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Informativo eletrônico - Edição 1679 Quinta-Feira, 30 de abril de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Confiança da indústria recua 3,4% em abril
  • Confiança do setor de serviços registra a primeira alta do ano
  • Sondagem Industrial sinaliza nova queda da produção em março

    Economia Internacional

  • EUA: PIB avança 0,2% no primeiro trimestre de 2015
  • Zona do Euro: Taxa de desemprego permanece em 11,3% em março

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • Confiança da indústria recua 3,4% em abril

    Hoje (30/04), a FGV divulgou o resultado oficial do Índice de Confiança da Indústria (ICI) do mês de abril. Conforme o relatório, o ICI registrou queda de 3,4% neste quarto mês do ano (de 75,4 para 72,8 pontos), após ajuste sazonal, chegando ao menor resultado desde outubro de 1998. O resultado veio abaixo do que aquele divulgado em sua prévia (Macro Visão 1675), quando se apontou decréscimo de 3,2% na confiança.

    O Indicador de Situação Atual (ISA) apresentou alta de 1,1% (de 75,3 para 76,1 pontos), reflexo da maior satisfação no índice que mensura o ambiente geral de negócios (8,0%). Vale pontuar que a parcela de empresas que considera a situação atual dos negócios como ruim (38,1%) continua muito acima daquelas que avaliam como boa (8,1%).

    O Índice de Expectativas (IE) foi o responsável pela queda do ICI nesta leitura, dado a retração de 7,8% em abril, alcançando 69,6 pontos. O resultado é explicado pela queda no índice de produção prevista (-13,6%), além da queda da proporção de empresas que pretendem aumentar a produção nos próximos três meses (de 26,9% para 13,4%).

    Por sua vez, a Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou em 0,5 p.p. (de 80,4% para 79,9%) no período março para abril, retornando ao patamar verificado em julho de 2009.

    Confiança do setor de serviços registra a primeira alta do ano

    Na manhã de hoje (30/04) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice de Confiança de Serviços (ICS). Na passagem de março para abril, já descontados os efeitos sazonais, o índice registrou alta de 4,2%, recuperando parcialmente a forte queda evidenciada no mês anterior (-12,1%) e chegando ao nível de 85,9 pontos. Vale ressaltar que este é o primeiro avanço do ano e o nível atual do índice é o segundo menor da série histórica iniciada em junho de 2008.

    A recente alta do ICS possuiu grande contribuição das expectativas em relação aos próximos meses. No que tange ao avanço do Índice de Expectativas (IE-S) nota-se avanço de 7,0% na passagem mensal, ante queda de 10,7% no mês imediatamente anterior, reflexo da melhora no indicador de Demanda Prevista (10,1%) e do indicador de Tendência dos Negócios (4,0%). Já o Índice de Situação Atual (ISA-S) apresentou apenas leve avanço no mês em questão (0,2%), ante queda de 14,1% no mês anterior.

    Segundo a FGV, o avanço atual do índice não altera a perspectiva predominantemente pessimista das empresas em relação ao setor. No mais, a melhora nas expectativas no resultado atual pode indicar a acomodação do ICS após sua tendência de queda nos últimos meses, assim como a diminuição das incertezas conjunturais, como as existentes no cenário político e energético, por exemplo.

    Sondagem Industrial sinaliza nova queda da produção em março

    A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou ontem (29/04) a sua Sondagem Industrial. No resultado referente ao mês de março, o índice relativo à produção nacional do setor passou de 40,1 pontos para 48,2 pontos. A série ainda não é ajustada sazonalmente. Esta é a quinta leitura consecutiva em que o índice permanece abaixo da linha dos 50,0 pontos, indicando contração da produção.

    Também foi divulgada ontem (29/04) pela FIESP/CNI a Sondagem Industrial do Estado de São Paulo. O índice de março para a produção registrou melhora (de 37,9 para 48,5 pontos). Apesar de não registrar expansão desde outubro de 2013, o índice relativo à produção está mais próximo do nível de estabilidade (50,0 pontos).

    A Utilização da Capacidade Instalada também registrou desaceleração da queda no mês (de 31,8 para 36,4 pontos), enquanto o índice de estoques de produtos finais passou de 54,6 para 52,9 pontos, denotando o ainda elevado patamar de estoques.

    A indústria paulista continua mostrando resultados ruins para o mercado de trabalho, visto que o índice que mensura a evolução do número de empregados (41,6 pontos) mante-se em abaixo dos 50,0 pontos. No que tange às expectativas para os próximos 6 meses, foi registrada piora em dois dentre os cinco indicadores que são acompanhados, frente ao mês anterior.

    Quanto a avaliação dos empresários paulistas em relação a suas condições financeiras, o índice relativo à Margem de Lucro Operacional exibiu novo recuo no primeiro trimestre do ano (de 34,1 para 31,5 pontos), juntamente com o índice de Situação Financeira (de 42,8 para 39,7 pontos) e o índice de Acesso ao Crédito (de 34,3 para 30,4 pontos).

    Portanto, apesar da desaceleração das quedas alguns indicadores, a indústria paulista ainda apresenta baixa atividade, em especial no que diz respeito aos níveis de produção. Além disso, a queda dos indicadores de expectativa reforça o cenário adverso para o setor nos próximos meses.

    EUA: PIB avança 0,2% no primeiro trimestre de 2015

    Ontem (29/04) o BEA (Bureau of Economic Analysis) divulgou o resultado preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos para o primeiro trimestre de 2015. De acordo com a leitura, já descontadas as influências sazonais, o crescimento do país de janeiro a março chegou a 0,2%, a taxas anualizadas, exibindo forte arrefecimento em relação ao último trimestre de 2014 (2,2%). Vale ressaltar que a próxima estimativa do PIB para o primeiro trimestre do ano será divulgada no dia 29 de maio.

    Dentre os componentes do PIB, destaque para o Consumo, que foi responsável por 1,31 p.p. do resultado atual, mas arrefecendo fortemente frente a contribuição no trimestre anterior (2,98 p.p.). Os Serviços apontaram crescimento de 2,8% no trimestre, desacelerando ante o avanço de 4,3% no último trimestre do ano anterior. Assim, as Despesas com Consumo Pessoal (ou das Famílias) registrou arrefecimento na passagem trimestral (de 4,4% para 1,9%).

    Os Investimentos, por sua vez, representaram 0,34 p.p. no resultado atual, desacelerando ante a leitura do trimestre precedente (0,61 p.p.). Dentre os itens que o compõem, destaque para a queda nos investimentos de ativos fixos (de 4,5% para -2,5%), impactando negativamente o Investimento Privado (ou FBCF), cuja alta chegou a 2,0% na passagem do quarto trimestre de 2014 para o primeiro trimestre de 2015. Na leitura anterior, a alta verificada foi de 3,7%.

    Já os Gastos do Governo representaram contribuição negativa de 0,15 p.p., menor impacto negativo do que no trimestre anterior (-0,35 p.p.). A variação dos Gastos do Governo passou de -1,9% para -0,8%, reflexo das quedas do gasto estadual e local (de 1,6% para -1,5%), ao passo que os gastos na esfera federal apresentaram avanço no trimestre em questão (de -7,3% para 0,3%).

    O setor externo voltou a contribuir negativamente para a formação do PIB na leitura atual (-1,25 p.p.), e em maior intensidade do que o trimestre anterior (-1,03 p.p.). Este efeito foi ocasionado pela expressiva queda das exportações (de 4,5% para -7,2%) e avanço das importações, mesmo que em menor ritmo do que no trimestre anterior (de 10,4% para 1,8%). Vale lembrar que o dólar passa por um momento de apreciação perante a uma grande parte das moedas.

    Por fim, vale ressaltar que o arrefecimento da economia americana no primeiro trimestre já era esperado, conforme sinalizavam os indicadores antecedentes da economia (Macro Visão 1673), o fraco desempenho da produção industrial (Macro Visão 1671), a queda na demanda por bens de capital (Macro Visão 1676), além da contração da confiança do consumidor (Macro Visão 1678).

    Zona do Euro: Taxa de desemprego permanece em 11,3% em março

    Hoje (30/04) o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou a taxa de desemprego da Zona do Euro referente ao mês de março. De acordo com os dados, livre de efeitos sazonais, a taxa de desocupação permaneceu em 11,3% na passagem de fevereiro para março. Apesar de não mostrar alteração frente a fevereiro, o patamar atual está 0.4p.p. abaixo daquele aferido em março de 2014 (11,7%).

    Na análise dos países do bloco do Euro, as maiores estimativas foram encontradas na Grécia (25,7% em Janeiro), Espanha (23%) e Chipre (16,0%). Já aqueles que exibiram menores taxas foram: Alemanha (4,7%), Áustria (5,6%) e Luxemburgo (5,7%). Por sua vez, França e Itália, outras duas grandes economias da região, apresentaram taxas de 10,6% e 13,0%, respectivamente.

    O Eurostat também apresentou hoje (30/04) a prévia do índice de preços ao consumidor (CPI) da região referente ao mês de abril. De acordo com a divulgação, a inflação acumulada em doze meses atingiu a estabilidade (0,0%), após apresentar deflação nas ultimas quatro leituras. Quando se desconsidera os custos de energia no CPI, a inflação da Zona do Euro acumula alta de 0,7%.

    Por fim, dentre os itens que compõem o índice, destaque para a menor deflação em Energia (de -6,0% para -5,8%), bem como a aceleração no índice de preços dos Alimentos, álcool e tabaco (de 0,6% para 0,9%). Por sua vez, a inflação de serviços evidenciou sutil desaceleração (de 1,0% para 0,9%).

     
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