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Informativo eletrônico - Edição 1689 Sexta-Feira, 15 de maio de 2015
 

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Economia Brasileira

  • IGP-10 desacelera em maio, puxado por preços agropecuários
  • Indústria de São Paulo já fechou 18,5 mil vagas em 2015

    Economia Internacional

  • EUA: Fed de Nova York estima leve melhora da atividade industrial em maio
  • Reino Unido: Taxa de desemprego recua para 5,5%

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • IGP-10 desacelera em maio, puxado por preços agropecuários

    O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de maio apresentou crescimento de 0,52%, conforme os dados divulgados na manhã de hoje (15/05) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado mostra significativa descompressão frente ao resultado de abril (1,27%), no entanto, acima do resultado atingido no mesmo período de 2014 (0,13%). No acumulado de 12 meses, o IGP-10 chegou a 3,86%, aumento frente ao resultado acumulado até abril (3,46%). A desaceleração do índice tem forte contribuição do declínio nos preços dos produtos agropecuários.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) – que corresponde a 60% do IGP-10 – avançou 0,53% em maio, arrefecendo diante do mês anterior (1,45%). No que tange a segmentação por estágio de processamento, a categoria de Bens Finais (de 0,72% para 0,63%) registrou sutil desaceleração, sendo reflexo do subgrupo Alimentos in Natura (de 0,51% para -4,41%). Na mesma direção, os preços dos Bens Intermediários (de 1,51% para 1,06%) cresceram em menor ritmo em maio, ao passo que a categoria de Matérias-Primas Brutas exibiu deflação (de 2,31% para -0,27%), explicada pela dinâmica dos preços do grão de soja (de 7,40 % para -4,23%) e grão de milho (de 1,81% para -5,54%).

    Já na abertura do IPA-10 por origem de processamento, o resultado do IGP-10 de maio é influenciado pelos preços dos produtos agropecuários, que registraram significativa redução (de 2,10% para -1,29%). Por outro lado, temos um discreto aumento dos preços dos produtos industriais (de 1,20% para 1,25%)

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) – que representa 30% do índice – também mostrou descompressão na passagem para maio (de 1,01% para 0,57%). Esta mudança é explicitada pela baixa na inflação em cinco das oito classes de despesa que compõem o indicador: Habitação (2,51% para 0,56%), impactada pelo menor aumento da tarifa de eletricidade residencial (13,83% para 0,95%); seguida por Transporte (0,28% para -0,08%); Alimentação (0,88% para 0,74%); Educação, Leitura e Recreação (0,22% para 0,00%); e Despesas Diversas (0,63% para 0,61%). Por outro lado, verificou-se aceleração nos preços de Saúde e Cuidados Pessoais (0,88 para 1,53%), Vestuário (-0,37% para 1,04%) e Comunicação (-0,04% para 0,03%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC-10) – compõe 10% do IGP-10 – apresentou diminuição em maio (de 0,69% para 0,37%). Quanto aos seus subíndices, verificou-se menor crescimento dos preços dos Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,69% para 0,37%) e nos custos com Mão de Obra (de 0,53% para 0,06%).

    Indústria de São Paulo já fechou 18,5 mil vagas em 2015

    Segundo dados divulgados ontem (14/05) na pesquisa de Nível de Emprego da Industria Paulista, calculado pela Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP e CIESP), a indústria da região contratou 5 mil trabalhadores em abril, denotando fraco resultado, visto que a média de contratação para o mês em questão chega a 31 mil contratações. Na estimativa com ajuste sazonal, o emprego na indústria recuou 0,86% na passagem de março para abril.

    No ano, a indústria de São Paulo já fechou cerca de 18,5 mil vagas. Com exceção da queda registrada em 2009, ano da crise (e em que foram encerradas 32 mil vagas em igual período), este é o pior resultado desde o início da pesquisa, em 2005.

    Dos 22 setores analisados pela pesquisa, 16 demitiram, 5 contrataram e 1 ficou estável. O fraco desempenho no mês é explicado pela demissão de 5,8 mil pessoas no setor automobilístico, somado ao fechamento de 3 mil vagas na indústria de produtos de metal. Por sua vez, o saldo positivo foi sustentado pela indústria alimentícia, que criou cerca de 19,2 mil vagas.

    Por fim, das 36 regiões pesquisadas, 25 apresentaram redução no emprego e 11 indicaram elevação. Destaque para o avanço em Jaú (8,56%), Sertãozinho (3,91%) e Araraquara (2,66%), ao passo que Taubaté (-3,62%), São Caetano (-1,82%) e Jacareí (-1,81%) destacaram como as regiões com mais demissão.

    EUA: Fed de Nova York estima leve melhora da atividade industrial em maio

    Na manhã de hoje (15/05) o Federal Reserve Bank de Nova York (NY Fed) divulgou o Índice Empire State Manufacturing para os Estados Unidos. O indicador referente à condição geral dos negócios, que busca avaliar a situação atual da economia, passou de -1,19 pontos em abril para 3,09 pontos em maio. Já o índice de condição geral dos negócios referente aos próximos seis meses exibiu forte queda, variando de 37,06 pontos para 29,81 pontos na passagem mensal, mas mantendo-se em patamares positivos.

    Dentre os demais índices de situação atual, destaque para a expressiva queda no indicador de preços pagos (de 19,15 pontos para 9,38 pontos), indicando, assim, desaceleração no aumento dos custos. Já os preços recebidos passaram de 4,26 pontos para 1,04 pontos, indicando estabilidade dos preços de vendas de mercadorias. Em se tratando de novos pedidos, o índice passou de -6,00 pontos em abril para 3,85 pontos em maio. O índice relativo ao número de empregados, por sua vez, caiu de 9,57 pontos para 5,21 pontos, indicando um pequeno aumento no nível de empregos da indústria de transformação.

    No que tange aos próximos seis meses, o índice de novos pedidos registrou apenas leve avanço (de 33,57 pontos para 33,94 pontos), existindo, assim, uma perspectiva que, apesar de permanecer abaixo do registrado em 2014, mostra-se otimista. Por fim, foram destaque para a contração do índice de número de empregados (de 22,34 pontos para 16,67 pontos) e de preços recebidos (de 13,83 pontos para 7,29 pontos).

    Reino Unido: Taxa de desemprego recua para 5,5%

    Na última quarta-feira (15/05) o Departamento de Estatísticas Nacionais (ONS) do Reino Unido divulgou os resultados referentes ao mercado de trabalho no país. De acordo com a leitura, já descontados os efeitos sazonais, a taxa de desemprego chegou a 5,5% no trimestre findo em março, abaixo do registrado mesmo período do ano anterior (6,8%). Vale salientar que a taxa de desocupação considera apenas a proporção da população economicamente ativa que encontra-se desempregada.

    Estima-se que, no trimestre atual, cerca de 31,10 milhões de pessoas estejam trabalhando, uma alta de 564 mil novas vagas frente aos três primeiros meses de 2014. No mais, a proporção de pessoas entre 16 e 64 anos que encontram-se trabalhando chegou a 73,5%, o nível mais alto da série histórica iniciada em 1971.

    O número de desempregados, por sua vez, chegou a 1,83 milhões no trimestre atual, o que representa uma diminuição de 386 mil pessoas na comparação com o mesmo período de 2014.

    Dessa forma, a taxa de desemprego do Reino Unido mantém sua trajetória decrescente, tendo em vista o bom momento vivenciado pelo mercado de trabalho do país. Tal melhora, mostra-se, ainda, mais consistente do que a observada na Zona do Euro (Macro Visão 1679), que ainda sofre com a instabilidade econômica e geopolítica existente na região.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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