Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1956 Segunda-Feira, 04 de julho de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Inflação esperada para 2016 e 2017 volta a diminuir
  • PMI/Markit: Ritmo da contração industrial diminui em junho
  • MDIC: Superávit na Balança comercial atinge recorde no primeiro semestre

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: PMI Industrial acelera no segundo trimestre
  • EUA: PMI industrial acelera em junho

    Projeções do Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • Focus: Inflação esperada para 2016 e 2017 volta a diminuir

    Na manhã desta segunda-feira (04/07) o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou o seu Boletim Focus, relatório semanal que faz um levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com o relatório, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 melhoraram, com a recessão estimada reduzida de -3,44% para -3,35%. Por sua vez, para 2017 estima-se um crescimento na ordem de 1,00%, mesmo patamar registrado nas ultimas quarta semana.

    Nesta semana, a expectativa de alta do índice de inflação (IPCA) para 2016 atingiu 7,27%, inferior ao registrado na leitura anterior (7,29%). Para 2017, as projeções entraram em trajetória cadente ao passar de 5,50% (patamar em que ficou nas últimas 34 semanas) para 5,43%. O resultado vem após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação por parte do Banco Central, onde este enxerga a inflação próxima a meta no fim de 2017.

    As expectativas em relação a Selic para 2016 permaneceram no patamar de 13,25% pela segunda semana seguida, e para o próximo ano a taxa também permaneceu estável na comparação com o relatório anterior, em 11,00%. Por sua vez, as previsões referentes a taxa de câmbio para este ano diminuíram frente a semana anterior, passando de R$/US$ 3,60 para R$/US$ 3,46. Já para o próximo ano, a taxa esperada foi de R$/US$ 3,80 para R$/US$ 3,70.

    Em relação ao setor externo, o superávit esperado para a balança comercial passou de US$ 50,75 bilhões para US$ 51,05 bilhões para o ano de 2016 e se manteve em US$ 50,00 bilhões para o próximo ano. Já as expectativas do déficit em Conta Corrente permaneceram em US$ 15,00 bilhões para 2016 e para o próximo ano o déficit passou de US$ 12,00 bilhões para US$ 12,60 bilhões.

    Por fim, quanto a produção industrial, é estimado um recuo de 5,90% em 2016, ante -5,89% apontado na semana anterior. Para o ano de 2017 as expectativas continuaram apontando melhora, dado que o crescimento esperado passou de 0,80% para 0,90%.

    PMI/Markit: Ritmo da contração industrial diminui em junho

    Na última sexta-feira (01/06), o HSBC/Markit divulgou o Índice de Gerente de Compras (PMI) da indústria do Brasil referentes ao mês de junho. De com o relatório, o setor industrial do país apresentou fraco resultado em junho, com tendência contracionista, muito embora tal tendência esteja inferior à aferida em maio. De fato, o PMI do setor subiu de 41,6 pontos em maio para 43,2 pontos em junho, na série considerando os ajustes sazonais.

    Com o resultado apresentado, o PMI industrial brasileiro chega ao seu décimo sétimo mês consecutivo de contração, período em que permaneceu abaixo dos 50,0 pontos (nível divisório) constantemente.

    MDIC: Superávit na Balança comercial atinge recorde no primeiro semestre

    Na última sexta-feira (01/07), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou o resultado da balança comercial referente a junho. De acordo com a publicação, a balança comercial do mês apresentou superávit de US$ 3,97 bilhões.

    As exportações somaram US$ 16,74 bilhões, com alta nas vendas de semimanufaturados (3,7%), mas queda nos produtos básicos (-21,7%) e manufaturados (-21,0%) em relação ao mesmo período de 2015. Já as importações totalizaram queda de 19,3%, na mesma base comparativa, com forte retração nos itens combustíveis e lubrificantes (-49,7%), bens de consumo (-30,2%) e bens intermediários (-19,9%). No mais, as compras de bens de capital aumentaram em 24,4%.

    Encerrado o mês de junho, a Balança Comercial registrou o melhor resultado semestral desde o início da série histórica (1989), totalizando um superávit de US$ 23,63 bilhões. Este montante resulta das exportações em US$ 90,24 bilhões e das importações de US$ 66,60 bilhões.

    Por fim, o processo de ajuste externo continua aumentando os superávits da balança comercial brasileira, que deve atingir patamares recordes este ano, refletindo o patamar depreciado de cambio e a recessão doméstica.

    Zona do Euro: PMI Industrial acelera no segundo trimestre

    O Instituto Markit divulgou na última sexta-feira (01/07), o resultado final do Índice de Gerencia de Compras (PMI) Industrial da Zona do Euro. Segundo a leitura, a atividade industrial da região acelerou no mês de junho, ao passar de 51,5 para 52,8 pontos (o maior resultado em seis meses). Em termos trimestrais, o PMI industrial da região passou de 51,7 pontos no primeiro trimestre para 52,0 no segundo.

    O ritmo de crescimento de novos negócios e de produção aumentou, mostrando que a atividade do setor está mais fortalecida no segundo trimestre. O resultado foi impulsionado, principalmente, pela Alemanha (54,5 pontos), Itália (53,5 pontos) e Espanha (52,2 pontos). Por sua vez, o Índice da Grécia registrou nível expansionista pela primeira vez em seis meses (50,4 pontos). Na contramão, a França segue em patamar contracionista (48,3 pontos), em decorrência da forte queda nas exportações.

    Por fim, a melhora no setor, impulsionou o mercado de trabalho, que acelerou nos últimos meses, atingindo uma sequência de 22 meses em patamar expansionista.

    Ainda que as variáveis de atividade estejam melhorando, as incertezas advindas do Brexit, bem como o persistente patamar baixo da inflação não abrem espaço para uma normalização da política monetária atual do Banco Central Europeu (BCE), tida como não convencional e cujos resultados em termos de estimulo inflacionário tem se mostrado limitado.

    EUA: PMI industrial acelera em junho

    O Instituto Markit divulgou na última sexta-feira (01/07) o PMI Industrial dos Estados Unidos. No mês de junho, o índice atingiu 51,3 pontos, acima do registrado em maio (50,7 pontos). Vale lembrar que leituras acima de 50,0 pontos indicam expansão da atividade.

    O nível de produção, novos pedidos e emprego aumentaram em junho, impulsionados pela maior demanda externa. Entretanto o indicador continua abaixo do registrado no pós-crise.

    Também foi divulgado na sexta-feira (01/07) pelo Instituto ISM dos Estados Unidos, o Índice ISM para o setor industrial. Segundo o relatório, o índice do setor, subiu pela quarta vez consecutiva ao atingir 53,2% em junho, uma alta de 1,9 p.p. em relação à leitura do mês anterior (51,3%).

    Apenas o indicador relativo a preços recuou no período em questão (de 63,5% para 60,5%). Todos os demais componentes variaram positivamente em junho. O índice de novos pedidos passou de 55,7% para 57,0%. Já o índice referente a produção subiu 2,1 p.p., atingindo 54,7%. Por sua vez, o índice que mensura o nível de emprego passou de 49,2% para 50,4%.

    Assim, apesar dos dados mostrarem melhora da atividade em junho, na análise trimestral, os indicadores divergirem levemente. Enquanto o ISM mostra aceleração da atividade entre o primeiro e segundo trimestres, a Markit aponta desaceleração no mesmo período.

     
     Copyright © 2016 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini