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Informativo eletrônico - Edição 1683 Quinta-Feira, 07 de maio de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IGP-DI desacelera para 0,92% em abril
  • Desemprego sobe para 7,9% no primeiro trimestre
  • Markit: PMI composto recua para 44,2 pontos em abril

    Economia Internacional

  • Markit: Atividade econômica global segue em expansão

    Dados da Economia Brasileira

  • IGP-DI desacelera para 0,92% em abril

    Hoje (07/05) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços- Disponibilidade Interna (IGP-DI). Na leitura referente ao mês de abril foi constatada variação de 0,92%, o que indica desaceleração frente ao resultado do mês anterior (1,21%). No acumulado do ano, o índice exibe alta de 3,37%, ao passo que no acumulado em doze meses findos em abril, houve variação de 3,94%. Neste mês, a descompressão dos preços agropecuários teve importante contribuição na desaceleração do IGP-DI.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) – responsável por 60% do IGP-DI – exibiu alta de 1,11% no mês em questão, desacelerando ante a taxa de 1,24% verificada no mês de março. Na abertura por estágios de processamento, o grupo referente a Bens Finais apresentou aceleração (de 0,54% para 1,07%), reflexo da alta dos preços de bens de consumo não duráveis exceto alimentação e combustíveis (de 0,43% para 1,75%). Os Bens Intermediários registraram aceleração da taxa de variação dos preços (de 1,07% para 1,62%), sendo que a principal contribuição para este movimento adveio do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção (de -1,06% para 0,74%). Já as Matérias-Primas Brutas apontaram forte desaceleração (de 2,34% para 0,54%), com contribuições negativas dos preços da soja em grão (de 8,66% para -1,67%), milho em grão (de 3,18% para -2,60%) e das aves (de 2,35% para -1,74%).

    Na avaliação por origem de processamento, o resultado do mês de abril é reflexo da alta dos produtos industriais (de 0,90% para 1,54%), ao passo que os produtos agropecuários mostraram estabilidade (de 2,10% para 0,03%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – responsável por 30% do IGP-DI – variou 0,61% no mês atual, ante 1,41% no mês precedente. Dentre as oito classes de despesa abrangidas pela pesquisa, quatro exibiram desaceleração: Habitação (de 3,71% para 0,57%); Transportes (de 0,67% para 0,05%); Alimentação (de 1,02% para 0,86%); e Educação, Leitura e Recreação (de 0,44% para 0,14%). Por outro lado, apresentaram maior taxa de inflação as seguintes classes: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,70% para 1,37%); Vestuário (de -0,33% para 0,76%); e Comunicação (de -0,07% para 0,07%). Vale salientar que a classe Despesas Diversas exibiu a mesma taxa de variação verificada no mês de março (0,61%).

    No mais, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) – responsável por 10% do IGP-DI – desacelerou de 0,62% para 0,46% na passagem de março para abril. Houve variação positiva dos subitens de Materiais, Equipamentos e Serviços (0,84%) e Mão de Obra (0,11%). No mês anterior, tais variações foram de 0,73% e 0,53%, respectivamente.

    Desemprego sobe para 7,9% no primeiro trimestre

    A taxa de desempregou atingiu 7,9% neste primeiro trimestre de 2015, após ter encerrado os últimos três meses de 2014 em 6,5%. O nível atual é o maior desde o primeiro trimestre de 2013, quanto a taxa chegou em 8,0%, e supera o verificado em igual período do ano anterior (7,2%). Os dados foram divulgados hoje (07/05) pelo IBGE através da PNAD Continua Trimestral, que passa agora a coletar dados do mercado de trabalho em todo território nacional (regiões e unidades federativas).

    Na leitura atual, a taxa mais expressiva foi verificada na região Nordeste (9,6%), ao passo que a menor esteve no Sul (5,1%). Quanto ao Sudeste, que detém a maior força de trabalho do país, a taxa de desocupação saltou de 6,6% para 8,0% na passagem trimestral. Por sua vez, na leitura por unidade federativa, o Rio Grande do Norte (11,5%) exibiu o maior índice, e a Santa Catarina (3,9%) a menor. Já São Paulo viu seu índice passar de 7,1% para 8,4% entre o quarto trimestre de 2014 e o primeiro trimestre deste ano.

    Nos primeiros três meses do ano também verificamos significativa elevação da população desocupada (de 6,5 para 7,9 milhões de indivíduos) implicando numa variação em 23% frente ao resultado do 4º trimestre de 2014, e de 12,6% frente a igual trimestre de 2014 (quando a desocupação estava em 7,0 milhões de pessoas). Por outro lado, o nível de ocupação foi estimado em 92,0 milhões de pessoas, obtendo redução de 0,9% frente o trimestre antecedente e avanço de 0,8% frente a primeira leitura de 2014.

    Por fim, o rendimento médio exibido pela PNAD atingiu a cifra de R$ 1.840, totalizando um acréscimo de 0,8% diante do trimestre anterior (R$ 1.825), e ficando estável frente ao mesmo período de 2014.

    Markit: PMI composto recua para 44,2 pontos em abril

    Ontem (07/05) foi divulgado pelo HSBC/Markit o Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto do Brasil. Segundo os dados referentes ao mês de abril, o índice caiu para o nível de 44,2 pontos, ante 47,0 pontos no mês anterior, já descontados os ajustes sazonais. O indicador chega, assim, ao segundo mês consecutivo abaixo da linha dos 50,0 pontos, sinalizando retração da atividade econômica do país. Vale ressaltar que o PMI Composto é formado através dos índices referentes ao setor de serviços e à indústria de transformação.

    No que tange ao setor de serviços, o indicador registrou nova queda, passando de 47,9 pontos em março para 44,6 pontos em abril. Esse é o pior resultado do indicador nos últimos 72 meses, reflexo da queda no volume de produção/atividade e de novos negócios do setor. O índice referente à indústria de transformação (Macro Visão 1681) também exibiu retração na passagem mensal (de 46,2 pontos para 46,0 pontos).

    Segundo economista da Markit, o cenário econômico recente, com níveis deprimidos de confiança e arrefecimento do mercado de trabalho impactam negativamente na atividade econômica do país, de modo que os primeiros resultados já conhecidos não demonstram perspectivas de recuperação durante o segundo trimestre de 2015.

    Markit: Atividade econômica global segue em expansão

    Conforme os dados divulgados ontem (06/05) pela Markit/JP Morgan, o PMI (Índice Gerente de Compras) Composto Global sinalizou nova expansão da atividade econômica no mundo. Apesar do índice desacelerar levemente de 54,8 para 54,2 pontos, na passagem de março para abril, o patamar atual (acima de 50,0 pontos) sinaliza crescimento.

    O indicador composto é um compilado dos resultados da indústria e de serviços. De fato, entre os meses de março e abril, a atividade do setor industrial cresceu (Macro Visão 1681), embora o índice recuado sutilmente de 51,7 para 51,0 pontos e atingindo o menor ritmo desde dezembro de 2012. O mesmo movimento foi visto no índice que avalia a atividade de serviços (de 55,2 para 54,9 pontos), reflexo dos índices de atividade (54,9 pontos), novos negócios (55,2 pontos) e de emprego (52,9 pontos), e mostrando robusteza neste setor em termos globais.

    Por fim, o ritmo expansivo do índice composto é explicado, principalmente, pelo elevado nível de produção (de 54,8 para 54,2 pontos) e de novos pedidos (de 54,7 para 54,4 pontos) no setor industrial e no de serviços. Cabe descartar também a melhora no indicador que mensura o nível de empregos (de 52,0 para 52,5 pontos) e na redução do índice de atrasos (de 51,1 para 50,6 pontos).

     
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