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Informativo eletrônico - Edição 1618 Terça-Feira, 27 de janeiro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Confiança do Consumidor chega a pior nível desde setembro de 2005
  • Confiança da Construção mantem trajetória cadente em janeiro

    Economia Internacional

  • Reino Unido: PIB cresce 2,6% em 2014
  • Alemanha: Índice de Clima de Negócios volta a melhorar em janeiro

    Dados da Economia Brasileira

  • Confiança do Consumidor chega a pior nível desde setembro de 2005

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de ontem (26/01) o Índice de Confiança do Consumidor (ICC). De acordo com a leitura, na passagem de dezembro para janeiro, já descontados os efeitos sazonais, foi constatada queda de 6,7% no índice, que passou de 96,2 pontos para 89,8 pontos. Importante salientar que esse é o menor patamar desde setembro de 2005. Frente ao mesmo mês do ano anterior, o índice apresentou retração de 17,1%, após queda de 13,2% registrada no mês de dezembro, na mesma base comparativa.

    A atual queda reflete a preocupação com a inflação, o mercado de trabalho, ajustes com as novas medidas econômicas (aumento de juros e impostos, mudanças em alguns benefícios sociais e etc.). O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 8,6% na passagem mensal, chegando a 88,5 pontos, ante 96,8 na leitura anterior (menor resultado já registrado pela série histórica). O resultado tem influência direta do pessimismo dos consumidores com o momento atual do país.

    Já o Índice de Expectativas (IE) passou de 96,8 para 90,8 pontos, computando uma taxa de variação negativa de 6,2%. O resultado sofreu forte influência do indicador de otimismo com a economia nos seis meses seguintes, que apresentou forte queda ao passar de 92,5 para 77,6 pontos, menor índice da série histórica.

    Confiança da Construção mantem trajetória cadente em janeiro

    O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu em 6,1% na passagem de dezembro para janeiro, livre de influências sazonais, de acordo com dados divulgados hoje (27/01) pela Fundação Getúlio (FGV). Assim, o indicador atingiu o patamar de 90,8 pontos, o menor valor desde seu início em julho de 2010. O resultado reforça o clima de pessimismo que vem atingindo o setor e a economia de forma geral, sem viés de recuperação no curto prazo.

    A principal dificuldade que o segmento apresenta está nas avaliações em relação ao estado atual dos negócios, não obstante, temos o mesmo sentimento para expectativas futuras. O índice da Situação Atual (ISA – CST) declinou 7,5% em janeiro após ter recuado 1,8% no mês anterior, alcançando 81,9 pontos, fruto da substancial queda da situação atual dos negócios (9,8%). Na mesma linha temos o Índice de Expectativas (IE-CST), com retração de 5,0% e chegando a 99,6 pontos no primeiro mês do ano.

    A economista da FGV responsável pela pesquisa explica que o clima desfavorável no setor sinaliza uma permanência da trajetória de redução de emprego e das atividades, já confirmada com a forte desaceleração no último trimestre de 2014 na geração de empregos.

    Por fim, também foi divulgado hoje pela FGV o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que no mês de janeiro apresentou variação de 0,70%, acelerando ante o registrado no mês anterior 0,25%. Destaque para a forte aceleração do grupo Mão de Obra, que passou de 0,24% em dezembro para 0,77% em janeiro. Já os preços dos Materiais, Equipamentos e Serviços apresentaram avanço de 0,53%, ante 0,29% na leitura precedente. Na variação acumulada em doze meses findos em janeiro, o INCC exibe alta de 6,74%.

    Reino Unido: PIB cresce 2,6% em 2014

    O Departamento de Estatísticas Nacionais (ONS) do Reino Unido divulgou na manhã de hoje (27/01) a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014. De acordo com a leitura, no ano passado o PIB britânico apresentou crescimento de 2,6% em comparação ao ano anterior. O resultado vem após os crescimentos de 0,6% no primeiro trimestre, 0,8% no segundo, 0,7% no terceiro e de 0,5% no quarto.

    Dentre os quatro grandes setores da economia, destaque para o avanço de 3,0% no setor de Serviços em 2014, contribuindo positivamente com cerca de 2,4 p.p. do resultado do PIB. Na abertura dos quatro trimestres de 2014, os resultados foram 0,8%, 1,0%, 0,8% e 0,8%, respectivamente. Todos as variações trimestrais foram sazonalmente ajustadas.

    O setor de Construção, por sua vez, avançou 6,0% em relação ao resultado de 2013. Seu crescimento no primeiro trimestre foi de 2,0%, seguido por variação de 1,7% no segundo, 1,6% no terceiro e -1,8% no último trimestre do ano.

    Já o PIB da Agricultura, silvicultura e a pesca mostraram alta de 2,1% frente ao no ano anterior. O setor registrou o seguinte desempenho ao longo do ano: avanço de 0,5% no primeiro trimestre, recuo de 0,2% no segundo trimestre, alta de 0,5% no terceiro trimestre e crescimento de 1,3% no quarto trimestre.

    A Indústria, por sua vez, avançou 1,5% no ano, crescimento menos intenso que os outros setores, refletindo o arrefecimento no final do ano (resultados trimestrais: 0,4%, 0,2%, 0,2% e -0,1%, respectivamente). Na abertura pelos subsetores industriais em 2014, destaque para a indústria de Transformação (2,5%), seguida por SIUP (0,7%) e pela indústria Extrativa (0,2%). O setor de Energia e gás mostrou queda de 5,0% na passagem de 2013 para 2014.

    Assim, o Reino Unido exibe uma forte recuperação, reflexo principalmente dos avanços do setor de serviços. Os bons resultados que a economia vem exibindo aumentam a pressão para a normalização da política monetária por parte do BoE (Banco Central da Inglaterra).

    Alemanha: Índice de Clima de Negócios volta a melhorar em janeiro

    Na manhã de ontem (26/01) o Instituto Ifo divulgou o seu Índice de Clima de Negócios da Alemanha. De acordo com a leitura, o índice avançou para 106,7 pontos em janeiro, já expurgados os efeitos sazonais, ante 105,5 pontos exibidos no mês anterior, completando assim o terceiro avanço consecutivo.

    O Índice de Situação Atual (ISA) atingiu 111,7 pontos, 1,9 ponto acima do resultado do mês de dezembro. O Índice de Expectativas mostra otimismo na passagem mensal (de 101,3 para 102,0 pontos). A leitura geral mostra uma retomada de confiança por parte da economia alemã, reflexo de um maior volume nas exportações devido à queda do euro; aumento dos gastos das famílias ao realocar seu orçamento que antes era destinado a produtos derivados do petróleo; ampliação do consumo do governo e da capacidade instalada. Pela primeira vez observa-se um clima favorável para o setor varejista, que aposta numa demanda interna mais pujante.

    O Índice de Clima de Negócios da Indústria e do Comércio contribuíram positivamente ao ascender para 6,6 pontos em janeiro, ante 4,2 pontos em dezembro. Na abertura por componentes, o clima de negócios na Indústria de Transformação cresce de 7,1 para 9,3 pontos, mesmo movimento visto no comercio Atacado, cujo indicador passou de 7,1 para 8,3 pontos. Por outro lado, a Construção mostrou piora em janeiro, passando de -5,3 para -5,8 pontos. O Varejo, por sua vez, muda de trajetória e passa a ter forte aceleração atingindo 3,2 pontos em janeiro, diante de uma queda acentuada de -4,3 em dezembro de 2014.

    A melhora no clima de negócios do país reflete a retomada do crescimento da economia alemã, conforme se observa na última divulgação do PIB (Macro Visão 1610). As recentes medidas de estimulo monetária divulgados pelo BCE (Banco Central Europeu) certamente contribuirão ao injetar alguma confiança e melhora no clima de negócios do país.

     
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