
Focus: Mercado eleva projeções para a taxa de câmbio em 2016 e 2017
Na última segunda-feira (14/11), o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. Segundo o relatório, o mercado estima queda de 3,37% no PIB para este ano, ante recuo de 3,31% estimado na semana precedente. Esta é a sexta revisão negativa do indicador. Para 2017, as projeções passaram de 1,20% para 1,13%.

O boletim desta semana mostra melhora nas expectativas do IPCA para este ano, ao passar de 6,88% para 6,84%. Quanto ao ano de 2017, estima-se inflação de 4,93%, ligeiramente inferior ao observado na semana passada (4,94%).

O mercado projeta que a Selic termine 2016 em 13,75%, uma alta de 0,25 p.p. em relação ao estimado na leitura passada (13,50%). Para 2017 as projeções permaneceram inalteradas em 10,75%. No que tange a taxa de câmbio, as expectativas subiram tanto para 2016 (de R$/US$ 3,20 para R$/US$ 3,22) quanto para 2017 (de R$/US$ 3,39 para R$/US$ 3,40).

Em relação ao setor externo, o superávit esperado para a balança comercial passou de US$ 47,77 bilhões para US$ 47,59 bilhões em 2016, a sétima queda consecutiva. Por sua vez, para 2017, o superávit subiu de US$ 44,57 bilhões para US$ 45,00 bilhões. Já as expectativas do déficit em Conta Corrente variaram de US$ 18,25 bilhões para US$ 18,80 bilhões para 2016, e o déficit estimado para o próximo ano passou de US$ 25,70 bilhões para US$ 26,00 bilhões.
Por fim, quanto a produção industrial, o mercado estima queda de 6,06% neste ano, superior a queda projetada na semana anterior (-6,00%). Para 2017, o crescimento estimado permaneceu em 1,11%, pela quinta leitura seguida.
 PMS: Setor de serviços registra queda de 0,5% no terceiro trimestre
Na manhã de hoje (16/11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) com os resultados de setembro. Segundo o relatório, na série ajustada sazonalmente, o volume de serviços registrou queda de 0,3% em setembro, após já ter recuado 1,4% em agosto. Na variação acumulada em 2016, o setor registra retração de 4,7% e acumula em 12 meses queda de 5,0%.

Com o fechamento de setembro, volume de serviços apresentado no terceiro trimestre recuou 0,5% frente ao trimestre anterior, sétima retração trimestral seguida. Na comparação com o terceiro trimestre de 2015, a queda apresentada foi de 4,4%.

Na abertura por atividades, comparando o trimestre anterior, o volume dos Serviços prestados às famílias subiu 1,1%, seguido dos Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,2%) e Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,2%). Por sua vez, os Serviços de informação e comunicação tiveram uma variação nula (0,0%). Assim, a queda da PMS no trimestre foi puxada pela retração dos segmentos de Outros Serviços, (-0,9%) e das Atividades turísticas (-0,1%).
Por fim, na abertura por regiões, já levando em consideração os ajustes sazonais, na passagem trimestral o destaque ficou para São Paulo, cujo volume de serviços subiu 0,8% nesta leitura. Por sua vez, o Rio de Janeiro apresentou queda de 2,2% no terceiro trimestre, seguido por Rio Grande do Sul (-0,9%) e Minas Gerais (-0,2%).
FGV: IGP-10 desacelera
Nesta manhã (16/11) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10). De acordo com a publicação, o índice subiu 0,06% em novembro, após alta de 0,12% em outubro. Em doze meses, o IGP-10 acumula elevação de 7,61%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) registrou deflação de 0,06% no penúltimo mês do ano, ante alta de 0,12% no mês passado. Apenas o grupo Matérias-Primas Brutas registou alta na passagem mensal (de 0,36% para 0,76%). Já os grupos Bens Finais (de 0,04% para -0,57%) e Bens Intermediários (de -0,02% para -0,26%) apontaram queda no período.
Com relação a abertura do IPA por origem de processamento, os bens agropecuários voltaram a recuar (de -1,07% para -1,04%), enquanto os bens industriais variaram 0,34% em novembro, frente a alta de 0,61% em outubro. Apesar desta ser a segunda deflação mensal seguida, os bens agropecuários acumulam elevação de 16,79% em doze meses.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) acelerou ao passar de 0,08% para 0,35% em novembro. Dentre as oito classes de despesa componentes do índice, sete apontaram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Transportes (de 0,09% para 0,89%). Entretanto, quando analisado o acumulado em doze meses, vale ressaltar o grupo Alimentos (10,42%).

No mais, o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) registrou inflação de 0,16%, inferior ao resultado apresentado no mês passado (0,22%). Os custos com Matérias, Equipamentos e Serviços apontaram ligeira queda de 0,06%, ante alta de 0,14% em outubro, enquanto o item Mão de Obra registrou taxa de 0,35% no período, após variar 0,29% no mês passado.

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