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Informativo eletrônico - Edição 1976 Segunda-Feira, 01 de agosto de 2016

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Expectativas de inflação para 2017 continuam diminuindo

Economia Internacional

  • Zona do Euro: PIB desacelera no segundo trimestre
  • Zona do Euro: Leve aceleração da inflação e desemprego estável na região
  • EUA: PIB do segundo trimestre cresce 1,2%.
     

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira




Focus: Expectativas de inflação para 2017 continuam diminuindo

Foi divulgado na manhã de hoje (01/08), pelo Banco Central do Brasil (BCB) o seu Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com o relatório, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 passaram de -3,27% para -3,24%, pequena melhora. Já as projeções para o ano de 2017, assim como nas semanas anteriores, se mantiveram em um crescimento de 1,10%.


 
As expectativas do IPCA permaneceram em 7,21% para 2016. Quanto ao ano de 2017, as projeções passaram de 5,29% para 5,20%, patamar que ainda se mantem distante da meta de 4,5%. Com relação aos preços administrados, nesta semana, as projeções para 2016 passaram de 6,38% para 6,25%, já para 2017 as projeções foram de 5,50% para 5,42% no relatório atual.


 
As expectativas em relação a Selic, após se manterem no patamar de 13,25% por quatro semanas, registraram alta e atingiram 13,50%. Já as projeções para o ano de 2017 ficaram em 11,00% pela quinta semana seguida. No que tange a taxa de câmbio, o relatório registou uma pequena variação indo de R$/US$ 3,34 para R$/US$ 3,30 no ano de 2016. Quanto ao ano de 2017, as projeções ficaram em R$/US$ 3,50 pela segunda semana seguida.


Em relação ao setor externo, o superávit esperado para a balança comercial permaneceu em US$ 51,10 bilhões para este ano e em US$ 50,00 bilhões para 2017. Já as expectativas do déficit em Conta Corrente permaneceram em US$ 15,00 bilhões para 2016 pela sexta semana seguida e para o próximo ano o déficit passou de US$ 14,91 bilhões para US$ 14,45 bilhões.

Por fim, quanto a produção industrial, o mercado manteve as projeções de recuo de -5,95% este ano, já registradas no relatório anterior. Para o ano de 2017, o crescimento esperado segue em 0,75%.
 



Zona do Euro: PIB desacelera no segundo trimestre

Na última sexta-feira (29/07) a Eurostat (órgão estatístico da União Europeia) divulgou a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro referente ao segundo trimestre do ano. O relatório aponta expansão de 0,3% na economia da região no trimestre findo em junho em relação ao trimestre anterior (dados ajustados sazonalmente). Por sua vez, a União Europeia apresentou crescimento de 0,4% na mesma base comparativa. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o PIB variou, respectivamente, 1,6% e 1,8%.




O PIB da Zona do Euro desacelerou na passagem trimestral, como já esperado pelo mercado. Os dados mais fracos sinalizam a volatilidade das economias em decorrência dos últimos acontecimentos, além da pressão deflacionista que persiste e preocupa as autoridades monetárias.
 
Zona do Euro: Leve aceleração da inflação e desemprego estável na região

A Eurostat (Departamento de Estatística da União Europeia) divulgou na sexta-feira (29/07) os resultados da inflação e desemprego na Zona do Euro. De acordo com a leitura atual, o índice de preços ao consumidor (CPI) acumulado em 12 meses subiu 0,2% em julho, ante 0,1% no mês passado.

O resultado reflete a alta de 1,4% nos alimentos, álcool e tabaco e da variação de 1,2% em serviços, uma vez que a componente energia apresentou forte retração (-6,6%). Na análise do núcleo de inflação (excluídos energia e alimentos) o nível de preços registrou alta de 0,8%.

 

Com relação ao mercado de trabalho, a taxa de desemprego da região permaneceu em 10,1% em junho, inferior à registrada no mesmo período de 2015 (11,0%).  Na abertura por países membros, destaque para Alemanha (4,2%), Espanha (19,9%), França (9,9%) e Itália (11,6%).

Assim, os dados apresentados mostram que a nova rodada de estímulos monetários adotados pelo Banco Central Europeu ainda não impactou de forma efetiva nas diversas economias, tendo em vista a persistência da baixa inflação e o alto nível de desemprego apresentado por alguns países da região.


 
EUA: PIB do segundo trimestre cresce 1,2%

O BEA (Bureau of Economic Analysis) divulgou na última sexta-feira (29/07) a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos para o segundo trimestre do ano. De acordo com a publicação, já descontadas as influências sazonais, a economia americana registrou crescimento de 1,2% no período, após uma alta de 0,8% no primeiro trimestre de 2016. Vale ressaltar que na estimativa publicada anteriormente o PIB do primeiro trimestre havia apresentado um crescimento de 1,1%, resultado revisto e atualizado no relatório atual.

 

O resultado vem abaixo do esperado pelo mercado, embora o consumo das famílias tenha apresentado forte aceleração (de 1,1% no primeiro trimestre para 2,8% nesta leitura). Por sua vez, o consumo do governo contribuiu negativamente (-0,2%), assim como os investimentos (-1,7%), ao passo que o setor externo aferiu leve impacto positivo (0,2%). O patamar ainda valorizado do dólar deve dificultar um desempenho mais vigoroso do setor produtivo, o que deve adiar ainda mais a retomada da normalização da política monetária do Fed este ano, onde as apostas são de apenas uma elevação dos juros – possivelmente na última reunião do ano.


Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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