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Informativo eletrônico - Edição 1626 Sexta-Feira, 06 de fevereiro de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial de São Paulo cai 6,2% em 2014
  • IPCA avança 1,24% em janeiro
  • IGP-DI cresce 0,67% em janeiro

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção industrial de São Paulo cai 6,2% em 2014

    Na manhã de hoje (06/02) foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os resultados regionais referentes ao mês de dezembro de sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF). Segundo a publicação, a retração de 3,2% da produção industrial brasileira em 2014 (Macro Visão 1623) pode ser vista como reflexo da retração em 10 dos 15 locais abrangidos pela pesquisa, sendo que a maior retração foi constatada em São Paulo (-6,2%).

    No que tange ao resultado mensal, a queda de 2,8% na indústria brasileira reflete os desempenhos negativos observados em 12 das 14 regiões abrangidas pela pesquisa. Os recuos mais intensos foram verificados na Bahia (-7,9%), em Santa Catarina (-5,9%), em Goiás (-5,3%) e em Pernambuco (-4,1%). As únicas variações positivas nesta base comparativa foram registradas no Amazonas (3,2%) e no Ceará (1,7%).

    Em se tratando da passagem trimestral, 10 das 14 regiões pesquisadas exibiram resultados negativos no quarto trimestre, sendo que 8 delas registraram variações negativas mais intensas do que o resultado nacional (-1,6%). Os principais recuos foram verificados nos seguintes locais: Minas Gerais (-4,4%); Ceará (-3,8%); São Paulo (-3,6%); e Amazonas (-3,6%). Já as regiões que mostraram variação positiva na passagem do terceiro para o quarto trimestre foram: Pará (1,5%); Espírito Santo (1,4%); Bahia (1,1%); e Paraná (0,8%).

    Já no resultado acumulado em 2014, verifica-se que dentre as 10 regiões que apresentaram queda, 4 exibiram retrações mais expressivas do que a indústria nacional (-3,2%). Tais regiões foram: São Paulo (-6,2%); Paraná (-5,5%); Rio Grande do Sul (-4,3%); e Amazonas (-3,9%). Também exibiram retração, embora em menor intensidade do que o resultado geral do país: Rio de Janeiro (-3,0%); Minas Gerais (-2,9%); Ceará (-2,9%); Bahia (-2,8%); Santa Catarina (-2,2%); e Nordeste (-0,2%). Por outro lado, os principais resultados positivos foram constatados no Pará (8,1%) e no Espírito Santo (5,6%), reflexo dos avanços da indústria extrativa da região. Também exibiram avanços nessa base comparativa: Mato Grosso (3,0%); Goiás (1,7%); e Pernambuco (0,1%).

    Por fim, no que se refere a São Paulo, a queda de 6,2% no acumulado de 2014 foi a mais expressiva dentre as regiões pesquisadas e a mais intensa desde o resultado de 2009 (-7,4%). Vale salientar que das 18 atividades pesquisadas, 15 apresentaram queda em sua produção no ano passado. A principal contribuição negativa foi registrada em Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-17,0%), reflexo do recuo na produção de veículos e peças. Também exibiram forte recuo as atividades de Máquinas e Equipamentos (-10,1%), Metalurgia (-11,1%), Produtos de Metal (-7,8%), Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-7,3%) e Outros Produtos Químicos (-6,9%). Por outro lado, os setores que apresentaram ganhos em 2014 foram: Outros Equipamentos de Transporte (11,4%), impulsionado pela produção de aviões e vagões para transporte de mercadorias e passageiros; Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (5,7%), tendo em vista a maior produção de medicamentos; e Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (5,3%), reflexo do aumento da produção de telefones celulares e computadores pessoais portáteis.

    IPCA avança 1,24% em janeiro

    Hoje (06/02) o IBGE divulgou o resultado referente ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, o qual, segundo a publicação, chegou a 1,24% na passagem mensal. Esta foi a taxa mais elevada nesta base comparativa desde fevereiro de 2003 (1,57%). Já a variação acumulada em doze meses chegou a 7,14%, sendo esta a taxa mais alta desde setembro de 2011. Vale lembrar que o índice mensal havia aumentado 0,78% dezembro/14 e 0,55% em janeiro/14.

    Dentre as nove classes de despesas que compõem o IPCA, verificou-se aceleração em seis delas. O principal impacto é provindo de Alimentação e Bebidas (de 1,08% para 1,48%), contribuindo com 0,37 p.p. no resultado do IPCA de janeiro. Também apresentaram fortes impactos os grupos de Habitação (de 0,51% para 2,42%), que contribuiu com 0,35 p.p., e Transportes (de 1,38% para 1,18%), cuja contribuição chegou ao patamar de 0,34 p.p. no mês. Ainda referente ao grupo Habitação, seu resultado foi puxado pelo aumento nas tarifas de energia elétrica, cuja alta de 8,27% gerou impacto de 0,24 pp, o maior impacto individual no mês em evidencia. A classe de Transporte, por sua vez, reflete o aumento exibido nas tarifas de transporte público, a saber: ônibus urbano (8,02%), ônibus intermunicipal (6,59%), ônibus interestadual (1,21%), metrô (9,23%), táxi (2,63%), trem (8,95%).

    As demais acelerações foram constatadas nos grupos de Despesas Pessoais (de 0,70% para 1,68%), Educação (de 0,07% para 0,31%) e Comunicação (de 0,00% para 0,15%). Verificou-se menor ritmo de crescimento nos preços apenas na classe de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,47% para 0,32%). No mais, dois grupos apresentaram deflação na passagem de dezembro para janeiro, sendo eles Vestuário (de 0,85% para -0,69%) e Artigos de Residência (de 0,00% para -0,28%).

    Em se tratando do resultado dos preços livres e dos preços administrados, nota-se que o resultado do IPCA de janeiro foi fortemente influenciado pela aceleração dos preços administrados. Na passagem de dezembro para janeiro, os preços administrados passaram de 0,43% para 2,50%, ao passo que os preços livres mostraram uma leve desaceleração ao passaram de 0,88% para 0,87%. Com isso, o resultado acumulado em 12 meses do primeiro grupo chegou a 7,53%, ao passo que do segundo exibe alta de 7,02%.

    No âmbito regional, doze das treze regiões pesquisadas apontaram aceleração frente o resultado de dezembro. As taxas mais elevadas foram apresentadas no Rio de Janeiro (de 1,39% para 1,71%) e em São Paulo (de 0,63% para 1,51%), sendo que no acumulado em doze meses, tais regiões apontam inflação de 8,90% e 7,13%, respectivamente. Apenas Brasília mostrou desaceleração da taxa de inflação em janeiro (de 1,30% para 0,78%).

    Por fim, vale salientar que o IPCA inicia o ano com 0,64 p.p. acima do teto da meta de inflação (6,50%). Assim, é esperado que em 2015 a inflação continuará sofrendo com a pressão dos preços administrados, repasse cambial e ainda enfrentar a possibilidade de racionamento de agua e/ou energia, fazendo com que a inflação termine o ano acima do teto de sua meta.

    IGP-DI cresce 0,67% em janeiro

    O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou variação de 0,67% em janeiro, de acordo com dados divulgados hoje (06/02) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado mostra aceleração em relação a dezembro, quando o índice cresceu 0,38%. Em janeiro de 2014, a variação foi de 0,40%. O aumento é explicado pela aceleração dos preços ao consumidor. O índice acumula alta de 4,06% em doze meses.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA – DI) - que representa 60% do IGP-DI - variou 0,23%, ante 0,30% em dezembro. Na análise por estágio de processamento, destaque para o grupo de Bens Finais (1,24% para 1,55%), com forte influência do subgrupo de bens de investimento (0,30% para 1,50%). Por sua vez, os preços dos Bens Intermediários declinaram (0,32% para -0,15%), este resultado se deve a variação no subgrupo combustíveis e lubrificantes (de 1,43% para -1,17%). Já a situação deflacionaria do grupo Matérias-Primas Brutas (-0,87% para -0,93%) se intensificou entre dezembro e janeiro, com forte contribuição das seguintes commodities: grão de soja (0,91% para -4,99%), grão de milho (4,37% para -1,61%) e laranja (-6,44% para -9,71%).

    Já ao se avaliar o IPA-DI por origem de processamento, a desaceleração em janeiro pode ser explicada pelo fraco movimento dos preços dos produtos industriais (de 0,13% para 0,04%), e, de forma mais discreta, os preços agropecuários (de 0,72% para 0,70%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) - que representa 30% do IGP–DI - apresentou variação de 1,73% em janeiro, ante 0,75% no mês anterior, sendo o principal impacto na aceleração do índice geral. Das oito classes de despesas pesquisadas, seis sofreram acréscimo, sendo elas: Habitação (0,70% para 2,01%), explicada pela taxa de eletricidade residencial (2,65% para 9,41%); Transportes (0,66% para 2,39%); Educação, Leitura e Recreação (0,89% para 4,15%); Alimentação (1,06% para 1,64%) e Comunicação (0,49% para 0,52%). Em direção oposta, tivemos decréscimos: Vestuário (0,72% para -0,44%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,52% para 0,30%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC – DI) - que representa 10% do IGP-DI - apresentou variação de 0,92%, ante 0,08% no mês anterior. Os subitens de Materiais, Equipamentos e Serviços apresentaram crescimento de 0,97%, ante 0,18% no mês de dezembro. Já o custo da Mão de Obra teve variação de 0,87% em janeiro após ficar estável no mês anterior.

     
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