Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1656 Quarta-Feira, 25 de março de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Déficit de Transações Correntes chega a US$ 6,9 bilhões em fevereiro
  • FGV: Confiança do Consumidor volta a recuar em março

    Economia Internacional

  • Alemanha: Índice de Clima de Negócios exibe sexto avanço consecutivo
  • CPB Netherlands: Comércio Mundial recua 1,4% em janeiro

    Dados da Economia Brasileira

  • Déficit de Transações Correntes chega a US$ 6,9 bilhões em fevereiro

    O déficit em Transações Correntes chegou a US$ 6,9 bilhões em fevereiro, de acordo com dados apresentados ontem (24/03) pelo Banco Central (BCB), abaixo da expectativa de mercado (US$ 7,6 bilhões). O déficit é inferior ao registrado no mês anterior (US$10,7 bilhões), como também ao registrado no mês de fevereiro de 2014 (US$ 7,4 bilhões). Após esta leitura, o déficit na conta chegou a US$ 89,9 bilhões em doze meses, equivalente a 4,22% do PIB.

    A redução do déficit é explicada pelo resultado das seguintes contas: o saldo comercial foi negativo em US$ 2,8 bilhões em fevereiro, inferior ao mês anterior (US$ 3,2 bilhões). A conta de serviços e rendas, no geral deficitária, revela saldo negativo de US$ 4,2 bilhões, reduzindo o déficit frente a fevereiro de 2014 (US$ 5,4 bilhões). O aumento do dólar já vem impactando diretamente as viagens internacionais e as remessas de lucros ao exterior (que quando convertidas de real para dólar mostram redução). As contas também mostram redução do déficit em relação a 2014, quando se comparado o acumulado do ano nos dois primeiros meses.

    Já a Conta Capital e Financeira registrou superávit de US$ 7,6 bilhões, sendo US$ 2,2 bilhões proveniente dos investimentos estrangeiros em carteira. Por sua vez, os Investimento Estrangeiro Direto (IED) atingiram US$ 2,8 bilhões, um pouco abaixo do que o mercado previa (US$ 3,2 bilhões). Para o período de doze meses, IED contabilizou US$ 60,1 bilhões, cerca de 2,82% do PIB.

    Por fim, quanto às Reservas Internacionais, obteve-se no conceito liquidez (considerando títulos em dólar e outros recursos) o patamar de US$ 372,1 bilhões em fevereiro, queda de US$ 20 milhões diante do mês passado. Por outro lado, no conceito caixa, as reservas chegaram a cifra de US$ 362,5 bilhões (aumento de US$ 780 milhões frente ao mês anterior).

    FGV: Confiança do Consumidor volta a recuar em março

    Nesta quarta-feira (25/03) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou o resultado do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) para março de 2015. De acordo com a divulgação, já descontados os efeitos sazonais, na passagem mensal foi registrada queda de 2,9% no índice (que passou de 85,4 para 82,9 pontos), e, além de completar o terceiro recuo seguido, também atinge o novo recorde de pessimismo na série histórica. Na avaliação interanual, o índice do presente mês registrou declínio de 22,7%, superando o resultado de fevereiro (-20,4%), em igual base comparativa.

    O Índice de Situação Atual (ISA) teve grande impacto no indicador com redução de 5,6% (de 82,3 para 77,7 pontos), refletindo o grau de satisfação da economia atual, com aumento da participação dos consumidores que estimam como ruim o presente momento (de 71,6% pra 77,6%), e redução daqueles que consideram como boa situação econômica (de 5,8% para 4,5%).

    Corroborando com o clima pessimista, temos queda do Índice de Expectativas (IE) em 1,4% na leitura de março (de 87,0 para 85,8 pontos), em grande medida pela deterioração da percepção financeira das famílias, com aumento de 10,5% para 12,9% daquelas que consideram piora da situação no futuro.

    Segundo economista da FGV, a população está apreensiva diante de uma fraca economia, aumento da inflação e um arrefecimento do mercado de trabalho, além das agitações no ambiente político.

    Alemanha: Índice de Clima de Negócios exibe sexto avanço consecutivo

    O instituto Ifo divulgou hoje (25/03) os dados de seu Índice de Clima de Negócios referentes ao terceiro mês do ano. De acordo com a leitura, descontados os efeitos sazonais, o índice exibiu avanço de 1,1 ponto na passagem de fevereiro para março, chegando a 107,9 pontos, ante 106,8 pontos na leitura anterior. Dessa maneira, o indicador completa sua sexta alta consecutiva, seguindo a tendência do sentimento econômico do país (Macro Visão 1650) e alcançando o maior patamar desde julho de 2014 (108,0 pontos).

    As empresas demonstraram satisfação tanto com a atual situação econômica do país quanto com as expectativas de expansão econômica para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) passou de 111,3 pontos em fevereiro para 112,0 pontos no mês de março, sendo este o melhor resultado do indicador desde julho de 2014 (113,3 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) chegou ao seu quinto avanço consecutivo, chegando a 103,9 pontos neste mês, ante 102,5 pontos no mês imediatamente anterior.

    No que tange ao Índice de Clima de Negócios da Indústria e do Comércio, verifica-se avanço de 6,7 para 8,8 pontos na passagem mensal. Na abertura por componentes, a Indústria de Transformação destacou-se ao alcançar o patamar de 12,5 pontos, ante 9,5 pontos no mês anterior. Também registraram resultados positivos os indicadores relativos ao Varejo (de 3,3 para 5,2 pontos) e ao Atacado (de 8,2 para 10,1 pontos). Somente o índice relativo à Construção registrou queda neste mês (de -5,8 para -7,8 pontos).

    Estes efeitos positivos na economia alemã podem ser vistos como reflexo de um cenário mais favorável, com desvalorização cambial e a recuperação de seus principais clientes externos (principalmente membros da zona do euro), sinalizando que o país deve crescer de maneira sólida no primeiro trimestre do ano.

    CPB Netherlands: Comércio Mundial recua 1,4% em janeiro

    Na passagem de dezembro para janeiro o comércio mundial recuou 1,4%, descontados os efeitos sazonais, segundo dados divulgados ontem (24/03) pelo CPB Netherlands. Nos meses anteriores, as variações relativas ao volume do comércio mundial foram de +1,3% em dezembro e de -0,5% em novembro. Vale ressaltar que tanto as importações quanto as exportações exibiram retração no primeiro mês do ano, no nível de -2,4% e -0,5%, respectivamente.

    No que tange às economias desenvolvidas, os resultados das importações e das exportações mostraram-se divergentes. As importações avançaram, num total 0,2% na passagem mensal, reflexo do resultado positivo do Japão (2,3%) e da Zona do Euro (2,0%). Entretanto, constatou-se recuo tanto nos Estados Unidos (-1,4%) quanto no conjunto das demais economias desenvolvidas (-2,4%). Já as exportações do grupo recuaram 0,8%, sendo tal efeito ocasionado, principalmente, pela contração da atividade nos Estados Unidos (-2,6%) e na Zona do Euro. O Japão, seguindo a tendência oposta, apresentou avanço de 5,3% em suas exportações para o mundo.

    Já as economias emergentes exibiram queda de 5,0% em suas importações, com destaque para o recuo de 6,3% da Ásia Emergente, refletindo o atual arrefecimento da economia chinesa. Os demais recuos foram verificados nas seguintes regiões: África e Oriente Médio (-4,2%); Europa Central e Oriental (-3,5%); e América Latina (-2,7%). As exportações, por outro lado, registraram apenas leve queda na passagem mensal (-0,1%), efeito advindo da Ásia Emergente (-1,1%) e da África e Oriente Médio (-1,3%). Por outro lado, a região da Europa Central e Oriental exibiu forte avanço (4,0%), seguido pela América Latina, que, apesar da desaceleração, continua exibindo alta das exportações (1,1%).

     
     Copyright © 2014 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini