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Informativo eletrônico - Edição 1676 Segunda-Feira, 27 de abril de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado eleva projeções de inflação e de queda no PIB
  • Confiança do Consumidor exibe primeira alta do ano
  • Confiança da Construção avança 0,8% em abril

    Economia Internacional

  • EUA: Demanda por Bens de Capital recua em março

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado eleva projeções de inflação e de queda no PIB

    O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (27/04) pelo Banco Central, apontou nova revisão baixista no resultado do PIB em 2015, de -1,03% para -1,10%. Para o próximo ano, a mediana das estimativas segue no patamar positivo de 1,00%.

    Além de elevar a retração do PIB neste ano, o mercado também elevou as estimativas para o IPCA (de 8,23% para 8,25%), acompanhado pelo aumento das expectativas para os preços administrados (de 13,00% para 13,10%). Para 2016, o boletim manteve o crescimento de 5,60% da inflação, patamar verificado nas ultimas cinco leituras.

    Quanto a taxa de câmbio, o mercado ajustou suas apostas de R$/US$ 3,21 para R$/US$ 3,20 em 2015, acompanhando o ajuste do dólar nestas últimas semanas, podendo chegar a R$/US$ 3,30 em 2016. Por sua vez, a projeção da taxa básica de juros (Selic) permaneceu em 13,25% para este ano, podendo tal resultado ser alterado no próximo boletim devido a reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) nesta quarta-feira (29/04). Para 2016, a Selic deverá recuar para 11,50%, projeção esta verificada nas ultimas dezoito leituras.

    No que diz respeito ao setor externo, as avaliações do saldo comercial positivo em 2015 diminuíram (de US$ 4,30 bilhões para US$ 4,17 bilhões), e em 2016 permaneceram estáveis (US$ 9,95 bilhões). Já as projeções de déficit na conta de Transações Correntes chegaram a US$ 78,00 bilhões para 2015 e U$$ 71,30 bilhões em 2016.

    Por fim, continua-se esperando uma queda de 2,50% na produção industrial deste ano e um aumento de 1,50% no ano de 2016.

    Confiança do Consumidor exibe primeira alta do ano

    Hoje (27/04) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC). No mês de abril, já descontados os efeitos sazonais, o índice apresentou avanço de 3,3% na margem, na base dessazonalizada, registrando o primeiro avanço de 2015 e recuperando as perdas da leitura anterior (-2,9%).

    O resultado mensal foi puxado tanto pelas altas na avaliação da situação atual, quando das expectativas, tendo o indicador alcançado 85,6 pontos – ainda sinalizando pessimismo. Já na comparação interanual, foi constatado recuo de 20,1%, desacelerando após queda de 22,7% no mês precedente.

    No que tange ao Índice de Situação Atual (ISA), verificou-se alta de 3,3%, após três quedas consecutivas, chegando a 80,3 pontos. O subíndice de situação econômica atual apresentou a maior contribuição positiva no mês em questão.

    O Índice de Expectativas, por sua vez, passou de 85,8 pontos para 88,1 pontos na passagem de março para abril, computando aumento de 2,7%. Tal resultado advém da alta de 9,7% registrada pelo indicador de situação econômica futura.

    Segundo economista da FGV, apesar dos resultados positivos tanto na situação atual, quanto nas expectativas para os próximos meses, o nível de confiança do consumidor permanece em níveis historicamente baixos, sendo prematuro afirmar que houve alteração de sua tendência declinante.

    Confiança da Construção avança 0,8% em abril

    O Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou aumento de 0,8% em abril, após ajustes sazonais, voltando a subir após quatro quedas consecutivas e alcançando a métrica dos 76,8 pontos. Ainda assim, o resultado atual não anula a queda de 7,9% verificada em março, além de registrar perdas de 29,2% quando se comparado a igual mês de 2014. O indicador sinalizou melhora principalmente por causa da elevação no segmento de infraestrutura. Os dados foram divulgados hoje (27/04) peça Fundação Getúlio (FGV).

    Esta leve alta reflete os resultados opostos nos dois subíndices que compõem o ICST: o indicador que mensura a avaliação atual recuou na passagem de março para abril, ao passo que aquele que avalia as expectativas cresceu.

    De fato, o Índice da Situação Atual (ISA – CST) registrou declínio de 2,9% na passagem mensal, após já ter recuado 9,9% em março. Tal resultado é explicado pela queda de 5,7% na avaliação quanto a situação atual dos negócios, bem como o aumento do percentual de empresas do setor que sentem dificuldade na aquisição de crédito (de 20,6% em abril/14 para 34,1% em abril/15).

    Por sua vez, o índice de Expectativas (IE-CST) exibiu expansão de 3,7% neste mês, recuperando parcialmente as perdas aferidas em março (-7,1%). Esta melhora na confiança reflete o crescimento no indicador de otimismo dos empresários em relação à situação dos negócios nos seis meses, que variou 5,4% nesta leitura.

    Por fim, a FGV também divulgou o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) de abril, que acelerou de 0,36% para 0,65%, impactado pelo aumento nos custos com Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,41% para 0,95%) e nos custos com Mão de Obra (de 0,31% para 0,38%).

    EUA: Demanda por Bens de Capital recua em março

    Sexta-feira (24/04) o Census Bureau dos Estados Unidos divulgou a variação na demanda de bens de capital do país. Segundo a leitura, descontados os efeitos sazonais, as encomendas de bens de capital exclusos gastos militares e aeronaves, apontaram queda de 0,5% na passagem de fevereiro para março, chegando ao volume de US$ 68,2 bilhões. Apesar da nova retração, houve desaceleração frente a variação registrada no mês anterior (-2,2%). Vale lembrar que tal demanda age como indicador dos investimentos das empresas americanas.

    Entretanto, o nível de encomendas por novos bens duráveis avançou 4,0% na passagem de fevereiro para março, ante queda de 1,4% registrado no mês imediatamente anterior. Com o resultado, o valor agregado de encomendas chegou a US$ 240,2 bilhões no terceiro mês do ano.

    Apesar do avanço nas encomendas de bens duráveis, a tendência de queda de bens de capital afere desaceleração da atividade econômica no primeiro trimestre de 2015, também sinalizada pelo arrefecimento do indicador antecedente da economia (Macro Visão 1673) e pelos recentes recuos da produção industrial do país (Macro Visão 1671).

     
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