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Informativo eletrônico - Edição 1664 Terça-Feira, 07 de abril de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial paulista cresce 0,3% em fevereiro
  • Brasil: PMI composto indica retração da atividade econômica em março

    Economia Internacional

  • EUA: Atividade do setor de serviços desacelera em março
  • Zona do Euro: PMI Composto exibe nova aceleração em março

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção industrial paulista cresce 0,3% em fevereiro

    Hoje (07/04) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou os resultados regionais da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) referente fevereiro deste ano. De acordo com a leitura, a queda de 0,9% na produção industrial nacional no segundo mês do ano foi concentrada, visto que apenas 6 das 14 regiões avaliadas apresentaram contração na margem.

    As principais influências negativas na divulgação mensal, já retirados os efeitos sazonais, foram vistas em Rio de Janeiro (-7,1%), Bahia (-6,4%), Pernambuco (-2,3%) e Minas Gerais (-1,9%), todos estes valores superiores à média nacional (-0,9%). Ainda dentre aqueles que registraram queda, temos o Nordeste (-0,7%) e Espírito Santo (-0,4%). Em sentido contrário, sinalizando crescimento em fevereiro, destaque para: Pará (3,4%), Goiás (3,2%), Paraná (2,4%) e Amazonas (2,2%). Por sua vez, São Paulo, que detém a maior participação regional, apresentou leve alta de 0,3% na passagem de janeiro para fevereiro.

    Quando se comparado a fevereiro do ano passado, a queda de 9,1% na indústria brasileira foi disseminada em 12 das 15 regiões avaliadas, lembrando que, devido ao carnaval, o segundo mês deste ano apresentou dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior. Dentre as principais quedas na métrica interanual, destacam-se Bahia (-23,2%), Amazonas (-18,9%), desempenhos intimamente relacionados aos recuos dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Além destes, temos forte queda nas regiões do Paraná (-15,0%), Rio Grande do Sul (-13,7%), Rio de Janeiro (-11,8%) e São Paulo (-8,5%). Por outro lado, a produção industrial registrou forte elevação na comparação interanual no Espírito Santo (25,6%), refletindo o significativo crescimento do setor extrativo e de metalurgia, além do bom desempenho do Pará (9,3%) e Pernambuco (alta 2,3%).

    Para a região de São Paulo, especificamente, a produção industrial avançou 0,3% em fevereiro, após já ter exibido elevação de 7,3% no mês anterior, ambos resultados na série dessazonalizada. A despeito destas altas, o índice acumula retração de 7,0% neste primeiro bimestre do ano, frente a igual período do ano anterior.

    Por fim, na comparação de fevereiro de 2015 frente ao resultado de fevereiro de 2014, a indústria paulista apresentou queda de 8,5% em sua produção, chegando a sua decima segunda taxa negativa seguida nesta métrica de comparação, mantendo a expectativa de fraco desempenho apresentando nos últimos meses. O declínio se deve pela redução em 16 das 18 atividades avaliadas, sendo que os principais impactos negativos foram registrados em: veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,0%), de máquinas e equipamentos (-13,5%) e de produtos, produtos alimentícios (-8,7%). Por outro lado, a atividade do setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (14,8%) exibe forte crescimento quando comparado a fevereiro de 2014.

    Brasil: PMI composto indica retração da atividade econômica em março

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto do Brasil recuou em março, segundo dados informados ontem (06/04) pelo instituto HSBC/Markit. Na passagem de fevereiro para março, o índice passou de 51,3 para 47,0 pontos, já com ajustes sazonais, sinalizando retração da atividade econômica para o mês em questão, visto que o indicador ficou abaixo de 50,0 pontos. Vale lembrar que o indicador composto envolve os resultados dos PMI de serviços e da indústria.

    Quanto ao setor de serviços, o indicador passou de 52,3 para 47,9 pontos (sendo este o menor desde junho de 2009), resultante de um fraco desempenho de alguns subsetores: Intermediação Financeira, aluguéis e Atividades de Negócios. Em linha com este resultado, o Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação do Brasil (Macro Visão 1662) também contabilizou queda na passagem mensal (de 49,6 para 46,2 pontos). Esse é o nível mais baixo do indicador em 42 meses, ou seja, desde o resultado de agosto de 2011 (46,0 pontos).

    De acordo com a economista da Markit, alguns resultados positivos verificados em fevereiro tiveram duração curta, com a atividade economia já apontando queda em março, principalmente quanto a produção, no volume de novos negócios e no nível de emprego nos setores industrial e de serviços. Ainda segundo o boletim, os números do PMI nos três primeiros meses do ano sinalizam que o PIB do Brasil provavelmente será negativo neste primeiro trimestre de 2015.

    EUA: Atividade do setor de serviços desacelera em março

    Na manhã de ontem (06/04) o Instituto ISM dos Estados Unidos divulgou o Índice ISM para o setor de Serviços (NMI). No mês de março, verificou-se que o índice do segmento chegou a 56,5 pontos, representando uma redução de 0,4 ponto em relação à leitura do mês anterior (56,9 pontos). Apesar da desaceleração da atividade econômica do setor, o elevado patamar atual ainda indica forte ritmo de expansão. Vale salientar que leituras acima de 50,0 pontos indicam expansão da atividade do setor de serviços.

    Na abertura por componentes do NMI, destaque para o índice de atividade, que exibiu forte desaceleração na passagem mensal, mas segue em patamar expansionista (de 59,4 para 57,5 pontos). Também foi registrada desaceleração no índice de entregas de fornecedores (de 55,0 para 54,0 pontos). Já o índice relativo a estoques passou a exibir contração na passagem de fevereiro para março (de 54,5 pontos para 49,5 pontos).

    Dentre os indicadores que apresentaram aceleração do ritmo expansionista, destaque para o avanço de novos pedidos de exportação (de 53,0 para 59,0 pontos). Também houve aceleração do ritmo de alta nos índices de importações (de 51,0 para 55,5 pontos – em linha com o crescimento da renda domestica), de novas encomendas (de 56,7 para 57,8 pontos), de acúmulo de encomendas (de 53,0 para 53,5 pontos) e de emprego (de 56,4 para 56,6 pontos). O índice relativo aos preços, antes influenciados negativamente pela queda dos preços do petróleo, passou a exibir expansão (de 49,7 para 52,4 pontos).

    De maneira geral, apesar da desaceleração atual, o setor de serviços, com tendência predominantemente expansionista dos índices de atividade e de novas encomendas, continua contribuindo positivamente para a recuperação da economia americana.

    Zona do Euro: PMI Composto exibe nova aceleração em março

    Hoje (07/04) o Instituto Markit divulgou o resultado do Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto da Zona do Euro. Na leitura atual, o índice exibiu aceleração no crescimento da atividade econômica da região, passando de 53,3 para 54,0 pontos. Esta é a quarta aceleração consecutiva do índice, que alcança o maior patamar em 11 meses. Para fins de interpretação, vale salientar que índices acima de 50,0 pontos denotam expansão da atividade econômica da região em questão.

    Na abertura setorial, o PMI da Indústria de Transformação da Zona do Euro expressou crescimento do ritmo expansionista (de 51,0 pontos em fevereiro para 52,2 pontos em março), igual movimento apresentado pelo PMI relativo ao setor de Serviços (de 53,7 para 54,2 pontos).

    No que se refere aos países-membros do bloco, foi constatada aceleração na Alemanha (de 53,8 para 55,4 pontos), na Espanha (de 56,0 para 56,9 pontos) e Itália (de 51,0 para 52,4 pontos). Por sua vez, França (de 52,2 para 51,5 pontos) e a Irlanda (de 60,7 para 59,8 pontos) também apresentaram maior atividade econômica em março, embora em menor ritmo do que aquela verificada em fevereiro.

    Segundo economista-chefe do instituto Markit, não se pode afirmar que a Zona do Euro apresenta, efetivamente, uma recuperação sólida e sustentável de sua economia, mas certamente a região da moeda comum está em seu melhor período de crescimento desde 2011. Dessa forma, é esperado que no primeiro trimestre de 2015, o PIB da Zona do Euro avance cerca de 0,3%.

     
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