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Informativo eletrônico - Edição 1550 Segunda-Feira, 06 de outubro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Projeções do PIB apresentam 19º recuo consecutivo
  • Setor de serviços puxa expansão da atividade econômica brasileira em setembro

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: PMI do setor de varejo recua para 44,8 pontos em setembro
  • EUA: Atividade do setor de serviços desacelera em setembro, mas segue em alto nível

    Projeções de Mercado

  • Focus: Projeções do PIB apresentam 19º recuo consecutivo

    Pela 19ª semana consecutiva a mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou queda, de acordo com os dados divulgados hoje (06/10) pelo Banco Central através de seu boletim FOCUS. Segundo a leitura, o crescimento estimado do PIB para 2014 é de 0,24%, ante 0,29% na semana anterior. Já a projeção para 2015, estima-se crescimento de 1,00%, ante 1,01%.

    Com relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi registrado o terceiro avanço seguido para a projeção de 2014, chegando ao nível de 6,32%, ante 6,31% na semana anterior. Para 2015, a estimativa para a inflação manteve-se estável em relação à semana precedente, no nível de 6,30%. A expectativa do mercado em relação à taxa SELIC para 2014 se manteve pela 19ª semana consecutiva em 11,00%. Já para 2015, a expectativa dos juros básico apresenta avanço em relação à semana anterior, chegando ao patamar de 11,88% (ante 11,38%).

    No que tange a taxa de câmbio, espera-se para o fechamento de 2014 a taxa de R$/US$ 2,40, aumento frente a taxa de R$/US$ 2,35 registrado na semana imediatamente anterior. Para 2015, a expectativa do mercado também avançou, de forma que a projeção passou de R$/US$ 2,45 para R$/US$ 2,50.

    No que diz respeito ao setor externo, o saldo da Balança Comercial sofreu um leve aumento, passando do nível de US$ 2,40 bilhões para US$ 2,41 bilhões. Já com relação à 2015, o saldo comercial apresentou queda, chegando ao nível de US$ 7,24 bilhões, ante US$ 9,00 bilhões. Nas expectativas referentes às Transações Correntes, foi registrado redução nas projeções de déficit para US$ 80,50 bilhões, ante déficit de US$ 81,20 bilhões apresentado na última semana. Para o ano de 2015, as projeções do déficit nesta conta estão em US$ 76,50 bilhões.

    Por fim, as projeções relativas à produção industrial para 2014 recuaram, na comparação com a semana anterior, de -1,95% para -2,14%. Esta queda não deve ser recuperada em 2015, cujas projeções para a produção do setor estão em 1,40%, inferior inclusive ao visto na semana anterior (1,50%).

    Setor de serviços puxa expansão da atividade econômica brasileira em setembro

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) composto do Brasil se expandiu em setembro, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados sexta-feira (03/10) pelo HSBC/Markit. O PMI passou de 49,6 pontos para 50,6 em setembro, influenciada pela expansão da atividade do setor de serviços, ao passo que o PMI da indústria de transformação tem se mostrado em queda nos últimos meses.

    A expansão da atividade econômica brasileira em setembro se deve exclusivamente ao bom resultado do PMI do setor de serviços, que passou de 49,2 para 51,2 pontos nesta última leitura. O volume de negócios mostrou expansão, com bons resultados na atividade de Hotelaria e Restaurante. A taxa de novas encomendas também avançou, sinalizando bons resultados nos próximos meses para o setor.

    Segundo o economista chefe do HSBC responsável pela pesquisa, apesar do bom resultado no mês, os níveis de confiança ainda baixos trazem a expectativa de que o crescimento desse setor se mantenha inferior a sua média histórica, denotando a improvável recuperação econômica nesse segundo semestre de 2014.

    Zona do Euro: PMI do setor de varejo recua para 44,8 pontos em setembro

    Foi divulgado na manhã de hoje (06/10) pelo instituto Markit o Índice de Gerência de Compras (PMI) do setor de varejo da Zona do Euro. De acordo com a leitura, descontados os efeitos sazonais, o índice mostrou nova retração da atividade no setor ao passar de 45,8 pontos em agosto para 44,8 pontos em setembro. Essa é a terceira queda consecutiva do índice, registrando nessa leitura aceleração no ritmo contracionista da atividade.

    De acordo com economista do instituto Markit, a forte queda do PMI do varejo de setembro parece refletir um comportamento de diminuição de dispêndio dos consumidores na Zona do Euro. Tal resultado apoia, juntamente com os índices de serviços e da indústria de transformação, as dificuldades de recuperação do bloco diante as crises enfrentadas (tanto geopolíticas como econômicas).

    Neste período, Alemanha e França contribuíram negativamente para o resultado do PMI da Zona do Euro. Na Alemanha, o PMI do setor de varejo chegou ao nível de 47,1 pontos, ante 49,4 pontos na leitura do mês anterior, sendo esse o pior resultado nos últimos 53 meses analisados. Já a França apresentou recuo de 45,5 para 41,8 pontos, o pior nível dos últimos 18 meses. Por outro lado, a Itália contribuiu positivamente para o indicador ao diminuir seu ritmo de contração, apresentando o primeiro avanço em cinco meses, passando de 40,8 para 45,4 pontos. Vale ressaltar que em conjunto, Alemanha, França e Itália representam cerca de 62% do total das vendas de varejo avaliados no PMI da Zona do Euro.

    EUA: Atividade do setor de serviços desacelera em setembro, mas segue em alto nível

    O Instituto ISM dos Estados Unidos apresentou sexta-feira (06/10) os resultados para o setor de serviços. O ISM de serviços chegou a 58,6% em setembro, recuando em relação a agosto, quando o índice chegou a 59,6%. O resultado mostra leve desaceleração, apesar do elevado nível de atividade vistos nos indicadores, como emprego e índices de novos negócios. Vale recordar que leituras acima de 50,0% indicam expansão da atividade do setor; abaixo dos 50,0% sinalizam contração.

    O índice de atividade dos serviços chegou a 52,9%, ante 65% em agosto, se mostrando bem elevado, apesar de sua queda. A desaceleração se deve a serviços ligados a artes e entretenimento, bem como serviços educacionais. Por outro lado, o relatório ainda aponta crescimento da demanda. O mesmo vale para o índice de novas encomendas, que passou de 63,8% para 61,0% em setembro. Novamente, serviços ligados a artes e entretenimento e serviços educacionais contribuíram fortemente para a diminuição do ritmo expansivo.

    O índice de emprego apresentou avanços ao passar de 57,1% para 58,5% em setembro. A publicação ainda afirma que a contratação de funcionários visa atender a demanda atual e a demanda futura. Os resultados do ISM refletem as novas condições econômicas do país, que tem apresentado crescimento vigoroso, a despeito da queda no primeiro semestre, com melhoras nos índices de empregos, evidenciado pela taxa de desemprego de 5,9%, analisada no último Macro Visão. Com isso, os EUA se mostram mais resiliente na recuperação crise econômica, solidez esta não sinalizada pela Zona do Euro.

     
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