

Confiança do Empresário Industrial atinge recorde de baixa
A CNI divulgou ontem (17/03) o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) relativo ao mês de março. De acordo com a publicação, na passagem de fevereiro para março, o ICEI exibiu queda de 6,7%, desacelerando ante o recuo registrado na leitura anterior (-9,5%). Com tal resultado, o índice agora encontra-se 19,0 pontos abaixo de sua média histórica 56,5 pontos e alcança o seu novo mínimo histórico (37,5 pontos) desde o início da série, em janeiro de 1999. A série ainda não é ajustada sazonalmente. Também vale lembrar que índices abaixo de 50,0 pontos apontam pessimismo por parte do empresário industrial.
Também foi divulgado hoje (18/03) pela FIESP/CNI o Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI-SP). Segundo a leitura, o índice recuou para 33,8 pontos em março (ante 35,4 pontos em fevereiro), ficando agora 16,2 pontos distante do nível de estabilidade (50 pontos) e atingindo o pior resultado da série histórica, iniciada mensalmente em janeiro de 2010. Assim, o índice passa para o seu décimo oitavo mês em quadro de pessimismo, muito abaixo da média histórica (52,5 pontos). A queda de 4,5% em março mantém a tendência de retração vista em fevereiro (-5,9%), apesar da menor intensidade.
Na abertura do ICEI-SP, o indicador de condições atuais chegou a 27,3 pontos em março, novo mínimo histórico. Já o indicador de expectativas para os próximos seis meses recuou para o nível de 37,1 pontos, chegando, também, ao seu patamar mais baixo.
Na análise dos resultados de março, constata-se o crescente pessimismo do setor industrial paulista, uma vez que tanto o Indicador de Condições Atuais quanto o Indicador de Expectativas chegaram novamente aos seus novos mínimos históricos.
Assim, o cenário brasileiro mantém-se adverso para o empresário industrial, uma vez que sua confiança não apresenta sinais de recuperação dentro dos próximos meses.

Indicador antecedente da economia brasileira segue em tendência de queda
O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) sofreu queda de 1,3% em fevereiro, frente ao mês anterior, chegando assim ao nível de 92,3 pontos. O resultado vem após duas quedas consecutivas (1,7% em janeiro e 0,2% em dezembro de 2014). Os dados foram divulgados terça-feira (17/03) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo The Conference Board. O IACE é um índice composto de oito elementos que mede o ciclo econômico brasileiro, podendo assim, antecipar períodos de retração ou elevação.
No mesmo período, foi divulgado pela FGV/Conference Board, o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que sinaliza como se encontra o país no momento atual. Segundo a fundação, o ICCE mostrou crescimento de 0,1% atingindo a marca de 105,3 pontos, abaixo do verificado no mês anterior (alta de 0,6%), mas não suficiente para reverter a perda de dezembro (-1,5%).
Por fim, segundo os economistas responsáveis pelo relatório, a retração apresentada no mês de fevereiro está associada a fragilidade da economia brasileira, tendo as políticas fiscais e monetárias restritivas impactado o desempenho no curto prazo, podendo gerar efeitos positivos para o médio e longo prazo. Por outro lado, os entraves políticos enfraqueceram os indicadores de expectativas.


Zona do Euro: Deflação diminui em fevereiro
Hoje (18/03) o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da Zona do Euro referente ao mês de fevereiro. Segundo a publicação, no resultado acumulado em doze meses findos em fevereiro, foi constatada deflação 0,3% na região, desacelerando frente o resultado verificado em janeiro (-0,6%), na mesma base comparativa. Para efeito comparativo, no mesmo mês do ano anterior a inflação chegou a 0,7%. É importante ressaltar que excluindo os itens de energia, o nível de preços da área da moeda comum avança 0,6% em doze meses. No mais, o resultado encontra-se em linha com a prévia divulgada no dia 02/03 pelo Eurostat (Macro Visão 1640).
Na abertura por contribuições, os principais destaques negativos derivam dos itens de Combustíveis para Transporte (-0,64 p.p.) e Óleo de Aquecimento (-0,19 p.p.), uma vez que o baixo nível dos preços internacionais do petróleo nos últimos meses afetou diretamente o preço de seus derivados. Vale destacar a deflação de Telecomunicações, que contribuiu com -0,06 p.p. em fevereiro. Já dentre as principais contribuições positivas advém de Restaurantes e Cafés (0,12 p.p.), Aluguéis (0,11 p.p.) e Tabaco (0,07 p.p.).
Em se tratando dos países-membros da Zona do Euro, destaque para a inflação verificada em Malta (0,6%), Áustria (0,5%) e Itália (0,1%). Por outro lado, as principais deflações do período foram registradas na Grécia (-1,9%), Lituânia (-1,5%) e Espanha (-1,2%). Também registraram variação negativa no seu índice de preços Alemanha (-0,1%) e França (-0,3%), as duas mais importantes economias da região.
Por fim, ainda é incerto qual será o impacto dos estímulos monetários adotados pelo Banco Central Europeu (BCE) no início de março, que visa reverter o cenário atual de deflação enfrentada pela Zona do Euro, sendo ela, em grande parte, reflexo das expressivas variações do preço internacional do petróleo.

Balança Comercial da Zona do Euro registra € 7,9 bilhões de superávit em janeiro
A Balança Comercial da Zona do Euro registrou superávit de € 7,9 bilhões em janeiro, de acordo com dados divulgados hoje (18/03) pelo Departamento de Estatísticas Oficiais da União Europeia (Eurostat). O volume de exportações do bloco neste início de ano (€ 148,2 bilhões) é um pouco menor do que aquele visto em janeiro do ano passado (€ 148,8 bilhões). Por outro lado, as importações exibiram queda de maior intensidade (de € 148,7 bilhões para € 140,3 bilhões, uma redução de 6%).
Portanto, o aumento de superávit verificado neste mês (de € 0,1 bilhão em jan/14 para € 7,9 bilhões em jan/15) está fortemente relacionado à retração do consumo de produtos estrangeiros.
Entre os países-membros, os maiores superávits foram verificados na Alemanha (€ 16,1 bilhões), Holanda (€ 4,8 bilhões) e Irlanda (€ 3,3 bilhões). Já os destaques negativos vão para França (- € 5,8 bilhões), Espanha (- € 2,4 bilhões) e Grécia (- € 1,3 bilhões).



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