 13,00% para 13,25%, mas caíram para 2017 (de 11,25% para 11,00%). O relatório atual manteve estável as perspectivas para a taxa de câmbio, tanto para 2016 (R$/US$ 3,60), quanto para 2017 (R$/US$ 3,80).

    No que se refere ao setor externo, o superávit esperado para a balança comercial em 2016 ficou em US$ 50,76 bilhões, o mesmo resultado da semana anterior, porém o mercado reduziu o superávit estimado para 2017 (de US$ 50,07 bilhões para US$ 50,00 bilhões). Já as expectativas do déficit em Conta Corrente permaneceram em US$ 15,00 bilhões para este ano e US$ 12,00 bilhões para o próximo.

    Por fim, quanto a produção industrial, é estimado um recuo de 5,89% em 2016, ante -5,85% apontado na semana anterior. Para o ano de 2017, as expectativas melhoraram, dado que o crescimento esperado passou de 0,67% para 0,80%.

    FGV: Índice de Confiança do Consumidor avança 5,0% em junho

    Nesta manhã (27/06) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o seu Índice de Confiança do Consumidor (ICC). Segundo a leitura, na série ajustada sazonalmente, o índice aumentou 5,0% em junho, atingindo o nível de 71,3 pontos (o maior patamar desde junho do ano passado).

    O avanço na passagem mensal, decorre da melhora no Índice de Expectativas (IE), com alta de 8,4%, passando de 71,1 para 77,1 pontos. Por sua vez, o Índice de Situação Atual, recuou 1,2%, totalizando 64,7 pontos.

    O resultado mostra que apesar de mais otimista com relação aos próximos meses, os consumidores seguem insatisfeitos com a situação atual. O ICC continua em patamares historicamente baixos, o que deve permanecer nos próximos meses, dado os resultados ainda ruins no mercado de trabalho, tornando mais lenta a recuperação econômica.

    FGV: Confiança da Construção registra queda em junho

    Na manhã desta segunda-feira (27/06) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice de Confiança da Construção (ICST) referente ao mês de junho. De acordo com o relatório, na passagem do quinto para o sexto mês do ano, já desconsiderando os efeitos sazonais, o ICST registrou queda de 1,6% em relação ao mês maio, passando de 69,1 para 68,0 pontos.

    O Índice de Expectativas (IE-CST) registrou 74,9 pontos, ante 77,9 em maio – totalizando uma retração de 3,9% na série com ajuste sazonal. O resultado reflete a queda do índice que mensura o otimismo com a situação dos negócios nos próximos seis meses.

    Por sua vez, o Índice de Situação Atual (ISA-CST), amenizou a queda do ICST ao apresentar alta 1,3% no mês em questão, passando de 60,9 para 61,7 pontos, resultado este que vem após cinco quedas consecutivas. A leitura reflete a melhora grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios.

    Por fim, é importante salientar que as divergências dos índices refletem o cenário nacional ainda incerto, embora com expectativas muito mais positivas do que antes (situação ilustrada pela maioria dos índices de confiança).

    Banco Central: Forte ajuste das contas externas continua em maio

    O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou na última sexta-feira (24/06), os resultados do Balanço de Pagamentos do mês de maio. De acordo com a publicação, as Transações Correntes apresentaram superávit de US$ 1,2 bilhão, reduzindo o déficit dos últimos 12 meses para US$29,5 bilhões, o que equivale a 1,70% do PIB.

    A redução do déficit nos últimos 12 meses reflete a melhora na Balança Comercial (de déficit de US$ 4,1 bilhões em 2015 para superávit de US$ 39,4 bilhões em 2016), da Balança de Serviços (de déficit de US$ 46,2 bilhões em 2015 para déficit de US$ 31,2 bilhões em 2016) e da Balança de Rendas (de déficit de US$ 44,9 bilhões em 2015 para déficit de US$ 37,8 bilhões em 2016).

    A forte alta no saldo comercial reflete a forte queda das importações (de US$ 212,8 bilhões em 2015 para US$ 149,6 bilhões em 2016), a despeito da queda das exportações (de US$ 208,7 bilhões em 2015 para US$ 189,0 bilhões em 2016). Tal resultado responde a forte recessão do país, com retração da demanda doméstica.

    Por sua vez, a Balança de Serviços também responde a recessão doméstica, com queda da renda: A forte redução do déficit reflete, sobretudo, a redução das viagens internacionais (de US$ 16,9 bilhões em 2015 para US$ 8,1 bilhões em 2016).

    Já a Balança de Rendas viu seu déficit reduzir por causa da menor remessa de lucros e dividendos para o exterior (de US$ 25,9 bilhões em 2015 para US$ 20,3 bilhões em 2016), dado que a recessão e a desvalorização cambial comprimi os lucros enviados.

    Por fim, o Investimento Direto no País (antigo IED) atingiu o volume de US$ 79,4 bilhões nos últimos 12 meses findados em maio, equivalente a 4,57% do PIB, mais que o suficiente para financiar o déficit externo.

     
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