Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

• Focus: Mercado espera menor crescimento do PIB em 2017
• FGV: Indicador Antecedente do Emprego apresenta ligeira alta em novembro

• EUA: Taxa de desemprego atinge o menor nível desde agosto de 2007
• Zona do Euro: Confiança do Investidor registra queda

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira

Focus: Mercado espera menor crescimento do PIB em 2017

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou na manhã desta segunda-feira (05/12) o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com a publicação, o mercado estima queda de 3,43% no PIB deste ano, ante recuo de 3,49% estimado na semana anterior. Para o ano de 2017, as projeções passaram de um crescimento de 0,98% para um de apenas 0,80%.


O boletim desta semana aponta melhora nas expectativas do IPCA para este ano ao passar de 6,72% para 6,69%. Quanto ao ano de 2017, as expectativas de inflação permaneceram estáveis em 4,93% pela terceira semana seguida.


Quanto a SELIC, após a última reunião do COPOM do ano, a taxa encerrou 2016 em 13,75%. Para 2017 as projeções recuaram de 10,75% para 10,50%. No que tange a taxa de câmbio, o último relatório apontou estabilidade em relação à semana anterior, permanecendo em R$/US$ 3,35 para 2016. Quanto ao ano de 2017, as projeções subiram de R$/US$ 3,40 para R$/US$ 3,45.


Em relação ao setor externo, o superávit esperado para a balança comercial permaneceu em US$ 47,00 bilhões em 2016. Já para 2017, o superávit esperado subiu de US$ 44,07 bilhões para US$ 44,57 bilhões. Por sua vez, as expectativas do déficit em Conta Corrente passaram de US$ 19,00 bilhões para US$ 19,30 bilhões em 2016, ao passo que o déficit estimado para o próximo ano segue em US$ 25,68 bilhões.

Por fim, quanto a produção industrial, o mercado estima queda de 6,50% neste ano, superior a queda projetada na semana anterior (-6,23%). Para 2017, o crescimento estimado diminuiu, passando de 1,21% para 1,05%.


 
FGV: Indicador Antecedente do Emprego apresenta ligeira alta em novembro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã (05/12) o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) referente ao mês de novembro. No mês em questão, o indicador subiu 0,2%, atingindo o patamar de 93,1 pontos, ante 92,9 pontos registrados em outubro. Este resultado não emite sinais positivos para o mercado de trabalho nos próximos meses.

Por sua vez, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apontou alta de 3,8% no penúltimo mês do ano, totalizando 103,0 pontos e indicando que a situação de deterioração do mercado de trabalho continua.

Em conjunto, os indicadores de novembro apontam para uma maior dificuldade da retomada do mercado de trabalho, como consequência da persistente queda da atividade econômica do país.



 

EUA: Taxa de desemprego atinge o menor nível desde agosto de 2007

Na última sexta-feira (02/12) o Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS) dos Estados Unidos divulgou os dados do mercado de trabalho americano referente a novembro. Na série livre de influências sazonais, a taxa de desemprego no país atingiu 4,6% no penúltimo mês do ano, sendo esta a menor taxa desde agosto de 2007.


O resultado decorre da criação de 178 mil postos de trabalho em novembro, acima do registrado no mês anterior (142 mil).  Houve aumento dos profissionais, principalmente, no setor de serviços administrativos e área de saúde.

Os dados de emprego no setor privado apresentados pelo Instituto ADP dos Estados Unidos mostraram a criação de 216 mil vagas no mês de novembro, sendo a maior parte em empresas de grande porte. Por sua vez, a BLS apontou criação de 156 mil postos de trabalho no setor privado no mês em questão.

Por fim, o baixo índice de desemprego no país é mais um fator condizente com a alta de juros americana, que deverá ocorrer ainda este mês.
 
Zona do Euro: Confiança do Investidor registra queda

O Instituto Sentix divulgou na manhã de hoje (05/12) o seu Índice de Sentimento Econômico da Zona do Euro, que mensura o nível de confiança na economia pelo mercado financeiro referente ao mês de dezembro. No mês em questão, o índice registrou variação de 13,1 para 10,0 pontos, uma queda de 3,1 p.p na comparação com novembro.


No que diz respeito ao Índice de Expectativas, o indicador registrou uma queda de 2,2 p.p em dezembro, passando de 14,0 pontos apresentados em novembro para 11,8 no mês atual.  Já Índice de Situação Atual apresentou queda de 4,0 p.p, atingindo 8,3 pontos em dezembro.

Finalizando, vale ressaltar que este é o primeiro relatório após a eleição que elegeu Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, embora o próprio relatório aponte que o fato ainda não apresentou impacto relevante na região.