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Informativo eletrônico - Edição 1694 Sexta-Feira, 22 de maio de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IPCA-15 desacelera em maio
  • FIESP/CNI Sondagem Industrial paulista indica novo recuo da produção em abril

    Economia Internacional

  • EUA: Inflação exibe alta de 0,1% em abril
  • Alemanha: Clima de Negócios recua em maio
  • Alemanha: PIB exibe alta de 0,3% no primeiro trimestre do ano

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • IPCA-15 desacelera em maio

    Na manhã de hoje (22/05) o IBGE divulgou os resultados do índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA– 15) para o quinto mês do ano. Segundo a pesquisa, o IPCA-15 desacelerou na passagem de abril para maio (de 1,07% para 0,60%), mas superou o resultado verificado em maio de 2014 (0,58%). Com a leitura, o indicador já acumula alta de 5,23% no ano, ao passo que em doze meses, a inflação acelerou sutilmente de 8,22% para 8,24%, atingindo o maior patamar desde janeiro de 2004 (8,46%).

    Na abertura por classe de despesa, cabe destacar, novamente, a descompressão dos preços da Habitação (de 3,66% para 0,85%), explicado pela dinâmica dos preços da energia elétrica (que haviam crescido 13,02% em abril e crescem apenas 1,41% neste mês). A classe Transporte (de 0,33% para -0,45%) também exerceu grande pressão baixista para o índice de preços, refletindo a queda acentuada de 23,61% nas passagens aéreas e redução de 0,83% dos combustíveis. Além destas classes, verificou-se desaceleração nos preços das Despesas Pessoais (de 0,57% para 0,18%), Artigos de Residência (0,68% para 0,41%), Vestuário (0,94% para 0,80%) e Educação (de 0,14% para 0,09%).

    Por outro lado, a classe Saúde e Cuidados Especiais (de 0,44% para 1,79%) exerceu a maior pressão na inflação de maio, captando o reajuste médio de 3,71% nos produtos farmacêuticos (que registraram o maior impacto individual no IPCA-15, de 0,12 p.p). Destaque também para a classe de Comunicação (de -0,30% para 0,22%) e a pequena aceleração nos preços dos Alimentos e Bebidas (de 1,04% para 1,05%).

    Sob outra ótica de análise do IPCA-15, os preços administrados constataram uma forte desaceleração na variação mensal, passando de 2,14% em abril para 0,90% em maio, permanecendo em elevado patamar. No ano, tais preços acumulam elevação de 10,04%, ao passo que em doze meses a variação chega a 13,34%. Por sua vez, os preços livres cresceram 0,51% neste mês, abaixo da taxa estimada em abril (0,74%). Em doze meses, o aumento destes preços revelou aceleração de 6,67% para 6,73%.

    Por fim, quanto a dinâmica da inflação por região, destaque para a expansão significativa em Fortaleza (1,23%) e pela menor inflação de Brasília (0,14%). Já São Paulo, que detém maior peso entre as regiões (31,68%), também exibiu desaceleração no mês (de 0,95% para 0,58%), tendo seu índice acumulado alta de 8,10% em doze meses, abaixo do resultado nacional.

    FIESP/CNI Sondagem Industrial paulista indica novo recuo da produção em abril

    Ontem (21/05) a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou a Sondagem Industrial do mês de abril. Na leitura atual, o índice de produção recuou de 48,2 pontos para 39,7 pontos, indicando, assim, contração do nível de produção pelo sexto mês consecutivo. Vale salientar que os dados não possuem ajustes sazonais.

    A FIESP/CNI também divulgou na manhã de hoje (22/05) a Sondagem Industrial do Estado de São Paulo. Em abril, a produção industrial paulista exibiu nova retração, visto que seu indicador atingiu 38,2 pontos nesta leitura. A intensidade do recuo é maior do que a verificada em março (48,5 pontos), valendo lembrar que este indicador não sinalizou expansão (ou seja, ficou acima dos 50,0 pontos) nos últimos dezoito meses.

    Além da produção, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI efetiva/usual) também mostrou ampliação do ritmo de queda (de 36,4 para 31,1 pontos), enquanto os estoques de produtos finais passaram de 52,9 pontos em março para 51,4 pontos em abril, ainda indicando alto nível de estoques no mês em questão.

    Quanto a evolução do número de empregados, o índice exibiu queda de 0,2 ponto em abril, sinalizando uma leve aceleração do ritmo de redução no número de pessoas nas empresas industriais paulistas (de 41,6 pontos para 41,4 pontos).

    Já no que tange às expectativas para os próximos seis meses, registrou-se queda em todos os quatro indicadores que são acompanhados, frente ao mês anterior.

    Dessa forma, o cenário desfavorável existente na indústria paulista é corroborado pelas avaliações pessimistas em relação ao setor, tanto no que tange à atividade econômica atual quanto no que diz respeito ao esperado dentro dos próximos meses. Assim, tendo em vista o cenário econômico brasileiro e a forte retração registrada pela indústria de transformação nos últimos meses, ainda não se vê sinalizações de uma recuperação consistente do setor no curto prazo.

    EUA: Inflação exibe alta de 0,1% em abril

    Na manhã de hoje (22/05) o Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) dos Estados Unidos divulgou o Índice de Preços ao Consumidor (CPI). No mês de abril, a inflação chegou a 0,1%, já descontados os efeitos sazonais, desacelerando frente a alta de 0,2% registrada no mês de março. Vale ressaltar que os Estados Unidos, diferentemente dos dados de inflação no Brasil, divulgam os resultados do CPI com ajuste sazonal.

    Quando se avalia o resultado do CPI acumulado nos últimos doze meses, verifica-se uma deflação de 0,2% do índice geral, resultado amenizado quando se avalia os resultados através do núcleo da inflação, onde são desconsiderados os preços de energia e alimentos. Nesta forma de analise, foi constatado avanço de 1,8% no resultado acumulado em doze meses.

    Dentre as classes de despesa, destaque para a deflação do grupo Energia na passagem de março para abril (de 1,1% para -1,3%), de maneira que, no acumulado em doze meses, a classe registra queda de 19,4% no nível de preços, ainda refletindo o menor patamar dos preços do petróleo.

    No que tange aos demais segmentos, exibiram variação positiva: Serviços de Assistência Médica (de 0,4% para 0,9%); Carros Usados e Caminhões (de 1,2% para 0,6%); Habitação (estável em 0,3%); Novos Veículos (de 0,2% para 0,1%); Mercadorias para Assistência Médica (estável em 0,1%); e Serviços de Transporte (de 0,0% para 0,1%). Por outro lado, foi verificada estabilidade nos seguintes grupos: Fumo (de 0,4% para 0,0%); Bebidas Alcoólicas (de 0,2% para 0,0%); e Alimentos (de -0,2% para 0,0%). No mais, juntamente com Energia, apenas o grupo de Vestuário exibiu deflação no mês de abril (de 0,5% para -0,3%).

    Alemanha: Clima de Negócios recua em maio

    Na manhã de hoje (22/05) foi anunciado o Índice de Clima de Negócios da Alemanha, divulgado Instituto IFO para o mês de maio. Segundo a instituição, o índice recuou sutilmente de 108,6 para 108,5 pontos na passagem de abril para maio, refletindo as menores expectativas para as exportações, freando uma série de seis altas seguidas. Já em relação ao sentimento atual dos negócios, os empresários registram o maior nível de satisfação desde maio de 2014.

    De fato, o resultado atual reflete o declino do Índice de Expectativas (IE) na passagem mensal (de 103,4 para 103,0 pontos), ao passo que o Índice de Situação Atual (ISA) aferiu aumento na passagem para o quinto mês do ano (de 114,0 para 114,3 pontos).

    Quanto as avaliações para os diferentes setores da economia do país, constata-se uma queda em sua maioria. No indicador setorial mais amplo, que engloba Indústria e Comércio, verificou-se declínio de 10,2 para 10,0 pontos, ao passo que seus subcomponentes temos os seguintes desempenhos: Diminuição do otimismo na Industria de Transformação (de 14,1 para 13,6 pontos) e no Comercio Atacadista (de 12,7 para 9,8 pontos), ao passo que a Indústria da Construção diminui seu pessimismo (de -5,2 para -4,9 pontos) e o Comércio Varejista mostrou a única melhora (2,6 para 6,9 pontos).

    Por fim, a despeito da ligeira queda no mês, o índice sinaliza uma condição favorável para a economia alemã, corroborada pelo bom nível de otimismo que se tem em relação a situação atual, marginalmente impactada pelas expectativas quanto ao mercado externo.

    Alemanha: PIB exibe alta de 0,3% no primeiro trimestre do ano

    Hoje (22/05) o Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgou a abertura dos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do país para o primeiro trimestre do ano. De acordo com a publicação, livre de efeitos sazonais, a economia alemã cresceu 0,3% na passagem do quarto trimestre de 2014 para o primeiro trimestre de 2015, conforme divulgado anteriormente pelo Destatis (Macro Visão 1687). Tal variação ocorre após alta de 0,7% no último trimestre de 2014, indicando desaceleração da atividade econômica neste início de ano. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve alta de 1,1% no trimestre atual, ante avanço de 1,6% no quarto trimestre do ano anterior.

    Na abertura pela ótica da demanda, o consumo das famílias registrou leve desaceleração da taxa de crescimento (de 0,7% para 0,6%). O consumo do governo, por sua vez, acelerou, exibindo alta de 0,7% no trimestre atual, ante 0,3% no trimestre anterior. Como um todo, o consumo contribuiu com 0,5 p.p. no resultado atual, de maneira que o crescimento do país foi, em grande parte, sustentado pela demanda interna.

    A Formação Bruta de Capital Fixo, (FBCF) por sua vez, cresceu 1,5% na passagem trimestral, ante alta de 0,8% no trimestre precedente, sinalizando avanço dos investimentos do país e contribuindo com 0,3 p.p. no resultado geral. As principais altas advêm da FBCF da construção (de 1,3% para 1,7%) e da FBCF de máquinas e equipamentos (de 0,4% para 1,5%). Entretanto, a variação dos estoques exibiu contribuição negativa no trimestre em questão (-0,3 p.p.), anulando os efeitos positivos registrados pela FBCF.

    Em se tratando do setor externo, houve desaceleração do ritmo de crescimento tanto das importações quanto das exportações. As importações avançaram 1,5% no trimestre atual, ante 1,9% no trimestre anterior, ao passo que as exportações cresceram apenas 0,8%, frente alta de 1,0% na última leitura trimestral. Assim, tendo em vista o avanço mais expressivo das importações, o setor externo contribuiu negativamente com 0,2 p.p. no resultado do PIB no trimestre atual, mesmo com a recente desvalorização do euro.

    Assim, apesar da instabilidade econômica existente na Zona do Euro e da recente desaceleração do PIB, a Alemanha ainda sinaliza uma retomada de sua atividade econômica, corroborada, principalmente, pelo fortalecimento da sua demanda interna. No mais, importantes indicadores tais como o Índice Ifo e o Índice ZEW (Macro Visão 1691) também sinalizam que, apesar do recente arrefecimento, a economia alemã deve continuar a apresentar uma recuperação sólida dentro dos próximos meses.

     
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