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Informativo eletrônico - Edição 1573 Quinta-Feira, 06 de novembro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Taxa de desemprego atinge 6,8% no segundo trimestre
  • IGP-DI acelera e varia 0,59% em outubro
  • PMI composto brasileiro sofre forte recuo e fica abaixo dos 50 pontos

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Vendas no varejo sofrem queda de 1,3% em setembro

  • Taxa de desemprego atinge 6,8% no segundo trimestre

    Segundo os dados apresentados hoje (06/11) pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, no segundo trimestre de 2014, a taxa de desemprego do Brasil foi estimada em 6,8%, o equivalente a 6,8 milhões de pessoas. Nota-se uma melhora tanto na comparação com o primeiro trimestre de 2014 (7,1%), quanto na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (quando a pesquisa exibiu taxa de 7,4%). Em 2015 a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) será substituída pela PNAD Continua como a principal pesquisa relacionada ao mercado de trabalho brasileiro. Dentre as principais diferenças entre as duas pesquisas, a PNAD destaca-se pela maior abrangência de municípios e pela diferença metodológica no que diz respeito à População em Idade Ativa.

    Na divisão regional, houve uma melhora em todos os resultados trimestrais. O Nordeste apresentou a maior taxa de desemprego (8,8%), apesar da melhora em comparação com o resultado do trimestre anterior (9,3%). A região Norte, por sua vez, registrou um nível de desocupação de 7,2% no segundo trimestre de 2014, ante resultado de 7,7% apresentado anteriormente. A região Sudeste registrou leve queda na passagem trimestral, uma vez que sua taxa de desocupação variou de 7,0% para 6,9%. A região Centro-Oeste exibiu taxa de 5,6%, leve melhora ante taxa de 5,8% na última pesquisa. Por fim, a menor taxa de desocupação regional foi a da região Sul (4,1%), que também apresentou melhora frente o resultado do trimestre anterior (4,3%). Vale ressaltar ainda que na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, todas as regiões mostraram taxas mais baixas.

    IGP-DI acelera e varia 0,59% em outubro

    O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou variação de 0,59% em outubro, mostrando aceleração em relação ao resultado de setembro, cujo aumento foi de 0,02%. No acumulado do ano até o decimo mês, o IGP-DI cresceu 2,22%, ao passo que em doze meses, o índice registra variação de 3,21%. Os resultados foram divulgados hoje (06/11) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA – DI), que representa 60% do IGP-DI, registrou acréscimo de 0,73% em outubro. Em setembro, o índice havia apresentado deflação de 0,18%. Na abertura por estágio de processamento, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 1,23% no mês, após exibir queda de 0,55% no mês anterior. Destaque para o aumento no preço das seguintes commodities: soja (-5,50% para 0,40%), café (-0,27% para 7,99%) e milho (-2,05% para 3,80%). O aumento visto nos Bens Finais (de 0,03% para 0,55%) reflete a forte influência dos preços registrados pelos alimentos in natura (e -5,66% para 2,65%). Por sua vez, o índice de preço dos Bens Intermediários aferiu expansão de 0,50%, revertendo o ritmo deflacionário visto na leitura anterior (0,09%).

    Na abertura do IPA por origem de processamento, destaque para o aumento dos preços dos produtos agropecuários (de -0,40% para 2,25%), seguidos em menor magnitude pelo avanço visto nos produtos industriais (de -0,10% para 0,17%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC – DI), que representa 30% do IGP-DI, registrou desaceleração ao avançar 0,43% em outubro, ante 0,49% aferidos no mês anterior. Dos oito itens analisados pela FGV, quatro apresentaram menor ritmo altista na passagem do mês: Transportes (0,51% para 0,16%), Educação, Leitura e Recreação (0,64% para 0,09%), Alimentação (0,55% para 0,49%) e Comunicação (0,67% para 0,32%). Já os grupos que sofreram acréscimo em suas taxas foram: Vestuário (0,02% para 0,99%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,50% para 0,61%) e Despesas Diversas (0,11% para 0,25%). Por outro lado, o grupo de Habitação exibiu a mesma taxa divulgada em setembro, de 0,48%.

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC - DI), que representa 10% do IGP-DI, avançou 0,17%, ante 0,15% em setembro. O índice de preços dos Materiais, Equipamentos e Serviços expandiu 0,37%, após avanço de 0,33% em setembro. Já Mão de Obra não apresentou variação (0,00%) pelo terceiro mês consecutivo.

    PMI composto brasileiro sofre forte recuo e fica abaixo dos 50 pontos

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) composto do Brasil voltou a ficar abaixo de 50 pontos em outubro (o que indica contração da atividade), de acordo com dados divulgados ontem (05/11) pelo instituto Markit e HSBC. O indicador regressou a métrica de 48,4 pontos no décimo mês do ano, ante 50,6 em setembro. De acordo com a publicação, a queda foi a mais forte desde maio de 2009, auge da crise econômica global.

    A queda teve forte influência do setor de serviços, cujo indicador passou de 51,2 para 48,2 pontos na passagem de setembro para outubro, a maior queda desde setembro de 2012. As empresas relatam condições contidas no mercado, em função das eleições recentes, com destaque negativo para o desempenho nas empresas de Intermediação Financeira. O número de empregados continuou a cair pelo terceiro mês consecutivo. Os resultados da indústria podem ser avaliados no Macro Visão 1571.

    De acordo com o economista chefe do HSBC no Brasil, os resultados mostraram o fraco ritmo da atividade econômica, com os índices de emprego e novos negócios recuando, em linha com a deterioração recente no poder de compra dos consumidores e seu alto nível de endividamento.

    Zona do Euro: Vendas no varejo sofrem queda de 1,3% em setembro

    O Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou ontem (05/11) o resultado das vendas no varejo na Zona do Euro. Na passagem de agosto para setembro, livre de influências sazonais, verificou-se queda de 1,3% no volume de vendas do setor. Apesar do forte recuo em seu último mês, as vendas do varejo no terceiro trimestre exibiram leve alta (de 0,2%), frente ao resultado do trimestre anterior, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve acréscimo de 0,6% nas vendas, forte desaceleração ante crescimento de 1,9% registrado no mês de agosto, na mesma base de comparação.

    O resultado negativo em setembro reflete a contração em dois dos três grandes grupos analisados. O setor Não-Alimentício exibiu decréscimos de 2,2% em suas vendas, acompanhado da leve retração no comércio de Alimentos, Bebidas e Fumo (-0,1%). Tais resultados foram amenizados pelo desempenho positivo nas vendas do setor de Combustível Automotivo (0,9%).

    Por fim, as maiores variações mensais dentre os países da Zona do Euro se deram em Malta (1,0%), Luxemburgo (0,9%) e Eslováquia (0,7%), ao passo que os resultados negativos que mais se destacaram foram registrados na Alemanha (-3,2%), Portugal (-2,5%) e Finlândia (-2,1%).

     
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