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Informativo eletrônico - Edição 1697 Quarta-Feira, 27 de maio de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Déficit em Transações Correntes atinge US$ 6,9 bilhões em abril
  • Confiança da indústria cai 1,6% em maio, menor patamar desde outubro de 2005

    Economia Internacional

  • EUA: Confiança do Consumidor avança em maio
  • Alemanha: Confiança do Consumidor exibe nova alta em maio

    Dados da Economia Brasileira

  • Déficit em Transações Correntes atinge US$ 6,9 bilhões em abril

    O Banco Central (BC) anunciou no início da manhã de ontem (26/05) os resultados do setor externo do mês de abril. De acordo com a leitura atual, a conta Transações Corrente apresentou déficit de R$ 6,9 bilhões nesse mês, inferior ao resultado no mesmo período de 2014 (US$ 9,1 Bilhões). Em doze meses, a estimativa alcança a cifra de US$ 100,2 bilhões (4,53% do PIB). No acumulado de 2015 até abril, o valor atinge US$ 32,5 bilhões (queda de 12,4% quando foi registrado US$ 37,1 bilhões em abril/14).

    A balança comercial teve o saldo positivo de US$ 280 milhões, influência da diferença entre exportações (US$ 15,11 bilhões) e importações (US$ 14,83 bilhões) e, no acumulado no ano, apresentou déficit de US$ 5,83 bilhões. Já em relação a conta de serviços, no mês corrente, alcançou déficit de US$ 3,5 bilhões (recuo de mais de 18% relativo a abril/14). As despesas líquidas com transportes recuaram 22,4%, na mesma base de comparação, atingindo US$638 milhões. O item viagens internacionais apresentaram queda acentuada chegando a US$ 1,2 bilhão (em abril de 2014, o resultado foi de US$ 1,8 bilhão) em grande medida a influência no resultado decorre do declínio de 29,7% nos gastos de turistas brasileiros e em menor intensidade observou-se redução nas despesas de turistas estrangeiros no Brasil (18,4%). No que diz respeito ao aluguel de equipamentos e máquinas fecharam em US$ 1,84 bilhão no mês de abril.

    A conta renda demonstrou déficit de US$ 3,7 bilhões (diminuição em 29,8% ante o mesmo intervalo do ano anterior). As despesas líquidas de lucros e dividendos alcançaram US$ 2,4 bilhões (recuo de 42,1%), ao passo, que despesas líquidas com juros consolidaram-se em US$ 1,4 bilhão (elevação de 11,4%). As saídas líquidas de renda para investimento direto contabilizaram US$ 2,6 bilhões (baixa de 18%). Os investimentos diretos no país cresceram US$ 5,8 bilhões, dentre US$ 4,4 bilhões contribuição no capital (incluso US$ 952 milhões de reinvestimentos de lucros), e US$ 1,4 bilhão em operações Intercompanhias, no total de doze meses o valor alcançado é de US$ 86,1 bilhões (3,9% do PIB). O investimento em carteira exibiu saldo de US$ 6,6 bilhões em abril (US$ 3,2 bilhões em ações, US$ 612 milhões em fundos de investimentos e US$ 2,8 bilhões em títulos de renda fixa). No ano atingiu US$ 27,3 bilhões (acima dos US$ 18,5 de abril/14).

    Por fim, as reservas internacionais, no conceito de liquidez, chegaram a US$ 373 bilhões em abril deste ano, alta de US$ 1,9 bilhão frente ao mês anterior, sendo que no conceito caixa se constatou o saldo de US$ 364,5 bilhões, acréscimo de US$ 1,7 relativo ao mês passado, a diferença de US$ 8,5 bilhões consiste na recompra pelo Banco Central. Em relação a dívida externa bruta, esta atingiu US$ 351,1 bilhões (crescimento de US$ 3,9 bilhões frente a março deste ano), assim, a dívida externa de longo prazo fechou em US$ 288,1 bilhões (elevação de 2,1 bilhões), que no curto prazo chega a US$ 63 bilhões (aumento de US$ 1,9 bilhão) em mesmo período de avaliação.

    Confiança da indústria cai 1,6% em maio, menor patamar desde outubro de 2005

    O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 1,6% em maio, já eliminados os efeitos sazonais, representando uma desaceleração do ritmo de queda perante ao mês anterior (-3,4%), segundo estudos apresentados hoje (27/05) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Assim, o índice chega a marca de 71,6 ante 72,8 pontos, menor estimativa desde outubro de 2005 (redução de 10 dos 14 segmentos em avaliação). Em relação a maio de 2014, avalia-se retração de 21,2%, chegando a vigésima terceira queda contínua neste modo de análise.

    O resultado ruim é explicado pelo declínio dos indicadores tanto para o atual momento quanto às expectativas para os meses seguintes, assim o índice de Situação Atual (ISA) decai 2,0% (chegando a 74,6 pontos) impactado pela redução na satisfação com o ambiente geral de negócios (-3,7% perante o mês passado) e o Índice de Expectativas (IE) exibe perdas em 1,3% na transição entre abril e maio, após os devidos ajustes, tendo alcançado 68,7 pontos, em razão do indicador de produção prevista que apontou diminuição em 5,7% na passagem mensal findo em maio (chegou a 85,5 pontos – menor patamar desde outubro de 2005).

    O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), de acordo com os dados apresentados na pesquisa, aponta decréscimo em 0,9 p.p. de abril para maio, ao passo que teve alteração de 79,9% para 79,0%, menor estimativa desde maio de 2009 (78,9%) período em que o mundo estava em crise.

    EUA: Confiança do Consumidor avança em maio

    Foi divulgado ontem (26/05) pelo The Conference Board, o Índice de Confiança do Consumidor (Consumer Confidence Index, em inglês) dos Estados Unidos. No resultado referente ao mês de maio, o índice passou de 94,3 pontos para 95,4 pontos, o equivalente a uma alta de 1,2% na passagem mensal. Tal avanço ocorre como reflexo da melhor avaliação dos consumidores quanto à situação atual do país.

    O Índice de Situação Atual (Present Situation Index, em inglês) passou de 105,1 pontos em abril para 108,1 pontos em maio, exibindo, assim, uma alta de 2,9% no mês em questão. No que tange ao mercado de trabalho, houve divergência na opinião dos consumidores, uma vez que a parcela que considera a existência de empregos em abundância passou de 19,0% para 20,7%, ao passo que, dentre os entrevistados, 27,3% acreditam que existe grande dificuldade em se conseguir emprego atualmente, ante 25,9% na leitura anterior. A proporção dos consumidores que avaliam como "boa" a situação atual do mercado recuou de 25,5% para 25,2% em maio, ao passo que a parcela dos entrevistados que a avaliam como "ruim" passou de 25,9% para 27,3%.

    Já o Índice de Expectativas (Expectations Index, em inglês) apresentou queda na passagem mensal (de 87,1 pontos para 86,9 pontos), refletindo a maior apreensão dos consumidores quanto as perspectivas do país dentro dos próximos meses. Na avaliação das condições de negócios para os próximos seis meses, houve avanço tanto dos consumidores que acreditam em uma melhora (de 15,4% para 15,6%), quanto dos que esperam uma piora (de 9,1% para 10,8%). Já em relação ao mercado de trabalho, nota-se melhor avaliação dos consumidores para os próximos seis meses, uma vez que verificou-se avanço dos que acreditam em um maior número de vagas (de 13,8% para 14,6%) e um recuo da parcela que espera uma diminuição do número de empregos disponíveis no mercado (de 16,4% para 15,5%).

    Dessa forma, mesmo com a melhor avaliação do mercado de trabalho, os consumidores ainda analisam o cenário econômico do país de forma cautelosa no curto prazo.

    Alemanha: Confiança do Consumidor exibe nova alta em maio

    A Associação Alemã de Pesquisas ao Consumidor (GfK) divulgou, na manhã de hoje (27/05), o Índice de Confiança do Consumidor da Alemanha. Segundo a publicação, o índice passou de 10,0 pontos em abril para 10,1 pontos em maio, chegando, assim, ao maior nível desde outubro de 2001 (11,0 pontos). Para o mês de junho, espera-se que o índice avance para 10,2 pontos.

    Apesar do arrefecimento da economia alemã no primeiro trimestre do ano, causado, em parte, pela contribuição negativa do setor externo (Macro Visão 1694), o consumo privado continua exibindo um crescimento no início de 2015. No mais, as adversidades provenientes das negociações da dívida grega, mesmo gerando forte incerteza na economia alemã, não demonstram, em um primeiro momento, impacto negativo duradouro nos consumidores do país.

    No que tange ao indicador de perspectivas econômicas, registrou-se avanço em maio (de 35,3 pontos para 38,3 pontos), reflexo da forte demanda doméstica e dos baixos níveis de inflação do país. De maneira análoga, a propensão a consumir também apresentou alta na passagem mensal (de 58,3 pontos para 62,6 pontos), mantendo sua trajetória crescente e aproximando-se de seu máximo histórico (64,4 pontos em outubro de 2006). Entretanto, o indicador de expectativa de renda caiu para 52,0 pontos no mês atual, após alcançar seu máximo histórico no mês de abril (55,1 pontos).

    Assim, o Índice GfK permanece em tendência ascendente, mesmo com os recuos registrados em maio pelo Índice Ifo (Macro Visão 1694) e pelo Índice ZEW (Macro Visão 1691), sugerindo que, mesmo com o recente arrefecimento econômico, o consumo privado do país continuará apresentando um avanço sólido no segundo trimestre do ano.

     
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