Produção Industrial brasileira sobe 1,2% no segundo trimestre
A produção Industrial brasileira subiu pelo quarto mês consecutivo ao variar 1,1% na passagem de maio para junho (ajustados sazonalmente), segundo dados divulgados nesta manhã (02/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF). O resultado vai de encontro com as projeções do Depecon/FIESP (1,1%) e diverge levemente do estimado pelo mercado (1,4%).
No mês de junho, a produção extrativa apresentou queda de 0,4%, ao passo que a indústria de transformação cresceu 1,3%, chegando também a sua quarta elevação seguida.
Todas as quatro grandes categorias econômicas exibiram avanço no sexto mês do ano, situação que não acontecia desde julho de 2014. Destaque para Bens de capital, que atingiu a sexta elevação seguida ao crescer 2,1% no mês. Além desta, a categoria de Bens de consumo semiduráveis e não duráveis também cresceu (1,2%), seguida por Bens de consumo duráveis (1,1%) e Bens Intermediários (0,5%).
Dentre as atividades da indústria, destaque para o avanço de 8,4% na atividade de Veículos automotores, reboques e carrocerias no mês de junho, além das altas de 4,7% em Metalurgia, Farmoquímicos e farmacêuticos (4,4%) e Máquinas e equipamentos (0,4%).
Com o resultado, a indústria encerra o segundo trimestre apresentando avanço de 1,2% frente ao primeiro trimestre, na série com ajuste sazonal. Esta é a primeira alta dos últimos onze trimestres. No mesmo sentido, a produção da indústria de transformação cresceu 1,3% no período, após onze trimestres seguidos de queda. Por sua vez, a indústria extrativa cresceu 2,3% após quatro queda seguidas.
Em relação as categorias econômicas, na abertura trimestral, a produção de Bens de capital subiu 6,6% na passagem do primeiro para o segundo trimestre, na série com ajuste sazonal, após seis trimestres seguidos de queda. Por outro lado, as produções de Bens intermediários (-0,1%), Bens de consumo duráveis (-1,9%) e Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-0,8%) recuaram no período.
Quanto as atividades, a produção de Maquinas e equipamentos (6,8%) foi o maior avanço do trimestre, com destaque também para Produtos alimentícios (4,0%) e de Veículos automotores, reboques e carrocerias (0,9%).
Em suma, a indústria brasileira voltou a mostrar desempenho positivo no trimestre, puxado principalmente pelos bens de capital, movimento este já antecipado pela melhora recente dos indicadores de confiança do setor (influenciados pelas avaliações da situação atual e das expectativas).
CNI: indicadores industriais apresentam leve melhora
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou ontem (01/08) os resultados de seus Indicadores Industriais referente ao mês de junho. De modo geral, o relatório aponta leve melhora nos dados em relação à leitura anterior.
Segundo a publicação, após três quedas consecutivas, o faturamento real da indústria de transformação brasileira aumentou 2,0% entre maio e junho, livre de influências sazonais. No mesmo período, a utilização da capacidade instalada variou 0,3 p.p. atingindo 77,4%, enquanto horas trabalhadas aumentaram 0,2%, após queda de 3,6% em maio.
No que tange ao mercado de trabalho, o nível de emprego recuou 0,6%, sendo este o décimo sétimo mês seguido de retração. Por sua vez, a massa salarial real também recuou 0,6% em junho, sucedendo uma queda de 1,1% no mês precedente.
MDIC: Saldo comercial dos sete primeiros meses é o maior já registrado
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou ontem (01/08) o resultado da balança comercial referente a julho. Segundo o relatório divulgado, a balança comercial do mês apresentou superávit de US$ 4,6 bilhões, ante um superávit de US$ 2,4 bilhões no mesmo período de 2015.
Controlando pela média diária, as vendas externas brasileiras em julho foram de US$16,3 bilhões, uma retração de 3,5% sobre julho de 2015 e uma expansão de 2,2% em relação ao mês de junho desse ano. Ainda pela média diária, as importações totalizaram US$11,8 bilhões, com queda de 20,3% em relação a julho do ano anterior e de 3,6% ante junho.
No período que corresponde de janeiro a julho de 2016 o saldo comercial acumulou superávit de US$28,3 bilhões. O resultado apresentado é o maior já registrado para os primeiros sete meses do ano. No mesmo período do ano passado, o superávit havia sido de US$ 4,6 bilhões.
Com relação ao acumulado de 2016, as exportações foram de US$106,6 bilhões, uma retração de 5,6% em relação ao mesmo período de 2015. Já as importações atingiram US$ 78,4 bilhões, resultado que representa uma queda de 27,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Quanto a corrente de comércio ? soma de exportações e importações ? atingiu o patamar de US$ 185,0 bilhões, uma queda de 16,4% ante o período anterior.
.gif)
|
