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Informativo eletrônico - Edição 1559 Sexta-Feira, 17 de outubro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Empresário indústria continua pessimista no mês de outubro
  • SERASA: Atividade econômica cresce 0,2% em agosto
  • Criação de empregos na Industria de transformação diminui em setembro

    Economia Internacional

  • Produção industrial dos Estados Unidos cresce 3,2% no terceiro trimestre

    Agenda Semanal

  • Empresário indústria continua pessimista no mês de outubro

    Nesta quarta-feira a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou o resultado de outubro para o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do Brasil. Segundo a leitura atual, o índice passou de 46,5 para 45,8 pontos entre setembro e outubro, perpetuando a baixa confiança dos empresários do setor, principalmente em relação as condições atuais (37,7 pontos), sobretudo da economia brasileira. O índice chega a seu pior patamar neste início de quarto trimestre, valendo frisar que seu índice de expectativas, pela primeira vez na série histórica, ficou abaixo dos 50 pontos, chegando a 49,9 pontos, comprometendo ainda mais a possibilidade futura de recuperação da atividade do setor fabril. Leituras abaixo de 50,0 pontos indicam pessimismo por parte dos empresários do setor; acima de 50,0 pontos sinaliza otimismo.

    Em relação ao Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI – SP), divulgado ontem (16/10) pela FIESP/CNI, foi visto sutil avanço no mês de outubro de 39,9 para 40,3 pontos, mas ficando ainda 9,7 pontos distante do nível de estabilidade (50 pontos), completando assim seu décimo terceiro mês em quadro de pessimismo. O resultado continua também bem abaixo da média histórica (53,5 pontos). A elevação de 1,0% em outubro, somada a alta de 0,3% em setembro ainda não é capaz de recuperar a perda de 1,7% aferida em agosto.

    Na comparação de outubro frente agosto, o indicador paulista de expectativas para os próximos seis meses avançou 0,2 ponto, mas ainda assim atinge a nona leitura seguida dentro da zona de pessimista. O índice passou para o patamar de 44,1 pontos, ante 43,9 pontos registrados no mês anterior. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve recuo de 8,8 pontos. Por fim, em relação as condições atuais, o empresário paulista se mostra muito descontente, visto que o índice desta avaliação se encontra em 32,5 pontos em outubro, cerca de 10,7 pontos abaixo do apresentado em outubro de 2013.

    SERASA: Atividade econômica cresce 0,2% em agosto

    A Serasa Experian divulgou ontem (16/10) o seu Índice de Atividade Econômica (PIB Mensal). No resultado de agosto, já descontadas as influências sazonais, foi registrado avanço de 0,2% na passagem mensal do PIB a Preços de Mercado, desacelerando em relação ao resultado do mês anterior, quando foi aferido avanço de 0,4%, na mesma base de comparação. O resultado vem em linha com a alta do IBC-Br (+0,3%), proxy do PIB do Banco Central, divulgado ontem apresentando no Macro Visão 1558.

    No que diz respeito a variação acumulada em doze meses findo em agosto, foi constatado avanço de 0,9%, outra desaceleração na comparação com o resultado apresentado no mês de julho (1,2%). Já na comparação com agosto do ano anterior, registrou-se queda de 0,6%, superando o recuo visto na leitura anterior (-0,2%).

    Nos componentes da oferta, o PIB da Agropecuária apresentou queda de 0,9% na comparação com o mês de julho, ao passo que no acumulado em doze meses houve variação positiva de 0,8%. No que tange o PIB da Indústria, foi registrado avanço de 1,2% na passagem mensal e retração de 0,4% em doze meses, sendo essa a maior retração desde abril de 2013. Já o PIB de Serviços apresentou leve acréscimo na variação mensal (0,1%), além de crescimento de 1,4% no resultado acumulado em doze meses.

    Pela ótica da demanda, o Consumo das Famílias mostrou estabilidade na variação mensal (0,0%), acumulando alta de 1,6% em doze meses, que apesar de positivo, está em desaceleração desde março de 2014. O Consumo do Governo apresentou queda de 0,2% em comparação com o mês anterior, enquanto no acumulado em doze meses a variação registrada foi de 2,0%. A Formação Bruta de Capital Fixo mostrou o maior avanço na comparação mensal (1,8%), entretanto registrou forte queda em doze meses (-3,8%). Em relação ao setor externo, foi visto queda de 6,8% nas Exportações de Bens e Serviços no que se refere à passagem mensal, apesar do acréscimo de 4,3% no acumulado em doze meses. No mais, as Importações de Bens e Serviços apresentaram queda de 2,7% na variação mensal e avanço de 1,5% no acumulado em doze meses.

    O resultado do mês de agosto reflete o fraco desempenho da economia brasileira nos últimos meses, com uma recomposição parcial das perdas na indústria e nos investimentos, em detrimento as perdas vistas nos componentes de consumo e no setor externo. Ademais, contribuem para o resultado tanto o baixo crescimento econômico mundial, quanto a inflação que ultrapassa o teto da meta, as elevadas taxas de juros do país e o baixo grau de confiança tanto dos consumidores quanto dos empresários.

    Criação de empregos na Industria de transformação diminui em setembro

    Foi divulgado na quarta-feira (15/10), pelo Ministério do Trabalho, os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Segundo o CAGED, houve criação de apenas 123.785 vagas em setembro de 2014. Na série ajustada (que considera as informações entregues fora do prazo), o saldo gerado no acumulado do ano (904.913 vagas) foi inferior ao acumulado no mesmo período dos anos anteriores, inclusive 2009, auge da crise internacional.

    A Indústria de Transformação brasileira apresentou crescimento de 0,30% no mês. O setor de alimentos, bebidas e álcool foi o principal destaque positivo (1,43%). Os principais destaques negativos foram: borracha, fumo e diversos (-0,82%), calçados (-0,49%), materiais de transporte (-0,45%) e metalurgia (-0,23%). No acumulado de 2014 até o nono mês, o setor apresentou saldo positivo de 55.479 vagas, variação de 0,66% em relação ao mesmo período de 2013, bastante inferior ao visto nos anos anteriores.

    A geração de empregos na indústria de transformação paulista ficou estável (0,0%) em setembro, na comparação ao mês anterior, com abertura de apenas 64 vagas. O setor de calçado foi destaque positivo no mês (0,43%), seguido de borracha, fumo e couro (0,32%). Já os destaques negativos foram: material de transporte (-0,38%); material elétrico e de comunicação (-0,18%); alimentos, bebidas e álcool (-0,15%). No ano de 2014, a indústria de transformação paulista acumulou um saldo negativo de 9.018 vagas, representando uma queda de 0,31% no nível de emprego. Apenas este ano apresentou resultados negativos nesta base de comparação.

    Produção industrial dos Estados Unidos cresce 3,2% no terceiro trimestre

    A produção industrial dos Estados Unidos avançou 1,0% em setembro, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (17/10) pelo Federal Reserve (FED, o Banco Central americano). O resultado mostra a retomada da atividade industrial, já em agosto foi apontado recuo de 0,2% na atividade fabril. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o setor exibiu expansão de 4,3% em sua produção.

    Na avaliação trimestral, contra igual período do ano precedente, a produção industrial apresentou crescimento de 3,2% no terceiro trimestre de 2014, ante aumento de 5,5% apresentados no trimestre anterior. Na passagem mensal, a indústria de transformação cresceu 0,5% no nono mês do ano, recompondo as perdas auferida no mês de agosto (-0,5%). Em relação ao mesmo período do ano anterior, o setor mostrou crescimento de 3,7%. Já a indústria extrativa avançou 1,8% na leitura mensal, mostrando forte aceleração em relação a agosto (0,3%). Na variação interanual, foi visto crescimento de 9,1%.

    Os destaques positivos em setembro foram as atividades de computadores e produtos eletrônicos, além das empresas do setor de energia elétrica e aeroespacial. A produção de bens de consumo cresceu 0,5%, ante variação de -0,7% em setembro. Já a produção de equipamentos cresceu 0,3% no mês, após recuo de 0,2% na divulgação passada. A Utilização de Capacidade Instalada da indústria americana cresceu 0,6 p.p., chegando a 79,3%. Em relação a setembro de 2013, o crescimento foi de 2,9 p.p.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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