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Informativo eletrônico - Edição 1558 Quinta-Feira, 16 de outubro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Índice de Atividade Econômica do Banco Central desacelera em agosto
  • IGP-10 desacelera em outubro

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Inflação desacelera para 0,3% em setembro
  • Redução das importações eleva saldo comercial da Zona do Euro em agosto

  • Índice de Atividade Econômica do Banco Central desacelera em agosto

    O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou crescimento de 0,3% em agosto, livre de qualquer influência sazonal, de acordo com dados divulgados hoje (16/10) pelo Banco Central. O resultado divulgado vem abaixo das expectativas do mercado (0,5%) e da projeção do Depecon/Fiesp (0,6%). O avanço vem seguido de uma alta de 1,5% em julho, sinalizando desaceleração da atividade econômica, além de ser incapaz de recuperar as perdas ocorridas em maio (-0,6%) e junho (-1,5%).

    Apesar do avanço na margem, quando se compararmos o índice com o mesmo período do ano anterior, o IBC-Br apresentou recuo de 1,3%, acelerando frente ao resultado apresentando no mês de julho (-0,2%), na mesma base de comparação. Com esta leitura, o IBC-Br chega a sua quinta queda consecutiva na avaliação interanual, demonstrando que a atividade econômica atual se mostra muito aquém do apresentado em 2013.

    No que tange a variação acumulada no ano até o oitavo mês, o IBC-Br reverteu a alta de 0,1% apresentada em julho ao exibir retração de igual magnitude (-0,1%) em agosto. Já na variação acumulada em doze meses, o IBC-Br mostrou crescimento de 0,9% em agosto, também desacelerando em relação a julho (1,2%).

    Os resultados do IBC-Br reforçam a baixa atividade econômica no país neste terceiro trimestre. O avanço na produção industrial no mês de agosto (0,7%) contribuiu fortemente na elevação do índice, ultrapassando a importância da queda de 0,4% do varejo ampliado, divulgado ontem pelo IBGE e disponível no Macro Visão 1557. Por fim, o índice que serve de proxy para o PIB, sinaliza estabilidade ou sutil alta do produto interno brasileiro no terceiro trimestre de 2014.

    IGP-10 desacelera em outubro

    O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou variação de 0,02% em outubro, de acordo com dados divulgados hoje (16/10) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado mostra significativa desaceleração em relação a setembro de 2014 (0,31%) e a outubro de 2013 (1,11%). Já na variação acumulada do ano até outubro, o índice exibe alta de 2,04%, ao passo que em 12 meses, a variação é de 2,93%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), que representa 60% do IGP-10, mostrou queda de 0,16% em outubro, ante aumento de 0,35% em setembro. A principal contribuição veio dos itens de Matérias-Primas Brutas, cuja variação foi de -0,40%, com destaque para os seguintes itens: soja (-0,58% para -5,04%), café (de 9,04% para 2,08%) e suínos (de 9,86% para 5,14%). Já os itens de Bens Finais avançaram 0,15% em outubro, ante 0,20% em setembro. Destaque para a desaceleração nos subitens de alimentos processados (2,05% para 0,41%). A categoria de Bens Intermediários recuou 0,26%, ante avanço de 0,49% em setembro.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que representa 30% do IGP-10, avançou 0,48% em outubro, aumento frente ao resultado de setembro, quando os preços acresceram em 0,26%. Dos oito grupos avaliados pela pesquisa, seis aceleraram na leitura atual, com destaque para o grupo de Alimentação (0,21% para 0,64%). Os outros grupos que apresentaram aceleração foram: Comunicação (-0,44% para 0,86%), Vestuário (-0,14% para 0,32%), Habitação (0,39% para 0,48%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,49% para 0,54%) e Transportes (0,28% para 0,32%). Por outro lado, apresentaram desaceleração os seguintes itens: Educação, Leitura e Recreação (0,43% para 0,25%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,12%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), que representa 10% do IGP-10, registrou praticamente estabilidade em sua variação na passagem de setembro para outubro, tendo avançando 0,15% e 0,14%, respectivamente. Os custos dos Materiais, Equipamentos e Serviços aumentaram em 0,30% no mês de outubro, ante 0,31%. Já o índice de Mão de Obra, pela segunda leitura consecutiva, registrou variação nula (0,0%).

    Zona do Euro: Inflação desacelera para 0,3% em setembro

    Na manhã de hoje (16/10) foi divulgado pelo Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) os dados referentes a inflação ao consumidor (CPI) da Zona do Euro. Segundo a leitura, a inflação acumulada em doze meses findo em setembro foi de 0,3% na região, registrando assim desaceleração ante o resultado do mês de agosto (0,4%), na mesma base de comparação. Em setembro de 2013, o índice havia acumulado alta de 1,1%. No que tange o resultado mensal, na passagem de agosto para setembro, o índice apresentou variação positiva de 0,4%.

    As maiores contribuições positivas para o resultado vieram das atividades de Restaurantes e Cafés (0,09 p.p.), Aluguéis (0,07 p.p.) e Manutenção de Veículos (0,05 p.p.). Por outro lado, as atividades de Combustíveis para Transporte (-0,21 p.p.), Telecomunicações (-0,12 p.p.) e Gás (-0,08 p.p.) mostraram as contribuições negativas mais impactantes o mês de setembro. Vale ressaltar que o índice sofre forte pressão deflacionaria por conta da recente queda dos preços de petróleo, visto que o CPI acumulado em doze meses, excluindo os itens ligados à energia, mostraria elevação de 0,7%.

    Em relação aos países-membros da Zona do Euro, os destaques negativos foram Grécia (-1,1%), Espanha (-0,3%) e Itália (-0,1%). Já dentre países que acumularam alta dos preços no período, destacam-se Áustria (1,4%), Letônia (1,2%) e Alemanha (0,8%). Vale ressaltar que a França apresentou acréscimo de 0,4% referente ao mês de setembro.

    Assim, a inflação acumulada em doze meses da Zona do Euro chega ao seu menor nível desde outubro de 2009, ampliando o temor quanto as pressões deflacionarias da região, em linha com a baixa atividade economia de suas principais economias. Dessa forma, aumenta-se a pressão sobre o Banco Central Europeu quanto a ampliação dos estímulos monetários ao bloco.

    Redução das importações eleva saldo comercial da Zona do Euro em agosto

    A Balança Comercial de Bens da Zona do Euro apresentou superávit de € 9,2 bilhões no mês de agosto, segundo a primeira estimativa divulgada hoje (16/10) pelo Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat). No mesmo mês do ano passado, a balança havia exibido saldo positivo € 7,3 bilhões, inferior ao visto este ano. Por outro lado, o resultado atual foi menor do que o apresentado no mês de julho de 2014 (€ 18,0 bilhões).

    As exportações totalizaram € 140,5 bilhões em agosto, enquanto que as importações somaram € 131,3 bilhões no período. Para efeito de comparação, os resultados referentes à exportações e importações no mesmo mês do ano anterior foram de € 144,6 bilhões e € 137,3 bilhões, respectivamente. Dessa forma, constata-se que houve um decréscimo de 3% nas exportações, ao passo que as importações caíram 4%, em linha com a fraca atividade econômica e demanda interna dos países-membros.

    Já na passagem de julho para agosto, descontadas as influências sazonais, houve queda de 0,9% nas exportações e de 3,1% nas importações. As exportações nessa base totalizaram € 158,3 bilhões, enquanto as importações mostraram resultado de € 142,5 bilhões. Assim o saldo comercial resultante foi positivo em € 15,8 bilhões, ante € 12,7 bilhões do mês imediatamente anterior.

    Entre os países da Zona do Euro, os maiores superávits foram vistos na Alemanha (€ 124,5 bilhões), Países Baixos (€ 34,6 bilhões) e Itália (€ 24,3 bilhões). Já os detentores dos maiores déficits foram: França (- € 43,2 bilhões), Espanha (- € 13,6 bilhões) e Grécia (- € 12,4 bilhões).

     
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