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Informativo eletrônico - Edição 1620 Quinta-Feira, 29 de janeiro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Taxa de desemprego tem média de 4,8% em 2014
  • IGP-M para janeiro registra elevação de 0,76%

    Economia Internacional

  • Confiança sobre economia na Zona do Euro registra elevação de 0,7 ponto em janeiro
  • Alemanha: taxa de desemprego chega a 4,8% em dezembro

    Dados da Economia Brasileira

  • Taxa de desemprego tem média de 4,8% em 2014

    Na manhã de hoje (29/01) foi divulgada a Pesquisa Mensal do Emprego (PME) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a leitura atual, a taxa de desemprego chegou a 4,3% em dezembro, exibindo expressiva queda frente a taxa registrada no mês de novembro (4,8%) e igualando o resultado observado em igual mês de 2013. Com isso, a taxa média de desemprego em 2014 foi de 4,8%, percentual inferior ao observado em 2013 (5,4%).

    Na abertura regional, o recuo mais expressivo da taxa de desocupação na passagem de novembro para dezembro foi constatado em Salvador (de 9,6% para 8,1%), seguido pela contração de Recife (de 6,8% para 5,5%). Registrou-se queda em todas as demais regiões abrangidas pela pesquisa: Porto Alegre (de 4,2% para 3,6%), Rio de Janeiro (de 3,6% para 3,5%), São Paulo (de 4,7% para 4,4%) e Belo Horizonte (de 3,7% para 2,9%).

    No que diz respeito à média anual, três dentre as seis regiões analisadas apresentaram avanço na comparação com o ano anterior, sendo elas: Salvador (de 8,1% para 9,0%), Recife (de 6,4% para 6,5%) e Porto Alegre (de 3,5% para 3,8%). Dentre as regiões que mostraram queda na taxa de desemprego, destaque para o Rio de Janeiro, com diminuição de 1,0 p.p. (de 4,5% para 3,5%). Já São Paulo apresentou recuo de 0,9 p.p. na comparação da média de 2013 com o resultado de 2014 (de 5,9% para 5,0%), enquanto que a taxa de Belo Horizonte caiu 0,5 p.p. (de 4,2% para 3,7%).

    O rendimento real habitual médio dos trabalhadores apresentou crescimento de 2,7% em 2014, na comparação com o ano anterior, passando de R$ 2.049,35 para R$ 2.104,16. Na comparação 2003 (R$ 1.581,31), os ganhos acumulados foram de 33,1%.

    Na abertura regional, na mesma base comparativa, o incremento mais expressivo se deu no Rio de Janeiro (6,4%), cujo rendimento médio real habitual passou de R$ 2.205,31 em 2013 para R$ 2.346,50 em 2014. As demais elevações foram de 4,1% em Recife (de R$ 1.500,82 para R$ 1.562,21), 3,3% em Porto Alegre (de R$ 2.018,86 para R$ 2.084,71), 1,7% em Salvador (de R$ 1.545,23 para R$ 1.572,23) e de 1,3% em São Paulo (de R$ 2.163,24 para R$ 2.192,43). Belo Horizonte, por sua vez, exibiu recuo de 0,1% no período (de R$ 1.991,54 para R$ 1.989,73).

    Por fim, na abertura por atividade, e com base na média anual, registrou-se contração da população ocupada na indústria (-2,8%), na construção (-1,8%), em serviços domésticos (-1,7%) e no comércio (-1,1%). Por outro lado, vale salientar os avanços em intermediação financeira e atividades imobiliárias (1,2%), educação, saúde e administração pública (0,4%), além de outros serviços (2,6%) e outras atividades (3,9%).

    IGP-M para janeiro registra elevação de 0,76%

    O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) avançou 0,76% em janeiro, de acordo com dados divulgados hoje (29/01) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acelerando em relação à taxa observada em dezembro (0,62%). Em janeiro de 2014, a variação foi de 0,48%. No período de 12 meses, o indicador acumula alta de 3,98%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que representa 60% do IGP-M, mostrou variação de 0,56% em janeiro, ante 0,63% em dezembro. A categoria de Bens Finais variou 1,57% em janeiro, após elevação de 1,05% em dezembro, com forte contribuição do grupo de alimentos in natura, que acelerou de 3,69% para 11,74%. Excluindo os grupamentos de alimentos in natura e combustíveis, o Índice de Bens Finas desacelerou de 0,73% para 0,59% no período. Por sua vez, o grupo de Matérias-Primas Brutas registrou deflação de 0,60% em janeiro, frente ao ligeiro aumento de 0,05% no mês antecedente, influenciados em especial por: grão de milho (9,75% para -0,49%), grão de soja (1,69% para -0,74%) e bovinos (3,59% para 1,0%). Em sentido contrário, destaque para os itens mandioca (0,45% para 12,67%), suínos (-9,41% para 0,21%) e leite in natura (-5,10% para -2,52%).

    Já a inflação do grupo de Bens Intermediários aumentou 0,51% em janeiro, desacelerando em relação à taxa computada em dezembro (0,69%), com destaque ao arrefecimento visto no subgrupo de Materiais e Insumos para Manufatura, cuja taxa passou de 0,56% para 0,32%. Considerando a exclusão de combustíveis e lubrificantes para produção, o grupo de Bens Intermediários (EX) variou 0,48% no primeiro mês de 2015, após ter exibido alta de 0,52% em dezembro do ano passado.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 1,35% em janeiro, ante taxa de 0,76% em dezembro. Seis das oito classes de despesa que compõem o índice registraram acréscimos em suas taxas de variação, sendo que a principal contribuição partiu do grupo Alimentação (0,85% para 1,66%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa saltou de 5,59% para 13,68%. Na mesma trajetória, observamos: Habitação (0,79% para 1,59%), Transporte (0,73% para 1,48%), Educação, Leitura e Recreação (1,23% para 2,35%), Despesas Diversas (0,19% para 1,26%) e Comunicação (0,53% para 0,55%). Nestas classes de despesas, alguns destaques: tarifa de eletricidade residencial (3,33% para 7,29%), ônibus urbano (-0,04% para 5,38%), cursos formais (0,00% para 5,62%), cigarros (-0,08% para 1,96%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,52% para 1,74%), nessa ordem. Em direção oposta, as classes Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 0,31%) e Vestuário (0,59% para 0,00%) desaceleraram no período.

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que representa 10% do IGP-M, apresentou variação de 0,70% em janeiro, após aumento de 0,20% em dezembro. O grupamento de Materiais, Equipamentos e Serviços mostrou aceleração de 0,27% para 0,62%, enquanto que a inflação do Custo de Mão de Obra passou de 0,24% para 0,77% no período.

    Confiança sobre economia na Zona do Euro registra elevação de 0,7 ponto em janeiro

    Nesta quinta-feira (29/01), a Comissão Europeia divulgou o resultado para janeiro de seu Indicador de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator, em inglês). O ESI da Zona do Euro teve alta de 0,7 ponto na passagem de dezembro para janeiro, atingindo o patamar de 101,2 pontos, ao passo que o indicador da União Europeia registrou elevação de 0,5 ponto, chegando à marca de 104,6 pontos. Os dados estão sazonalmente ajustados.

    A Confiança da Indústria mostrou relativa estabilidade (+0,2) na última leitura, ao registrar alguma melhora na produção e queda das encomendas de exportação. Já o setor de Serviços exibiu recuo de 0,8 ponto, devido à retração da confiança dos empresários diante de uma demanda mais fraca. Por sua vez, a Confiança do Consumidor ascendeu 2,4 pontos, tendo em vista melhores expectativas em relação ao futuro dos consumidores e à situação econômica geral. No mesmo sentido, o indicador do Comércio cresceu 1,6 ponto no período.

    Dentre os principais países da Área do Euro, o ESI cresceu na Alemanha (+0,4), Espanha (+1,0) e Itália (+2,6), mas contraiu na França (-0,4) e Holanda (-1,2). Considerando os membros da União Europeia, destaque ainda para o Reino Unido, cujo indicador saltou 0,6 ponto entre dezembro e janeiro.

    No setor manufatureiro da Zona do Euro, o nível de utilização da capacidade instalada aumentou para 80,7% em janeiro (ante 80,0% em dezembro). Na União Europeia, o avanço foi de 0,6 ponto, atingindo o nível de 80,8%. Por outro lado, a utilização da capacidade no setor de serviços, que mostrara crescimento desde o início de 2013, recuou 0,3 ponto na Área do Euro e na União Europeia, chegando aos patamares de 87,5% e 88,2%, respectivamente.

    Alemanha: taxa de desemprego chega a 4,8% em dezembro

    Nesta quinta feira (29/01), o Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgou o resultado referente ao mercado de trabalho alemão para o mês de dezembro. De acordo com a leitura, já expurgados os efeitos sazonais, a taxa de desemprego da Alemanha chegou a 4,8%, ante taxa de 4,9% em novembro.

    O número de pessoas empregadas aumentou em 1,0% em dezembro, em comparação com o mesmo mês do ano anterior (411 mil novas vagas), repetindo a mesma taxa de crescimento dos dois meses anteriores. Já na comparação com novembro, livre de influências sazonais, verificou-se uma alta de 0,1% no número de pessoas empregadas (22 mil novas vagas).

    Estima-se que 1,91 milhão de pessoas estavam desempregadas no mês de dezembro de 2014, uma queda de 6,4% (137 mil pessoas) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Após realizados os ajustes sazonais, o número de desempregados para dezembro chegou a 2,01 milhões, o equivalente a uma retração de 1,5% na comparação com novembro.

    Assim, a economia alemã demonstra solidez em seu mercado de trabalho, em linha com o fortalecimento da demanda interna e o avanço de 1,5% do PIB no ano passado (Macro Visão 1610). Assim, através da recomposição do poder de compra dos trabalhadores, o país demonstra uma gradual recuperação frente os atuais conflitos geopolíticos e a instabilidade econômica presentes na Zona do Euro.

     
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