
Focus: Mercado continua recuando projeções para inflação
Nesta manhã (17/10), o Banco Central divulgou o seu Boletim Focus, relatório semanal que levanta a mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. Segundo a leitura, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 passaram de -3,15% para -3,19%. Para 2017, o crescimento esperado permaneceu em 1,30%.
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O mercado recuou pela quinta vez consecutiva as projeções para o IPCA de 2016 (de 7,04% para 7,01%). Para 2017, a expectativa também apresentou ligeira queda, ao passar de 5,06% para 5,04%. Em relação aos preços administrados para 2016, o boletim aponta inflação de 6,03%, frente a 6,11% estimado na semana precedente. Entretanto para 2017, a projeção permaneceu em 5,30%.

A perspectiva é que a taxa básica de juros (SELIC) termine 2016 em 13,50%, inferior ao estimado na semana passada (13,75%). Para 2017, o mercado manteve a projeção em 11,0%. Já a taxa de câmbio permaneceu inalterada tanto para o final de 2016 (R$/US$ 3,25), quanto para 2017 (R$/US$ 3,40).
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Com relação ao setor externo, o superávit da balança comercial deste ano diminuiu, ao passar de US$ 49,18 bilhões para US$ 49,00 bilhões, enquanto para 2017 continuou em US$ 45,00 bilhões. Por sua vez, o mercado não alterou sua projeção para o déficit em conta corrente em 2016 (US$ 17,10 bilhões), mas o recuou para 2017 (de US$ 25,00 bilhões para US$ 24,80 bilhões).
Por fim, no que tange a produção industrial, o boletim aponta uma queda maior neste ano (de 5,96% para 6,00%), porém o mercado não alterou sua previsão de crescimento para 2017 (1,11%).
 FGV: IGP-10 registra queda em outubro
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (17/10) o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) referente ao mês de outubro. De acordo com a publicação, o IGP-10 apresentou uma variação de 0,12% no mês, valor abaixo doe 0,36% registrado em setembro. No mesmo mês de 2015, o IGP-10 foi de 1,88%. A taxa acumulada no ano é de 6,68%, enquanto o índice apresentou alta de 9,30% em 12 meses.
Com relação ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), em outubro houve variação de 0,12%m ante 0,39% no período precedente. Na abertura por estágios de processamentos, os Bens Finais tiveram ligeira alta de 0,04%, frente -0,01% no mês anterior. Por sua vez, os Bens Intermediários variaram -0,02%, contra -0,31% no mês anterior. Já as Matérias-Primas Brutas apresentaram uma variação de 0,36%, resultado bem inferior ao de setembro, quando o índice do grupo variou 1,65%.
Na abertura por origem de processamento, o IPA-10 de Produtos Agropecuários passou de uma variação de 0,21% em setembro para uma queda de -1,07% em outubro. Já os Produtos Industriais variaram de 0,47% para 0,61% no mês atual. No acumulado de 12 meses, estes indicadores registraram alta de 21,23% e 6,13%, respectivamente.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,08% em outubro, contra 0,27% apresentado em setembro. Das oito classes de despesas que compõem o índice, quatro delas registraram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se o grupo Alimentação que passou de 0,54% para -0,31%.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou variação de 0,22% em outubro, ante 0,34% apontado em setembro. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços variou 0,14%, no mês anterior o resultado foi de 0,30%. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,29%, frente a 0,38% em setembro.

Tesouro Nacional: Arrecadação das Receitas Federais caíram 4,3% nominalmente em agosto
Na manhã de sexta-feira (14/10), o Tesouro Nacional divulgou o resultado primário do Governo Central referente ao mês de agosto. Segundo a publicação, o déficit registrado no mês em questão foi de R$ 20,3 bilhões. No acumulado em 12 meses findo em agosto, houve um déficit de R$ 172,1 bilhões, o equivalente a 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Em relação ao período acumulado de janeiro a agosto de 2016, o resultado primário do Governo Central apresentou um déficit de R$ 71,4 bilhões, correspondendo a 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Na mesma base de comparação, a arrecadação foi de R$ 844,4 bilhões, apresentando uma queda de R$ 17,0 bilhões frente ao mesmo período do ano anterior, uma queda de 6,7% em termos reais. As principais retrações nas receitas ocorreram na receita administrada pela RFB, que totalizou R$ 530,5 bilhões (queda real de 8,0%); e na arrecadação líquida para o RGPS registrou R$ 231,0 bilhões ( -6,7%). A receita líquida acumulada foi de R$ 720,7 bilhões, uma variação negativa de 6,3%.
Em relação as despesas, o acumulado no ano ficou em R$ 792,7 bilhões, crescimento de 1,1% frente ao mesmo período do ano anterior. No que tange a evolução da despesa total, tal resultado é explicado pela elevação dos Benefícios Previdenciários, que cresceu R$ 22,6 bilhões e das Outras Despesas Obrigatórias (R$ 2,6 bilhões), compensada pela redução das Despesas Discricionárias - Todos os Poderes (R$11,0 bilhões) e de Pessoal e Encargos Sociais (5,2 bilhões).
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