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Informativo eletrônico - Edição 1701 Terça-Feira, 02 de junho de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial recua 1,2% em abril
  • Balança Comercial registra superávit de US$ 2,76 bilhões em maio
  • Markit: Atividade da indústria volta a recuar em maio

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Prévia da inflação indica alta de 0,3% em maio

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção industrial recua 1,2% em abril

    A produção industrial recuou 1,2% na passagem de março para abril, já descontadas as influências sazonais, segundo dados divulgados hoje (02/06) IBGE por meio de sua Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). Tal resultado mostrou-se em linha com a média do mercado (-1,3%) e levemente acima das expectativas do Depecon/FIESP (-1,5%). No ano, o setor acumula retração de 6,4%, ao passo que em doze meses tal queda chega a 4,8%.

    A retração atual reflete a queda de 1,3% na produção da Indústria de Transformação entre os meses de março e abril, já expurgados os efeitos sazonais, ao passo que a Indústria Extrativa exibiu avanço de 1,5% em igual métrica de comparação. No mês anterior, os setores apresentaram variações de -0,9% e 0,5%, respectivamente.

    Dentre as 23 atividades da indústria de transformação abrangidas pela pesquisa, livres de efeitos sazonais, 19 registraram quedas na margem, indicando que a contração atual foi disseminada na indústria como um todo. Dentre as contribuições negativas, destaque para a atividade de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-2,5%), que exibiu a sétima queda consecutiva nesta base comparativa, acumulando recuo de 21,9% no período. Também registraram algumas das principais contribuições negativas: Outros Equipamentos de Transporte (-8,5%); Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-5,4%); Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (-5,3%); Perfumaria, Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza (-3,3%); Produtos de Metal (-2,5%); Metalurgia (-2,4%); e Máquinas e Equipamentos (-1,2%). Por outro lado, dentre os quatro ramos que apresentaram avanço no mês em questão, destaque para Coque, Produtos Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (1,5%).

    Na abertura por categorias de uso, todos os segmentos apresentaram queda no mês de abril. Destaque para a queda de 5,1% na produção de Bens de Capital na margem, que já acumula queda de 19,7% no ano. Os Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis, por sua vez, exibiram contração de 2,2% na margem, seguido pela categoria de Bens de Consumo Duráveis (-1,8%), sendo este o sétimo resultado negativo consecutivo para ambas categorias. A produção de Bens Intermediários caiu 0,2% na passagem mensal.

    No resultado acumulado no ano, dentre os 25 ramos da Indústria de Transformação, apenas a atividade de Produtos Diversos exibiu alta (4,1%). Dentre as demais atividades, as principais variações negativas foram: Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-28,5%); Veículos Automotores, Carros e Carrocerias (-21,3%); Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (-18,7%); Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios (-13,6%); Produtos do Fumo (-12,8%) e Máquinas e Equipamentos (-9,1%).

    Em suma, a produção industrial voltou a recuar no mês de abril (e de forma disseminada), sendo este o terceiro recuo seguido e sinalizando um segundo trimestre ainda de baixa atividade industrial, com fortes quedas na produção de bens de capital e de consumo. A constante deterioração dos índices de confiança (tanto empresarial quanto do consumidor), somado aos elevados níveis de estoque e a pressão nos custos (via inflação e juros) dificultam a possibilidade de uma recuperação vigorosa nas próximas leituras.

    Balança Comercial registra superávit de US$ 2,76 bilhões em maio

    No início da tarde de ontem (01/06), o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) apresentou o resultado da Balança Comercial do Brasil para maio. Conforme as estimativas, no quinto mês do ano, verificou-se superávit de US$ 2,76 bilhões no saldo comercial, superando o saldo do mês de abril (US$ 491 milhões) e de maio de 2014 (US$ 712 milhões). Assim, a balança comercial brasileira registra seu terceiro mês superavitário seguido, sendo o resultado atual o maior desde agosto de 2012 (quando a balança registrou saldo positivo de US$ 3,22 bilhões). No mês de maio foi registrado volume maior de exportações (US$ 16,77 bilhões) frente as importações (US$ 14,01 bilhões).

    No acumulado de 2015 de janeiro a maio, as exportações atingiram o montante de US$ 74,70 bilhões, enquanto que as importações chegaram a U$$ 77,01 bilhões. Tal resultado levou o déficit acumulado no ano para US$ 2,31 bilhões, resultado melhor do que aquele verificado nos cinco primeiros meses de 2014 (déficit de US$ 4,85 bilhões). Vale ressaltar que, conforme resultado divulgado nesta segunda pelo Boletim Focus (Macro Visão 1700), o mercado aguarda neste ano superávit de US$ 3,00 bilhões na Balança Comercial.

    Na comparação com maio de 2014, as exportações recuaram (-15,2%), explicada pela retração nas vendas externas dos produtos básicos (-20,8%), semimanufaturados (-4,7%) e manufaturados (-8,6%). Por sua vez, a queda nas importações (excluídos combustíveis) frente ao ano passado (-23,0%) é explicado pela menor demanda interna por bens de capital (-24,3%), bens intermediários (-25,3%) e bens de consumo (-16,1%).

    Markit: Atividade da indústria volta a recuar em maio

    Conforme os dados divulgados ontem (01/06) pelo HSBC/Markit, o PMI (Índice de Gerente de Compras) da Indústria de Transformação brasileira voltou a sinalizar retração de sua atividade. Na passagem de abril para maio, o índice recuou de 46,0 para 45,9 ponto, já expurgados os efeitos sazonais, chegando ao menor nível desde setembro de 2011 (45,5 pontos).

    O novo recuo é explicado pelo menor volume de novos pedidos e da produção, além do corte de maior intensidade no número de funcionários desde julho de 2009. Dentre as categorias de uso, a de bens de consumo exibiu as maiores perdas no mês em questão. Por sua vez, os níveis de estoque exibiram nova redução em maio.

    Por fim, conforme aponta a economista da Markit responsável pela pesquisa, o resultado ruim de maio, fortemente influenciado pelos bens de consumo, refletem as dificuldades que o setor industrial enfrenta num cenário de deterioração do mercado de trabalho, restrição ao crédito e aperto monetário. O PMI sugere nova retração da produção industrial em maio, em linha com o fraco resultado esperado para o setor no segundo trimestre.

    Zona do Euro: Prévia da inflação indica alta de 0,3% em maio

    Hoje (02/06) o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou a prévia de seu Índice de Preços ao Consumidor (CPI) relativo à Zona do Euro. Na leitura referente ao mês de maio, verificou-se alta de 0,3% no resultado acumulado em doze meses, ante estabilidade (0,0%) registrada no mês de abril, na mesma base comparativa. Vale salientar que, exclusos os preços de energia, o índice chegou ao nível de 1,0% em maio.

    Na abertura por componentes, destaque para o recuo da deflação de Energia (de -5,8% em abril para -5,0% em maio), que ainda reflete os efeitos da recente queda do preço internacional do petróleo. Já dentre os grupos que exibiram inflação, destaque para Serviços (de 1,0% em abril para 1,3% em maio), seguido pelo grupo de Alimentos, Bebidas e Fumo (de 1,0% em abril para 1,2% em maio) e pelo segmento de Bens Industriais Não-Energéticos (de 0,1% em abril para 0,3% em maio).

     
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