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Informativo eletrônico - Edição 1572 Quarta-Feira, 05 de novembro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Indicadores de emprego mostram melhora e estabilidade em outubro

    Economia Internacional

  • Economia da União Europeia deverá apresentar crescimento de 1,3% em 2014
  • Markit: PMI da Zona do Euro apresenta leve avanço em outubro
  • PMI composto da China sofre recuo em outubro

  • Indicadores de emprego mostram melhora e estabilidade em outubro

    De acordo com dados divulgados hoje (05/11), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 4,3% em outubro, em comparação com setembro, livre de influências sazonais. Vale lembrar que no mês anterior o índice havia recuado 2,7%. A leitura mostra a primeira variação positiva desde dezembro de 2013, tendo atingindo o patamar de 74,7 pontos. O índice busca antecipar a situação do mercado de trabalho baseado nas Sondagens da Indústria, Serviços e Expectativa do Consumidor.

    O avanço em outubro reflete a elevação de alguns indicadores específicos, como o grau de otimismo do empresário industrial em relação aos próximos seis meses, cujo avanço registrado foi de 17,7%, e o grau de otimismo do setor de serviços, que cresceu 6,4%. Quanto a avaliação do consumidor com o nível de emprego, esta mostrou variação de 7,1%.

    A FGV também divulgou na manhã de hoje (05/11) o Índice Coincidente de Desemprego (ICD). O indicador ficou praticamente estável na passagem de setembro para outubro ao variar 0,1%, já expurgados os efeitos sazonais, após exibir aumento de 1,4% em setembro. Com esse resultado, o índice chegou a 72,2 pontos, ante 72,1 na leitura imediatamente anterior.

    Nas últimas sete leituras o ICD vinha apresentando variações positivas, sinalizando que a percepção do consumidor em relação ao mercado de trabalho é de piora efetiva, uma vez que, se o índice mostra elevação, a situação relativa ao desemprego tem piorado.

    Economia da União Europeia deverá apresentar crescimento de 1,3% em 2014

    A Comissão Europeia, a partir de suas previsões de outono, espera por um fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos meses de 2014, segundo dados divulgados ontem (04/11). A expectativa, em 2014, é de que o PIB real da União Europeia avance 1,3%, ao passo que na Zona do Euro, o crescimento deve ser de apenas 0,8%. Em relação ao ano de 2015, o crescimento projetado é de 1,5% e 1,1%, respectivamente, graças ao aumento da demanda interna e externa. Já em 2016, a expectativa é de que exista aceleração no crescimento do PIB, resultando em um avanço de 2,0% para a União Europeia e de 1,7% para a Zona do Euro. Tal aceleração se dará pelo fortalecimento do setor financeiro e pelos resultados das reformas estruturais implantadas anteriormente.

    Com relação ao investimento privado, a perspectiva é que exista uma recuperação progressiva de seus níveis, auxiliado pelo aumento nos níveis de demanda e pela recuperação econômica da região, embora seja inicialmente contido pela grande capacidade não utilizada. Em relação ao consumo privado, espera-se avanço nos anos de 2015 e 2016, principalmente pelos baixos preços das matérias-primas e aumento da renda disponível, em um cenário de melhora dos níveis de emprego. O consumo público, por outro lado, terá uma contribuição marginal para o crescimento. As exportações também registrarão apenas um aumento marginal no PIB, devido ao avanço moderado do comércio mundial esperado para os próximos anos.

    No que tange aos índices de inflação, os Países-Membros da União Europeia apresentaram uma tendência de queda no ano de 2014, devido aos baixos preços de matérias primas e ao fraco desempenho econômico da região. Tal tendência deverá manter-se nos últimos meses do ano. A perspectiva é de que, com a melhora da economia da União Europeia, em conjunto com o avanço dos salários, exista um avanço na inflação, também ocasionado pela desvalorização do euro. As projeções referentes à inflação são de 0,6% em 2014, 1,0% em 2015 e 1,6% em 2016.

    As recentes tensões geopolíticas, em conjunto com a fragilidade dos mercados financeiros e a possibilidade que as reformas estruturais não sejam realizadas completamente, fazem com que exista um risco de queda nas previsões de crescimento da região. Entretanto, para a retomada da economia, conforme foi ressaltado pelo vice-presidente da Comissão Europeia, é necessário que exista um reforço nos níveis de investimento, visto que, em última análise, é a partir deles que os níveis de emprego e crescimento conseguem se sustentar.

    Markit: PMI da Zona do Euro apresenta leve avanço em outubro

    O instituto Markit divulgou hoje (05/11) o Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto da Zona do Euro. De acordo com a leitura, excluídos os efeitos sazonais, houve leve aceleração do índice no mês de outubro ao atingir a métrica de 52,1 pontos (ante 52,0 pontos em setembro), mantendo-se abaixo da prévia divulgada em outubro (52,2 pontos). Essa é a décima sexta leitura consecutiva em que o índice apresenta resultados expansivos (acima de 50,0 pontos).

    O PMI da Indústria de Transformação, conforme relatado no Macro Visão 1570, chegou a 50,6 pontos, mostrando certa estabilidade em relação a setembro, ao passo que o PMI do Setor de Serviços apresentou leve variação, passando de 52,4 para 52,3 pontos em outubro (ficando abaixo de sua prévia, de 52,4 pontos). Nota-se, portanto, estabilidade no setor industrial, acompanhado de uma leve desaceleração dentre das atividades dos prestadores de serviço.

    No que diz respeito ao PMI do Setor de Serviços das maiores economias da Zona do Euro, foi registrado decréscimo no índice francês, passando de 48,4 para 48,3 pontos, indicando uma sutil aceleração no ritmo cadente do setor, reflexo da redução de novos negócios no país. Por outro lado, o setor apresenta desempenho vigoroso na Alemanha, cujo indicador está em 54,4 pontos, apesar de desacelerar seu ritmo expansivo frente ao resultado de setembro (55,7 pontos). A leitura reflete o menor ritmo de crescimento dos níveis de novos pedidos e de produção.

    Por fim, apesar do patamar do PMI Composto do bloco, deve-se ter cautela com os resultados da pesquisa. Segundo economista chefe do instituto Markit, a despeito da produção ter avançado em melhor ritmo no mês de setembro, a quase estagnação dos níveis de novos pedidos demonstram uma possível deterioração desse crescimento meses conseguintes. Além disso, os cortes de custos e as diminuições nas margens, possuem um grande efeito negativo, uma vez que, apesar de contribuírem para o aumento das vendas no curto prazo, causam o aumento do desemprego e a queda dos investimentos no longo prazo.

    PMI composto da China sofre recuo em outubro

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) composto da China diminuiu na passagem de setembro para outubro, de acordo com dados divulgados ontem (04/11) pela HSBC/Markit. O PMI chegou a 51,7, ante 52,3 em setembro. Apesar da queda na margem, o indicador continua acima dos 50 pontos, sinalizando que a atividade econômica se mantem expansiva, embora em menor ritmo.

    Tanto a indústria de transformação (cujo PMI foi apresentado no Macro Visão 1570) quanto o setor de serviços mostraram expansão na passagem do mês, apesar de alguns indicadores da indústria terem demonstrado maiores desacelerações, como saída de mercadorias. Já a desaceleração do setor de serviços foi mais amena, sendo que muitos indicadores permaneceram estáveis, como a contratação de trabalhadores, acompanhados de um leve crescimento no indicador de novos pedidos. O PMI de serviços chegou a 52,9, ante 53,5 em setembro.

    De acordo com o economista chefe do HSBC na Ásia, apesar dos serviços mostrarem melhor resultado que a indústria, ainda são esperadas medidas nos próximos meses para ajudar a compensar as pressões sobre a economia.

     
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