
IBGE: Crescimento do PIB de 2014 é revisto para 0,5%
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (17/11) o resultado da revisão do Produto Interno Bruto (PIB) que incorpora dados mais precisos e detalhados. Segundo a publicação, a atividade econômica brasileira cresceu 0,5% em 2014, ante 0,1% divulgado anteriormente.
Pela ótica da oferta, o Setor de Serviços teve seu crescimento revisado de 0,4% para 1,0%, já o Setor Agropecuário passou de 2,1% para 2,8%. Por sua vez, os dados apontam queda mais acentuada da Indústria (de -0,9% para -1,5%).
Com relação a ótica da demanda, o crescimento foi puxado pela expansão no consumo das famílias (de 1,3% para 2,3%), enquanto consumo do governo passou de 1,2% para 0,8%. Apesar de revisado, Formação Bruta de Capital Fixo continua com forte queda (de -4,5% para -4,2%). No que tange ao setor externo, Exportações permaneceu com variação negativa de 1,1% e Importações passou de -1,0% para -1,9%.
Por fim, o PIB de 2011 apresentou pequena revisão (de 3,9% para 4,0%), mas para 2012 e 2013 não houve alteração nas taxas de crescimento (1,9% e 3,0%, respectivamente).

Brasil: Perspectivas de negócios registram melhora em outubro
A Markit Economics divulgou na última segunda-feira (14/11) a sua pesquisa relacionada às Perspectivas de Negócios do Brasil no mês de outubro. Segundo o relatório publicado, os níveis de confiança do país apresentaram ligeira melhora no mês em questão, com um saldo líquido de 57% das empresas prevendo uma produção mais elevada no próximo ano, ante 47% registrado no relatório anterior.
Foi registrado um sentimento positivo de maior intensidade nos setores da Industria de Transformação e Serviços, com saldos positivos em 61% (o patamar mais elevado desde fevereiro de 2014) e 55% (maior em quase dois anos e meio), respectivamente.
No que tange as perspectivas de criação de emprego para o ano de 2017, as empresas brasileiras pretendem contratar mais trabalhadores nos próximos 12 meses, com crescimento dos empregos previstos tanto no setor da Industria de Transformação quanto em Serviços.
Por fim, quanto as despesas de capital, as empresas do setor privado no Brasil planejam aumentar em 20,0% as suas despesas no próximo ano, sendo essa a maior leitura desde junho de 2014.
FGV: Monitor do PIB registra queda de 1,0% no terceiro trimestre
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (18/11) o Monitor do PIB-FGV com os dados referentes a setembro (e o fechamento do trimestre). O relatório aponta que, na passagem mensal (de agosto para setembro), o PIB registrou queda de 0,5%. Por sua vez, no terceiro trimestre do ano, ante o trimestre anterior, o PIB recuou 1,0% - já levando em consideração os ajustes sazonais. Esse resultado representa a sétima retração consecutiva nas comparações trimestrais.

Na abertura pela ótica da oferta, destaque para a retração de 0,8% do setor de serviços, a maior do ano, ao passo que a indústria voltou a recuar nessa leitura (-0,4% ante 1,1% no trimestre anterior) seguido pela agropecuária (-1,4%).

No que tange a ótica da demanda, o setor externo contribuiu de forma negativa, com elevação de 1,5% das importações e queda de 2,8% das exportações. Além destes, o consumo das famílias recuou pelo sétimo trimestre seguido (-1,1% nesta leitura) e a formação bruta de capital fixo pela decima segunda leitura trimestral seguida (-5,0% neste terceiro trimestre).

Assim, o resultado do Monitor da FGV do terceiro trimestre sustenta as expectativas de nova queda ? e maior que a anterior - do PIB que será divulgado pelo IBGE no dia 30/11. Os destaques serão: a aceleração da queda dos setores ligados a renda (consumo das famílias e serviços) e dos investimentos (FBCF).
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