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Informativo eletrônico - Edição 1685 Segunda-Feira, 11 de maio de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Projeção para o PIB de 2015 continua piorando

    Economia Internacional

  • EUA: Taxa de desemprego recua para 5,4% em abril
  • Markit: Mercados Emergentes desaceleram em abril
  • China: Inflação acelera em abril

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: Projeção para o PIB de 2015 continua piorando

    Na manhã de hoje (11/05), o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que estima as expectativas das mais relevantes variáveis macroeconômicas analisadas pelo mercado. Segundo o informe, a queda esperada para o PIB de 2015 passou de 1,18% para 1,20%, completando a quarta revisão baixista seguida, ao passo em 2016 a mediana do mercado espera, pela quarta semana, um crescimento de 1,00% do PIB.

    Quanto ao IPCA no ano de 2015, as projeções passaram de 8,26% para 8,29% nesta divulgação, reflexo da elevação na projeção dos preços administrados (de 13,05% para 13,20%). Para 2016, o mercado aposta na redução da inflação para o patamar de 5,51%.

    No que tange a taxa básica de juros (Selic), as projeções não tiveram alteração, permanecendo em 13,50%, mostrando que os sinais provenientes da última ata do Copom (06/05) já eram esperados. Para 2016, a mediana do mercado atingiu 11,63%, após permanecer por dezoito semanas em 11,50%. Por sua vez, as expectativas para a taxa de câmbio permaneceram em R$/US$ 3,20 para 2015 e R$/US$ 3,30 para 2016.

    Em relação ao setor externo, o déficit aguardado para as transações correntes no ano 2015 cresceu (de US$ 78,55 bilhões para US$ 80,00 bilhões), em linha com menor superávit esperado para a balança comercial (de US$ 4,02 bilhões para US$3,00 bilhões)

    Por fim, as perspectivas para a produção industrial não sofreram alterações, exibindo recuo de 2,50% em 2015 e alta de 1,50% em 2016.

    EUA: Taxa de desemprego recua para 5,4% em abril

    Segundo dados divulgados na última sexta-feira (08/05) pelo Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS) dos Estados Unidos, a taxa do desemprego do país chegou a 5,4% no mês de abril, já descontados os efeitos sazonais, ante taxa de 5,5% no mês precedentes. O resultado atual também é inferior quando se comparado ao mesmo mês do ano anterior, quando a taxa de desocupação encontrava-se no nível de 6,2%, denotando a tendência de recuperação do mercado de trabalho do país.

    Estima-se que tenham sido criados cerca de 223 mil empregos na passagem de março para abril, livre de efeitos sazonais, resultado que mantém-se abaixo da média dos últimos doze meses (249 mil novas vagas), mas acima do registrado no mês anterior (85 mil novas vagas). Em abril de 2014, a criação de novas vagas de emprego havia chego a 330 mil. Na abertura por grupos, destaque para Serviços Profissionais e de Negócios, que registraram acréscimo de 62 mil novas vagas, acima da média dos últimos três meses (35 mil vagas). Já a indústria de transformação, por sua vez, exibiu avanço de apenas mil vagas na passagem mensal.

    Na abertura por gênero, a desocupação dentre os homens com 16 anos ou mais passou de 5,6% para 5,5%, ao passo que a taxa referente às mulheres com 16 anos ou mais avançou de 5,3% para 5,4% entre os meses de março e abril deste ano.

    Vale salientar que na última quarta-feira (06/05) o instituto ADP dos Estados Unidos divulgou os dados relativos ao emprego do setor privado do país. Na passagem de março para abril, já expurgados os efeitos sazonais, estima-se que foram criadas 169 mil novas vagas no setor privado, abaixo do registrado no mês anterior (175 mil vagas). No resultado atual, o destaque positivo foi o setor de Comércio, Transporte e Utilidades (44 mil vagas), enquanto que a principal contribuição negativa adveio da Indústria de Transformação (-10 mil vagas).

    Na comparação com o resultado constatado pelo BLS, verifica-se nova divergência, uma vez que este registrou o incremento de 213 mil novas vagas no setor privado, muito acima do verificado no mês precedente (94 mil vagas). Entretanto, vale salientar que a tendência entre as duas séries se mantém.

    Markit: Mercados Emergentes desaceleram em abril

    Na última sexta-feira 08/05, o HSBC e o instituto Markit exibiram o Índice de Mercados Emergentes (EMI), com a estimativa mensal de abril proveniente dos PMI compostos dos países deste grupo. De acordo com os dados, o EMI recuou de 51,5 para 51,3 pontos entre março e abril, em linha com o arrefecimento das economias participantes do grupo neste início de ano. Apesar do resultado, por estar acima dos 50,0 pontos, o índice sinaliza expansão da atividade econômica.

    No que tange as quatro grandes economias do grupo, destaque para o menor ritmo expansivo verificado no PMI composto da Índia (de 53,2 para 52,5 pontos) e da China (de 51,8 para 51,3 pontos). Por sua vez, o índice relativo à Rússia interrompe as sete leituras seguida de queda ao mostrar leve alta (de 46,8 para 50,8 pontos). Já o Brasil registrou o pior resultado no mês, com seu PMI Composto recuando de 47,0 para 44,2 pontos e acentuando a perspectiva de contração da atividade (Macro Visão 1683).

    Segundo avaliação dos economistas da Markit, as economias emergentes, que antes cresciam a dois dígitos, não irão mais contribuir como antes no crescimento mundial, principalmente no setor industrial. Os piores resultados são verificados no Brasil, país o qual o boletim acredita enfrentar uma recessão profunda em 2015. Além deste, os resultados da China e da Índia também decepcionaram, tendo apenas a Rússia exibido alguma recuperação marginal, embora ainda espera-se forte contração da atividade do país neste ano.

    China: Inflação acelera em abril

    Na última sexta-feira (08/05) o Departamento de Estatísticas Nacionais (NBS) da China divulgou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do país. No resultado acumulado em doze meses findos em abril, a inflação apresentou avanço de 1,5%, acelerando levemente frente o resultado de 1,4% registrado em fevereiro. Já na passagem mensal, a deflação de 0,2% foi menor do que aquela verificada no mês anterior (-0,5%).

    Na abertura por classes de despesa, ainda no acumulado em doze meses, destaque para os preços do segmento Alimentação, cuja variação de 2,7% contribuiu com 0,91 p.p. do resultado geral do índice. Também exibiram variação positiva nessa métrica: Vestuário (2,9%); Saúde e Artigos Pessoais (1,8%); Recreação e Educação (1,6%); Equipamentos Domésticos e Serviços de Manutenção (1,1%); e Habitação (0,6%). Por outro lado, registraram deflação: Bebidas e Fumo (-0,5%); e Transporte e Comunicações (-1,5%).

    No que tange ao resultado mensal, quatro dentre as oito classes pesquisadas apresentaram inflação: Vestuário (0,5%); Recreação e Educação (0,4%); Saúde e Artigos Pessoais (0,2%); e Habitação (0,1%). Somente o grupo de Alimentação registrou deflação no período (-0,9%). No mais, as classes de Bebidas e Fumo, Equipamentos Domésticos e Serviços de Manutenção, além de Transporte e Comunicações apresentaram estabilidade na passagem de março para abril (0,0%).

    Assim, apesar de apresentar leve avanço frente o resultado de fevereiro, a inflação acumulada em doze meses permanece abaixo da meta do governo chinês (3,5%), aumentando a vigilância por parte do Banco Popular da China, que voltou a cortar os juros diante da desaceleração da atividade econômica do país.

     
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