

Focus: Inflação esperada para 2016 e 2017 volta a diminuir
O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta manhã (11/07) o seu Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. Segundo o relatório, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 melhoraram pela segunda vez consecutiva, passando de -3,35% para -3,30%. Por sua vez, para 2017 o crescimento esperado continua em 1,00%.

A leitura desta semana mostra ligeira queda nas expectativas do IPCA tanto para 2016 (de 7,27% para 7,26%), quanto para 2017 (de 5,43% para 5,40%), porém ainda distante da meta (4,5%). Com relação aos preços administrados, o boletim apontou queda para 2016, chegando a 6,70%, ante 6,94% na semana anterior, mas manteve em 5,50% a projeção para 2017.

As expectativas em relação a Selic permaneceram estáveis para 2016 e 2017 (13,25% e 11,00%, respectivamente). No que tange a taxa de câmbio, o relatório indica valorização. Para 2016, a taxa esperada passou de R$/US$ 3,46 para R$/US$ 3,40, enquanto para 2017 a apreciação esperada foi mais expressiva ao passar de R$/US$ 3,70 para R$/US$ 3,55.

Em relação ao setor externo, o superávit esperado para a balança comercial passou de US$ 51,05 bilhões para US$ 50,44 bilhões para este ano, acompanhando uma melhora na recessão esperada para a economia. Para 2017, o superávit chegou a US$ 49,88 bilhões, após estimativa de US$ 50,00 bilhões na leitura precedente. Já as expectativas do déficit em Conta Corrente permaneceram em US$ 15,00 bilhões para 2016 e para o próximo ano o déficit passou de US$ 12,60 bilhões para US$ 15,09 bilhões.
Por fim, quanto a produção industrial, o mercado estima um recuo menor para 2016 (de -5,90% para -5,80%). Enquanto para 2017, as expectativas apontam um avanço menor, dado que o crescimento esperado passou de 0,90% para 0,67%.

Indicadores antecedentes da indústria melhoram em junho
Na última sexta-feira (08/07), foram divulgados importantes indicadores setoriais que servem como termômetro para a atividade industrial brasileira. De acordo com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), o fluxo de veículos pesados (indicador coincidente de atividade industrial) nas estradas pedagiadas aumentou 2,0% em junho, após retração de 3,2% em maio (considerando dados dessazonalizados). No acumulado dos últimos doze meses, houve queda de 5,6%.
Por sua vez, a expedição de papel ondulado (outro importante indicador coincidente da atividade industrial) também cresceu 2,0% em junho, na série com ajuste sazonal, segundo dados preliminares divulgados pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). No mês de maio houve variação positiva de 0,6%, ao passo que em dozes meses, tal setor acumula retração de 3,1%.
Assim, a evolução de tais indicadores na passagem mensal, somada ao forte resultado da produção de veículos (ANFAVEA) e a melhora recente dos índices de confiança, sustentam uma expectativa de resultado positivo para a atividade industrial no sexto mês do ano.



China: Inflação ao consumidor desacelera em junho
O Departamento Nacional de Estatística da China (NBS) divulgou no último sábado (09/07), o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país referente ao mês de junho. De acordo com a relatório, houve uma deflação de 0,1% no sexto mês do ano, na comparação com o mês anterior, tendo diminuído 0,1% tanto nas cidades quanto nas zonas rurais do país. Já em doze meses, o CPI da China registrou uma expansão de 1,9%, mostrando desaceleração diante das leituras anteriores.

Por sua vez, a NBS também divulgou o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), que caiu 2,6% no acumulado em doze meses até junho e manteve o ritmo de menor deflação que o índice vem apresentando nos últimos meses, refletindo, dentro outros fatores, a desvalorização da moeda chinesa e alguma recuperação do preço das commodities neste ano.
China: Expectativas de junho apontam para menor crescimento
A Markit Economics divulgou ontem (10/07) sua pesquisa sobre Perspectivas de Negócios referente à China no mês de junho. Segundo consta na publicação, a confiança empresarial chinesa enfraqueceu no sexto mês do ano.
Apenas 17% dos entrevistados esperam expansão dos negócios, abaixo dos 23% apontados em fevereiro. A confiança também caiu na indústria de transformação, com saldo de apenas 15% das empresas antecipando um aumento na produção, ante 22% prevista na pesquisa anterior. Já o otimismo no setor de serviços diminuiu nesta leitura, atingindo o menor nível da série, ficando em 18%.
Por fim, em relação ao mercado de trabalho, apenas 2,0% das empresas esperam registrar acréscimos em sua folha de pagamento, com aumento no setor de serviços e queda na indústria. Assim, ganha força a expectativa da continuidade da desaceleração da atividade chinesa nos próximos meses.






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